• 𝙔𝙊𝙐 𝘽𝙀𝙇𝙊𝙉𝙂 𝙒𝙄𝙏𝙃 𝙈𝙀, ᴄʜᴀᴄʜᴀ

Capítulo 13

Marquem a vossa presença 👉

Boa leitura

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Charli

Depois do colégio, Pablo me chamou pra ir em uma cafeteria e eu acabei aceitando. Nós não havíamos falado sobre a minha crise de choro. Ele apenas me consolou, sem fazer nenhuma pergunta. Nós sentamos em uma das mesas da cafeteria e pedimos dois capuccinos.

— E então... tá mais calma? — perguntou.

— Acho que sim. — sorri fraco.

— Agora será que já quer desabafar?

— Não sei se devo... você vai me achar uma idiota.

— Eu sou um idiota e nem por isso você fica rindo da minha cara. — deu de ombros e eu sorri.

— Ok... — respirei fundo. — O Chase me beijou.

— Que? Como assim? — se espantou.

— É melhor eu começar do começo... bem, eu sou apaixonada por ele faz uns 4 anos e eu nunca tive coragem de dizer isso a ele... até agora.

— Você contou?

— É... e ele decidiu que nós não deveríamos ser amigos pra que eu não me machucasse mais... confesso que eu fiquei bem furiosa.

— E por que ele te beijou?

— Ele ficou bravo porque eu contei pra irmã dele que vi ele beijando a Becky. Ness deu um show na frente do time inteiro e ele jogou a culpa em cima de mim. Daí, ele me beijou e logo em seguida disse que um beijo não significava nada... talvez pra ele não signifique mesmo, já que ele não sente nada por mim...

— Mas pra você foi diferente, não é?

— Eu o amo. E o que ele fez foi baixo, foi doloroso.

— Eu queria entender o que esse cara tem pra tanta menina bonita e legal se derreter aos pés dele. Por mais que a Becky seja uma patricinha mimada, ela não era uma pessoa ruim.

— O Chase também não é uma pessoa ruim. Ele só não sabe lidar com os sentimentos dos outros.

— Na verdade, ele acha que o mundo gira em torno dele e do que ELE sente. Você é boa demais pra aguentar o desamor de alguém que não tem empatia nenhuma com os seus sentimentos. — fiquei pensativa.

— O que eu deveria fazer?

— Seguir em frente. Sei que é clichê falar isso, mas você realmente precisa seguir. Deixa o Chase pra trás, finge que ele não faz mais parte da sua vida, finge que não dói e com o tempo, não vai doer de verdade.

— Você parece ter muitas experiências amorosas. — sorri.

— Muitas experiências decepcionantes, por assim dizer. — riu. — A gente acaba aprendendo com a vida.

Nós ficamos lá até o anoitecer e depois ele me levou pra casa. O resto da semana passou bem rápido. Eu ficava cada dia mais próxima de Pablo e cada dia mais distante de Chase.

Por mais que eu soubesse que aquilo era necessário, era doloroso ter que ficar longe de alguém que fez parte da minha vida de uma forma tão significativa. Eu ainda reparava que ele me olhava de canto, mas nunca nada além disso.

No dia do jogo, eu peguei carona com Amelie até o estádio. O coral iria ficar na frente da torcida, com uma vista bem privilegiada do jogo. Eu, Josh e Amelie nos posicionamos em nossos lugares.