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LARISSA

Me virei novamente, em frente ao espelho. Como é que isso tudo foi parar ali? Tudo bem que antes de voltar com Brad eu estava um pouco abaixo do meu peso, mas meu Deus.

Meus peitos estavam maiores, assim como minha cintura e minhas coxas, e eu estava me sentindo super pesada. Até pensei que poderia estar grávida, mas fiz um teste de farmácia e deu negativo, então a única desculpa pra eu ter engordado tanto nesses poucos meses era a comida.

No domingo seguinte, nós almoçamos na casa dos pais de Brad, e eu quase tive um treco no meio do caminho. Eu só conseguia pensar que conheceria os pais e a irmã dele pessoalmente, e que se eles não gostassem de mim eu estaria na roça, porque eu amava o filho deles e não queria ter dificuldades com a família dele. Eu só sabia suar e me ajustar no banco do carro, pensando também que se eu não gostasse da comida eu teria que fingir e comer mesmo assim, porque eu não poderia parecer fresca na frente deles, poderia?

Depois do almoço, eu nem queria ir embora. A comida estava deliciosa, a conversa, apesar de ter demorado um pouco pra começar a fluir, pareceu acontecer naturalmente, e eu pude ver aspectos de Brad que eu não tinha visto antes: o lado brincalhão e infantil com sua irmã, o lado sério e descontraído com o pai, e o lado mimado pela mãe. Também pude vê-lo jogar golfe com seu pai, o que era fofo e sexy ao mesmo tempo.

Não o pai dele, mas Brad jogando- ah, deu de entender.

De certa forma, eu já tinha visto essas características em Brad, mas foi diferente vê-lo com sua família. E eu posso dizer que adorei, e acabei sentindo falta da minha família também.

Cortamos um bolo e cantamos parabéns para Brad, que comemorava seu aniversário de vinte e cinco anos alguns dias mais cedo, e voltamos para casa no fim da tarde.

Os garotos não puderam vir no dia do aniversário de Brad, mas nós fomos até o apartamento de Connor no dia do lançamento do primeiro single do álbum, apenas alguns dias depois do aniversário.

Ah, e o meu presente de aniversário para Brad? Bem, eu me lembrei que, há algum tempo atrás, ele havia me dito que queria uma vitrola para tocar seus discos de vinil, então foi o que eu comprei. Eu sei que não chegou nem perto do que ele me deu, mas espero ter compensado mais tarde, fazendo a tal da dança.

O lançamento de Married in Vegas foi algo bem dinâmico, fazendo as fãs procurarem as letras e descobrirem o nome do single, e depois estourou. Os fãs ficaram super animados, eu incluída, e eu ouvi a música sem parar por vários dias seguidos. O mesmo aconteceu com Chemicals e Better, e eu já estava amando fazer parte de tudo isso.

Eu ajudei eles na gravação de algumas das músicas, fazendo backing-vocal, e a experiência foi incrível. Acho que a mais legal de gravar foi Bitter, onde a gente teve que bater pés e palmas enquanto cantávamos.

E o lançamento do álbum então? Foi maravilhoso. Eles tiveram que gravar várias entrevistas online, fazer sessões de fotos e passar dias assinando cópias de CDs, e rendeu um vídeo engraçado de Brad dormindo no sofá, com a cabeça em cima de um dos discos, mas tudo valeu a pena. Os rapazes soltaram fogos, literalmente, porque Cherry Blossom, nome que Brad sugeriu e todos gostaram, atingiu o primeiro lugar nos Official Charts do Reino Unido.

Só sei que, durante todo esse período, o que eu e Brad fazíamos no nosso tempo livre era comer e maratonar séries na Netflix, e eis aqui o resultado. Agora o casamento de James estava chegando, eu ainda não tinha achado um vestido, mas já sabia que, provavelmente, teria de usar quarenta.

Bradley, que, na pressa de arrumar sua mala para nossa viagem ao Brasil para visitar meus pais, não havia percebido que eu estava me observando no espelho, agora parou para me olhar.

Treading Water || The VampsOnde histórias criam vida. Descubra agora