Inesperado: Coincidências existem

Parte 30

- Vamos, amor! Empurra!! Persa estava ao lado da esposa que deitada gritava de dor.

- Sim, só mais um pouco... O médico estava quase vendo o bebê.

- Eu vou matar você! Não ouse me pedir mais um filho! Eu juro! Juro que eu vou te matar!! Charlotte apertava a mão do marido com força.

Erik, Christine e Gustave estavam na sala e de lá podiam ouvir os gritos de Charlotte. Aquela noite de natal foi realmente inesquecível.

Raoul e Eve tinham ficado do lado de fora do quarto de Charlotte, os pais de Rauol estavam animados e ansiosos para conhecer o neto.

- Eu realmente espero que esse bebê tenha a personalidade de Charlotte... Oh, eu não vejo a hora de mimar essa criança! Deanna estava preparando um chá enquanto seu esposo tentava se acalmar, tudo estava acontecendo tão rápido.

- O importante é vir com saúde. Isso que importa... Oh, céus... Esses gritos... Raoul pegou uma xícara de chá e se sentou numa poltrona.

- Oh... Verdade! Parabéns a vocês, agora estão noivos!! Isso é uma maravilha!! Deanna se aproxima do filho e o beija e depois Eve, que ainda não acreditava que ela tinha ficado noiva.

- Obrigada... Eu... Eu nunca imaginei que iria ser noiva. Eu gostei muito do pedido... Raoul foi um cavalheiro, como nos livros. Eve se sentou próximo ao noivo que sorriu para ela.

- Poderia ser mais emocionante o pedido se minha irmã não resolvesse roubar a cena, né. Raoul bufou e deixou a xícara de chá de lado.

- Raoul... Você não está com ciúmes de sua irmã? Francamente... Bebês não marcam hora para nascer. Se eles decidem que essa era a hora perfeita, então... Acontece. Deanna tenta animar o filho.

- Eu sei... Eu só achei que seria inesquecível o pedido de noivado. Que seria romântico... Eu ... Eu até preparei um doce para ela ... Que.... Oh, com licença... Raoul se levanta e corre para a cozinha.

Chegando no cômodo Raoul dá de cara com Gustave, que estava acabando com o bolo de chocolate que ele havia feito com tanto sacrifício. A boca da criança estava suja e com um rosto tão satisfeito ao comer aquela quantidade de chocolate.

" Até isso... Não deu certo" Raoul ficou cabisbaixo e tentou sair da cozinha.

- Hey! Padrinho!? Olha, eu cortei um pedaço para você e sua noiva. Gustave se levanta e entrega um prato com dois pedaços de bolo.

- Sabe, eu vi que você gosta muito da Eve... E... Bem, não é que eu goste muito de você... Mas eu gosto muito da Eve e eu queria só falar que... Se ela te escolheu... Com tantas outras opções melhores... Eu acho que você é o único capaz de faze-la sorrir... Igual minha mãe e meu pai.

Era a primeira vez que Gustave tinha falado algo de bom para o visconde, assim tão diretamente ... Raoul que estava bravo por aquela travessura se desarmou dos sermões e simplesmente abraçou o menino.

- Bem, pelo contrário de sua rivalidade por mim... Eu sempre te achei um garoto muito inteligente, como o pai. Então, eu ouvindo tudo isso eu posso levar como um pedido de trégua? Raoul toca no nariz da criança que simplesmente concorda com a cabeça.

- Mas... Se Eve vier chorando ou reclamar de você, Visconde! Eu volto a te encher de sapos, cobras e mais um monte de coisa! Gustave aponta para o rosto de Raoul com um olhar marrento.

- Certo ... Você tem toda a razão de cuidar da Eve. Vamos formalizar esse assunto com um aperto de mãos. Raoul estende a mão para o menino que a pega e balança.

Raoul sorri e depois pega a criança no colo, Gustave estava impressionado que o visconde poderia levantar um peso considerável.

- Você não é tão fracote, padrinho. Gustave provoca o homem.