Um Apoio Inesperado

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Teto, vozes, uma dor cortante e pesada no abdômen, foram as primeiras coisas que viu, ouviu e sentiu quando sua consciência retornou. Ao abrir os olhos, para Izuna, ele não havia dormido mais que um minuto de um dia qualquer, mas ao ver os rostos surpresos e ao mesmo tempo emocionados ao seu lado, foi se lembrando aos poucos de que algo bastante imporante havia acontecido.

A dor que sentia cutucava sua memória enquanto tentava se concentrar no rosto da mulher que se debruçou sobre a cama. O toque quente das mãos trêmulas o fez se sentir acolhido, mas ao mesmo tempo alerta. Por que está chorando, mãe? Ele quis perguntar, mas a voz soou apenas em seu interior.

Ainda confuso com o motivo daquele olhar que transbordava alívio e a falta de força de seu próprio corpo, olhou para Tobirama, a procura de respostas, mas os poucos sentidos que despertavam devagar travaram quando viu que o rosto do príncipe também estava banhado por lágrimas.

Ele voltou a olhar para a mãe, e quando ouviu a voz preocupada chamando por seu nome, em um lento e demorado piscar de olhos, o que havia acontecido passou por sua cabeça. Em seu interior, Izuna pôde ouvir a voz desesperada de Tobirama naquela tarde, enquanto o segurava em seus braços; se lembrou de seu calor e do quanto quis dizer que estava tudo bem, que havia sido um acidente e para ele acreditar em seu irmão. E então, ouviu Madara gritar "Izuna! Izuna!", o que finalmente o despertou completamente.

— Mãe... Madara... — enquanto tentava avisá-la, sua voz soou extremamente fraca, enquanto a garganta doía pela secura que trazia uma estranha sensação arenosa.

— Eu sei, eu sei — ela disse em tom baixo, enquanto tocava seus ombros, o segurando na cama sem muito esforço. As forças de Izuna eram mínimas naquele instante, e sua tentativa de se mover fizeram o lençol sobre seu corpo escorrgar apenas alguns centímetros. — Tudo ficará bem, querido. Nós vamos ajudar o seu irmão, mas agora você precisa focar em sua recuperação — ela forçou um sorriso enquanto acariciava o rosto do filho; dividida entre se sentir feliz por vê-lo acordado ou continuar arrasada pelo o que acontecia com o mais velho no subterranêo daquele castelo.

Izuna foi capaz de se acalmar um pouco com sua voz, mas internamente ainda se sentia agoniado. Ele não conseguia falar direito, nem mesmo sabia há quanto tempo estava dormindo ali, e Madara tinha que ser ajudado imediatamente. Então, em busca por ajuda, voltou a olhar para onde achou que veria Tobirama, mas avistou o nada. Ele não estava mais lá, e por um momento achou ter imaginado sua presença quando abriu os olhos.

O soldado queria ao menos ter conseguido ver aquela miragem nos dias que se passaram depois que acordou, mas pessoalmente ou em uma ilusão, ele não veio. Apenas quando fechava seus olhos conseguia vê-lo, e seu rosto banhado por lágrimas era tudo o que conseguia dar atenção.

Após ter acordado naquela tarde, Izuna voltou a dormir rapidamente, mas o médico veio examiná-lo um pouco antes de perder a consciência novamente. Ele explicou para o soldado onde havia sido atingido, mas que nenhum órgão vital havia sido danificado; sua recuperação seria lenta, mas ficaria bem com o tempo. Foi durante a explicação dele que o soldado descobriu que estava dormindo há dias e por isso todos estavam ainda mais preocupados.

Ele não conseguiu se manter acordado por muito tempo naquele dia e também nos próximos que passaram. Izuna cordou e voltou a dormir em um piscar por várias vezes. No segundo dia, quando despertou novamente, viu que sua mãe ainda estava ali. Direcionou o olhar para seu rosto cansado e finalmente conseguiu dizer algumas palavras com clareza, alegrando-a ao menos um pouco.

— Mãe — Izuna a chamou em tom baixo —, como está o meu irmão? Você sabe tudo sobre o que houve?

Ela desviou o olhar por um momento, fazendo o soldado se agitar por dentro. Ele já estava apavorado com a ideia de que algo pior tivesse acontecido com Madara, e o jeito de ela agir só o deixou ainda mais amedrontado.

O Herdeiro De EileenOnde histórias criam vida. Descubra agora