Parte 19

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Raoul passou o dia com seu pai, conversando sobre diversos temas. Lewis estava ansioso para conhecer seu neto, tinha contado a Raoul sobre Persa indo até Provence e pedido a mão de Charlotte a alguns meses atrás.
Poderia ser apressado o casamento, mas pelo que Lewis contava, a mais de um ano aquele casal estava junto. Persa tinha uma paixão sem limites por Charlotte, a fazia se sentir bem e vivia apoiando suas ideias. Desde a expulsão da faculdade, Persa ofereceu apoio a mulher.

- Raoul, Persa é um bom homem. Ele pode ser mais novo, mas Charlotte realmente gosta dele. E convenhamos, Charlotte nos deu um trabalho durante a adolescência... Lewis ria ao relembrar as diversas travessuras da filha.

- Sim, pai. Eu sei que Persa quer o bem dela, ele fará de tudo para agradar aquela sem noção.

- Sua irmã sempre foi destemida e nunca se importou com o que pensavam dela. Com o tempo, eu e sua mãe apenas a deixamos ser ela. Simples.

Pai e filho conversaram e beberam café durante a ausência de Deanna e Eve.

Ao chegarem, Eve estava lotada de sacolas como Deanna também.

- Vejo que as belas damas fizeram ótimas compras. Minha querida, deixa eu ajudar. Lewis beijou a esposa e pegou as sacolas de sua mão.

- Oh... Tivemos uma ótima tarde, não é, Eve?

- Sim, foi muito bom sair eu me diverti muito. Obrigada. Eve sorriu e Raoul foi a encontro dela.

- Está tudo bem? Não houve nenhum problema, não é? Raoul pegou as sacolas de Eve e a olhou com preocupação.

- Nenhum, eu e sua mãe nos divertimos. E ela me comprou muitas coisas... Que não era necessário..., mas ela fez questão. Eve ficou sem graça por aquilo

- Querida, eu adoro gastar! E bem... Se você irá ser de nossa família deverá entender que eu sou beeeeem extravagante... Ao contrário de Raoul, que é um príncipe. Todo contido, um amor. Deanna olhou para o filho com ternura.

- Vamos, já iremos nos preparar para jantar. Venha, Eve. Vamos fofocar mais um pouquinho, tenho muitas histórias para contar da infância do pequeno Raoul. Deanna subiu com Eve, tagarelando sem parar.

- Verdade filho, Erik nos convidou para a apresentação de amanhã no Opera. Vamos todos, ele fez questão de reservar o melhor camarote a nós. Lewis observou a mulher subindo as escadas.

- Oh. Acho que até sei o número desse camarote. Bem, será bom sairmos um pouco juntos. Faz tempo que não fazemos isso. Raoul organizou alguns papéis e livros que estavam sobre a mesa.

- Sim, e quero você e Eve bem bonitos. Não vejo a hora de apresentá-los a todos... Oh, será uma ótima noite.

- Eu tenho sorte de tê-los como pais, obrigado por aceitarem Eve. Estava receoso ... Por ...

- Eve é uma jovem maravilhosa, por que não iríamos aceita-la? Raoul você sabe mais do que ninguém que eu e sua mãe passamos... Não queremos isso para nossos filhos.

- Eu sei ... Só que, por um momento eu havia decidido que se vocês não aceitarem eu iria renunciar a tudo... Viveria sem um título ... Sem nada, mas iria ficar com Eve. Ela é a única coisa que faz sentido em minha vida... A única coisa que me resgatou e me fez ver que o que eu amo é lecionar... É ensinar e ver a evolução dos meus alunos... Raoul desabafou, era difícil se abrir com alguém, mas seu pai era seu confidente.

- Eu admiro sua atitude. Mas não irá ser necessário, você meu filho, siga seu sonho. Faça Eve feliz e a ajude a ser o que ela quiser. Entenda que a sociedade não é nada, e quem precisa estar feliz sobre suas escolhas é você mesmo. Entendido, meu garoto? Lewis deu um leve sorriso e se retirou.

Inesperado: Coincidências existemOnde histórias criam vida. Descubra agora