Treading Water || The Vamps

25

LARISSA

Eu havia esquecido de como era maravilhoso acordar ao lado de Brad. Mesmo depois de já se passarem alguns meses desde que ele me pediu em namoro oficialmente, eu ainda achava muito louco acordar sentindo o calor de seu corpo, e me deparar com seus cabelos bagunçados espalhados por seu rosto, e observar seus lábios entreabertos enquanto ele dormia. 

Observei seu rosto adormecido por mais alguns segundos, descendo meu olhar por suas costas nuas e observando como os músculos de suas costas se desenhavam por baixo de sua pele naquela posição. 

— Tá fazendo de novo — a voz rouca de Brad me tirou do transe, atraindo meu olhar de volta para seu rosto, que ainda parecia adormecido.

— E daí? — murmurei de volta, contendo um pequeno sorriso. — O que é bonito foi feito pra se olhar.

Ele grunhiu, se espreguiçando deliciosamente, depois esticou o braço, procurando minha cintura, e me puxou para si. Eu permiti que ele me puxasse, e comecei a passar a mão pelos cabelos de Brad, que abriu apenas um olho, me observando rapidamente.

— Tá vestida?

— Mhmm.

— Por que? 

— A galera tá vindo pra cá, esqueceu? — murmurei, pousando minha mão em sua bochecha. A carinha amassada de Brad era a coisa mais fofa do mundo todinho, disso eu tinha certeza. — Acho que você deveria se vestir também. 

O apartamento de Brad era incrivelmente perto do de Connor, assim como o de James e o de Tristan, então era muito fácil visitar eles e de sermos visitados, embora nós não estivéssemos fazendo muito isso por conta da quarentena. Mas o lançamento do primeiro single do álbum desse ano estava cada vez mais próximo, e os garotos precisavam fazer reuniões frequentemente, e tinham coisas que não podiam ser resolvidas por videoconferências. Lógico que eles tomavam todos os cuidados necessários, e tentavam se reunir só quando havia extrema necessidade, mas, quando se tratava do lançamento do novo álbum, cada detalhe era importante. Então eu, Eliza e Kirstie apenas aproveitamos cada oportunidade para colocar a conversa em dia e Eliza trazia os bebês, que eram a coisa mais gordinha e deliciosa do mundo todo, com seis meses de pura gostosura.

No final de abril, Brad e os garotos assinaram um novo contrato, agora revisado e alterado, e eu e Brad estávamos livres para assumir um relacionamento público, mesmo tendo escolhido não o fazer ainda. E sim, eu estava ficando no apartamento de Brad. 

Aparentemente estávamos morando juntos, o que é um passo enorme, eu sei, mas decidimos que estava mais que na hora. Não tínhamos nenhum plano de estarmos separados num futuro próximo, também por conta da pandemia, o que nos fez questionar: por que não? Além disso, não queríamos estar longe um do outro, e eu e Brad éramos um pouco... barulhentos demais para morarmos os dois com Connor e Eliza, e ele não podia ficar vindo para o apartamento de Connor todos os dias. E Brad tem seu próprio apartamento, então...

Bem, então estamos aqui.

— Ugh, nãããããããão — ele fez manha, escondendo o rosto em meu pescoço. — Achei que teria você só pra mim essa manhã — ele pareceu um pouco mais acordado de repente. Uma de suas mãos subiu pela lateral da minha barriga, erguendo minha blusa levemente. Mordi meu lábio, sentindo calafrios pela sensação de seu toque. — Eu tinha pensado em...

A campainha de seu apartamento tocou alto, interrompendo nosso pequeno momento, e eu contive o riso quando ele grunhiu, frustrado. Como se não tivéssemos feito isso durante grande parte da noite, revirei os olhos mentalmente. 

— Vai vestir roupa, eu vou lá abrir — beijei a bochecha dele e tentei sair de seu abraço, mas ele apenas me segurou mais forte. — Brad, é sério!