LARISSA
O natal passou tão rápido quanto chegou.
Os pais de Connor, junto com seu irmão mais novo, haviam viajado de férias um pouco antes de Eliza e eu chegarmos em Londres, e estariam de volta apenas no terceiro dia de janeiro, então ele resolveu passar o natal com Eliza e as crianças.
Isso mesmo. No Brasil.
O plano de Eliza era apresentá-lo para seus pais junto com as crianças, que eles ainda não tinham conhecido. Acontece que as apresentações foram um fiasco.
Os pais de Eliza, que já não a apoiavam, ficaram ainda mais infelizes quando conheceram Connor, viram suas tatuagens e ficaram sabendo que ele estava em uma banda. Apesar deles ficarem bastante emocionados em conhecerem seus netos, o almoço havia sido estranho e silencioso, e quando eles falavam era apenas para criticar e julgar os dois.
Que bom que Eliza, sabendo que havia grandes chances de aquilo acontecer, havia marcado o encontro dois dias antes do natal, antes mesmo de eu chegar na cidade. Quando cheguei ela chorou bastante pra mim, dizendo que já havia se desculpado com Connor pelo desaforo que ele teve que aguentar, e que ele assegurou que estava tudo bem e que não era culpa dela. E ele estava certo, não era culpa de Eliza se os pais dela eram daquele jeito.
Enfim, eles se hospedaram em minha casa, agora que minha mãe já sabia de tudo e meu pai sabia de quase tudo. O quarto que antes era do Lucas agora havia se tornado quarto de visitas, com uma cama grande, um roupeiro e uma televisão, e estava decorado de maneira requintada. Quando perguntei para minha mãe, ela disse que estava com muito tempo livre sem ter Eliza e eu por perto para encher sua paciência, então acabou gastando tempo na decoração do quarto, que agora era onde Eliza e Connor estavam dormindo com seus filhos.
Foi muito bom ver meus cachorros e estar com a minha família de novo, e meu irmão estava super animado com o casamento dele, que seria em maio. Agora com o acréscimo de Connor à família ele já ficou todo animado, adicionando o nome dele na lista de convidados.
Nós comemos muito, rimos muito e trocamos presentes, assistimos filmes de natal e Connor se sentiu em casa, completamente animado com o primeiro natal de seus filhos, enquanto minha mãe surtava, finalmente conhecendo os bebês e Connor pessoalmente.
Na noite do dia vinte e quatro, quando eu e Eliza estávamos nos arrumando para a ceia de natal, Eliza estava mexendo na minha caixinha de jóias atrás de um par de brincos e acabou achando algo que eu preferia não ter lembrado que existia.
— Ei, o que é isso? — ela puxou o colar com cuidado, erguendo o pingente de flor de cerejeira entre os dedos.
Ela não sabia da existência daquele colar, porque eu o havia usado por dentro da roupa e somente até o dia da partida de Bradley. Depois disso, eu o havia retirado e guardado na caixinha, sem saber quando o usaria de novo.
Bem, acontece que eu o usei naquela noite. E no dia seguinte, e no dia depois desse.
E a virada de ano foi tão animada quanto o natal. Eliza arrumou dois pares macios de fones de ouvido para os bebês, e nós todos fomos assistir a queima de fogos na praça principal da cidade, onde tiramos muitas fotos, gravamos vídeos de recordações, e eu desejei com muita força que o ano de 2020 fosse melhor que 2019 em todos os aspectos.
Na praça, enquanto estávamos sentados e conversando animadamente, eu pude ver Carol e Tays junto com a mãe de Carol e mais algumas pessoas que eu não conhecia, e eu gelei.
— Eli — chamei baixinho, sem chamar a atenção de todos na roda. — A Carol e a Tays estão ali — sussurrei da maneira mais disfarçada possível.
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Treading Water || The Vamps
Fanfiction"Been pushin' love away to save myself the hurt. Ain't much heart left to break so clearly it don't work." ATENÇÃO: ESSE LIVRO É O SEGUNDO DE UMA SEQUÊNCIA! LEIA O PRIMEIRO LIVRO ANTES! #Livro 1: Right Now ✔ #Livro 2: Treading Water ✔ #Livro 3: Glo...