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LARISSA

Mais tarde, mesmo tendo voltado para a cama só perto das seis da manhã, eu estava me sentindo cheia de energia. Brad havia me mostrado mais algumas músicas que haviam sido sobre mim, e acho que a minha favorita até agora era Glory Days. Ele disse que havia escrito ela quando estávamos em na minha cidade, e disse que quase chegou a mostrá-la, mas foi no mesmo dia em que eu tive a ideia de Right Now, e ele acabou esquecendo.

Ele me mostrou mais duas que eram sobre mim, que foram Chemicals e Part Of Me, mas ele cantou só um trecho de cada uma, me deixando com aquele gostinho de quero mais, e eu quase explodi. Eu preciso ter esse álbum na minha mesa agora, senhor Simpson, era só o que eu conseguia pensar desde que ele tocou pra mim.

Ele havia saído às oito da manhã para gravar o novo clipe, e provavelmente só estaria de volta no fim da tarde, me deixando sozinha em casa. Ele havia insistido para que eu fosse, mas por conta dessas normas e cuidados, tinha um limite de pessoas permitidas para esse tipo de trabalho, e eu não queria que eles tivessem problemas por conta disso. Acabei ficando na cama até a hora do almoço, apenas cochilando e assistindo séries na televisão do quarto, depois fui almoçar.

Tentei não pensar muito no assunto de Eliza para não começar a criar teorias malucas e acabar pensando que Connor a traiu de verdade. Preferi afastar os pensamentos e, pelo menos por agora, ignorá-los.

Enquanto eu comia e assistia Brooklyn Nine-Nine na sala, meu celular vibrou e o rosto de Tom apareceu na tela.

— Hey! — saudei ao atender, feliz em vê-lo.

— Hey! Como você tá? — ele perguntou, se sentando no que pareceu ser um sofá, e eu percebi o cabelo penteado com gel e seu rosto sujo com sangue respingado e terra. Se eu não soubesse que ele estava trabalhando, eu ficaria preocupada.

— Eu tô bem, tô almoçando — mostrei rapidamente meu prato de macarrão com queijo e frango, depois voltei a câmera para o meu rosto. — Depois vou dar uma geral na casa. Homens são um caos. — girei, mostrando a sala desarrumada. — E você, como está? Como vão as gravações?

Tom estava animado, mesmo parecendo um pouco cansado, e começou a falar sobre como estavam sendo as gravações finais de Uncharted. Eles haviam adiado as gravações no início do ano, e recomeçado no mês passado, e Tom estava radiante por causa disso. Ele simplesmente amava fazer personagens com personalidades aventureiras.

— ...e foi animal! — ele sorriu, terminando de contar sobre uma cena que ele havia gravado numa floresta de verdade. — E você, como está sendo a vida com Brad? Cansativa? — ele balançou as sobrancelhas, numa pergunta sugestiva.

— Definitivamente. Ontem, então? Passamos o dia todo na cama, e hoje eu tô quebrada — fiz Tom rir alto, e eu acabei rindo também. — Mas estamos bem. Às vezes eu só olho pra ele e me pergunto se ele é real.

Tom apenas sorriu, vendo minha cara de apaixonada.

— E vocês não brigam nunca? Toda vez que eu pergunto dele é essa melosidade toda — ele zombou, e eu ri.

— Claro que a gente briga. Pelo menos uma vez ao dia a gente tem que discutir, é quase tradição — eu afirmei, fazendo Tom rir novamente. — Mas é sempre aquelas discussões bestas, nada muito sério. E a garota misteriosa?

Tom ainda não havia me falado quem era ela, mas eu não desistiria.

Encerramos a conversa depois de alguns minutos, e eu fui levar a louça na pia. Liguei a música, decidindo já começar a limpar a casa logo para acabar antes que Brad chegasse, porque se ele chegasse antes disso ele me ajudaria, e eu não queria. A maneira como eles limpavam as coisas por aqui era um pouco diferente, então ou só eu limpava, ou só Brad limpava, senão dava briga. A última vez em que fomos limpar juntos, eu acabei ficando enfezada e deixei ele terminar o serviço sozinho, enquanto ele resmungava que seria mais fácil contratar alguém.

Treading Water || The VampsOnde histórias criam vida. Descubra agora