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BRADLEY

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BRADLEY

E, mais uma vez, fui parar na caixa postal de Connor. Pode acreditar que deixei uma mensagem bem carinhosa para ele ouvir depois.

— Diabo de Connor — murmurei, digitando mais uma mensagem raivosa.

Esperei ele até tarde da noite, quando ele me avisou que não voltaria, fui até o meu apartamento e voltei cedo, e ele ainda não voltou. Eu estaria preocupado, se não soubesse que ele estava com ela.

Gracey foi embora logo depois que Lari e Connor se foram. Ela foi, porque eu a dispensei. Ela percebeu que havia algo me perturbando — ou melhor dizendo, alguém — e que ela não ganharia nada de mim naquela noite, além dos beijos que havíamos trocado no elevador. Tudo o que eu via, pensava e sentia tinha a ver com Lari, e vê-la realmente me deixou doente, sem eu nem saber ao certo o motivo.

Tudo o que eu sabia era que eu havia ficado fora de mim no minuto que a vi. Primeiro, por alguns segundos, foi como se só estivéssemos nós dois ali, tudo nela prendendo meu olhar: a forma como seus cílios batiam rapidamente enquanto seus olhos analisavam cada aspecto em Gracey e eu, a forma de seus lábios, que estavam entreabertos e avermelhados como se ela tivesse mordido-os insistentemente, e seu nariz, seu pequeno e delicado nariz, que estava levemente avermelhado pelo frio e que eu costumava beijar sempre que podia.

Seus cabelos estavam úmidos e levemente cacheados, como se ela tivesse lavado há pouco tempo, e seu casaco parecia grande demais em seu corpo pequeno. No momento em que meus olhos a viram, eu soube que queria colocá-la em meus braços e nunca mais a deixar ir.

Mas então, Connor começou a empurrá-la para dentro do elevador, e eu me lembrei que não estávamos sozinhos ali. Tentei fazê-la esperar, eu queria saber o que ela estava fazendo ali e com Connor, então me lembrei de Connor e me dei conta de que eles estavam juntos e que ele já sabia que ela estava aqui, provavelmente há tempos, e não havia me falado nada, e não consegui controlar a mágoa crescente em meu peito. Eu poderia ter falado com ela antes, mas Connor,... era tudo o que a minha mente podia formar naquele momento. Connor, ele- ele-, e respiração acelerada e calor subindo pelo meu corpo, e raiva, e...

E ele estava ali, todo superprotetor sobre ela, querendo tirá-la dali, para longe de mim, enquanto ela me falava coisas que, mesmo eu sabendo que era verdade, me magoavam, e ainda assim, tudo o que eu queria era falar com ela e ter a explicação de Connor. 

E como podemos ver, tudo o que eu queria foi tudo o que eu não consegui. 

A noite passou tão devagar quanto uma tartaruga com paralisia. Connor não me respondia, e ainda não me respondeu até agora, então eu me lembrei: eu tenho o código de rastreamento do celular de Connor.

Todos nós temos o código uns dos outros para caso de roubo ou, o que é mais fácil de acontecer, perda do celular. Dessa forma, caso um de nós perdêssemos o aparelho, poderíamos saber onde está e bloqueá-lo caso não fosse possível recuperar.

Treading Water || The VampsOnde histórias criam vida. Descubra agora