Estava sentado no sofá esperando a bela adormecida acordar e observei Gabrielly que começava a se mexer.- Mãe? - Perguntou ainda com os olhos fechados e sorri. Ela se sentou vagarosamente, e abriu os olhos se assustando ao me ver. - Não.. - Murmurou assustada.
- Sim querida, sim. - Disse sorrindo.
- Onde eu estou?
- No sofá da sua casa, esperando seus pais chegarem como a boa menina que é.
- Você prometeu não fazer nada se eu saísse do banheiro. - Disse assustada.
- E você acreditou em mim? Que absurdo. - Disse com ironia e a mesma começou a chorar.
- Por favor, não faz nada com eles. - Pediu chorando.
- Para de chorar, isso não ajuda. Ou ajuda? - Perguntei me levantando.
- Por favor, eu estou te implorando Noah.
- Que situação em? Implorar é foda. - Disse pegando o seu telefone. - Ligue pra ele.
- O que?
- Ligue, e se despeça. - Mandei.
- Me despedir?
- Isso, eu vou levar você. Ou vamos ficar aqui e esperar seus pais e quando eles chegarem a gente se abraça e vive todo mundo feliz. - Disse com ironia.
- Tudo bem, eu vou ligar. - Disse estendendo a mão trêmula.
- Fala o numero criança, eu não vou entregar um celular livremente na sua mão. - Disse como se fosse óbvio e a mesma começou a falar o número. Disquei o mesmo e entreguei o celular para ela.
" Mãe? " - Chamou com a voz embargada. " Eu estou bem, quero apenas dizer que não vou estar quando você chegar, tudo bem? -- Eu vou sair com uma amiga. -- Ta bom, também te amo. Beijos. "
- Emocionante. - Debochei tirando o celular da sua mão. - Levanta donzela, coloca o sapato e vamos.
Gabrielly se levantou e pegou as suas botas colocando as mesmas, ajeitou sua blusa e seu jeans e parou na minha frente. Estendi um casaco de moletom com touca e a mesma o colocou, puxei seu capuz cobrindo bem seu rosto e fiz o mesmo com o meu, peguei em sua mão e saímos.
- Pra onde vai me levar? - Perguntou baixo enquanto caminhávamos pela rua vazia.
- Cala a boca. - Mandei.
Seguimos o caminho em silêncio e entramos na avenida sempre caminhando rápido. Lembro que minha casa ficava a uns dez minutos da li e não havia ninguém lá. Eram todos tão medrosos que não queriam morar onde eu morei e matei algumas pessoas.
Gabrielly já estava ofegante apoiando em minha mão para continuar a andar.
- Minhas pernas estão doendo. - Reclamou.
- Cala a boca, já mandei não falar. - Disse a puxando para andar mais rápido.
Assim que chegamos Gabrielly se escorou na parede e abri a porta com a chave que a muito tempo havia deixado no vaso ao lado que agora estavam com as flores murchas.
- Vai entrar ou quer que eu pegue no colinho? - Perguntei e a mesma se desencostou da parede entrando.
- Quem mora aqui?
- Eu. - Disse a empurrando pra dentro. - Você fica aqui, e calada. - Mandei empurrando ela para o quarto.
- Você vai me matar? - Perguntou me observando.
- Entra. E cala a boca.
Assim que Gabrielly entrou tranquei a porta. Reuni algumas madeiras e peguei prego e martelo. Bloqueei as janelas e portas que não fossem a principal e depois sai.
Ajeitei meu capuz e comecei a caminhar pela rua, me aproximei lentamente de uma garota que passava e peguei em seu braço e a mesma se assustou.
- Aja naturalmente e anda comigo, se você gritar eu acabo com você. - Sussurrei próximo ao seu ouvido.
- Por favor.. - Pediu.
- Cala a boca e anda. - Mandei a arrastando para o beco.
Parei no fundo do beco e a encostei na parede.
- Qual é o seu nome? - Perguntei próximo ao seu rosto.
- P-- Perola. - Disse gaguejando.
- Perola.. Bonito nome. - Disse acariciando seu rosto.
- Me deixa ir.. - Pediu em um sussurro.
- Claro, me passa a carteira e o celular. - Pedi e a mesma assim fez rapidamente com as mãos tremulas e me passou suas coisas. Coloquei o celular no bolso e a carteira e me virei novamente para ela.
- Agora você vai contar ate dez e depois irá correr daqui.- Tá bom. - Disse assustada. - 1... 2... 3... 4... 5... 6... 7... 8... 9...
- Dez. - Disse cravando a faca em seu peito e a mesma segurou em meus braços arregalando os olhos. - Desculpe querida Perola, não vai dar pra ir embora hoje. - Sussurrei enquanto a mesma escorregava pela parede. Assim que ela morreu rasguei sua roupa e espalhei suas coisas pelo chão, fiz alguns hematomas nela para parecer um assalto e tentativa de estupro e limpei as mãos em sua camisa saindo em seguida.
Caminhei para fora do beco e ajeitei meu capuz entrando em um mercado, comprei apenas o básico para a donzela em casa não morrer de fome e acabar com a minha festa antes do tempo.
Passei pelo caixa evitando encarar a mulher e lhe entreguei o dinheiro agarrando em tudo e saindo rapidamente, não poderia dar bobeira agora.
Assim que cheguei em casa coloquei tudo na mesa e vi a porta do quarto arrombada.
- Filha da mãe. - Murmurei andando pela casa e nada. Sai caminhando pelo meio do mato que rondava a casa e observei uma movimentação entre os galhos.
- Gabrielly. - Chamei e a mesma prontamente se virou. - Acho bom você correr. - Sorri.- Me escuta, eu.. Desculpa. - Disse começando a correr e sorri. Assim que um grito soou do meio do mato caminhei tranquilamente até lá vendo ela presa em uma das minhas armadilhas.
- Percebeu agora que não adianta Gabrielly? Você nem sabe ao certo onde esta. Você esta no meu território donzela e nesse caso eu não sou inexperiente. - Disse soltando ela que caiu de uma vez no chão. - Você não deveria ter aberto aquela porta.
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𝗗𝗼 𝗡𝗼𝘁 𝗢𝗽𝗲𝗻 𝗧𝗵𝗲 𝗗𝗼𝗼𝗿 ※ Noany ※
Mystery / ThrillerEm Nova Brunsvique Canada tudo era tranquilo, um lugar calmo, rodeado de florestas e com habitantes bem gentis uns com os outros. Mas quando um alerta é emitido por todo o Canadá por conta de mais uma fuga na prisão psiquiátrica Asylum todos parecem...