Levanto do sofá onde acabei adormecendo com Gabrielly e caminho até a cozinha. Preparo uma xícara de café e me sento ligando a TV.
'Ontem a noite uma jovem foi encontrada morta e esquartejada pelos seus familiares na porta de casa. O assassino ainda não encontrado aparentemente deixou os sacos na porta da casa da família e ainda tocou a campainha antes de desaparecer. Muitos haviam considerado a hipótese de ser Noah Urrea, que foi recentemente solto mas muitos alegam vê-lo com uma garota saindo da cidade o que o isenta de toda a acusação. É com um grande pesar que digo isso, mas parece que Nova Brunsvique nunca mais será um lugar tranquilo.'
Sorri levando minha xícara de café a boca. Sabia que sair da cidade com Gabrielly e voltar sem ser visto pela rodovia desativada me ajudaria e muito.
As pessoas colaboraram com o crime sem nem saberem e é assim que tem que ser, eu manipulo tudo ao meu redor, sempre fui assim e tudo sempre vai ser do meu jeito.
Ouso um barulho do lado de fora e me levanto caminhando até a janela, afasto sutilmente a cortina e vejo que eu temia aparecer.
- Droga. - Murmuro me afastando da janela. - Gabrielly.
Me aproximei dela e comecei a balança-la.
- O que foi? - Perguntou sonolenta.
- Levanta, temos que ir. - Avisei. - Anda Gabrielly.
Gabrielly se levantou e calçou seu sapato, peguei uma mochila jogando dentro o que precisaríamos e algum dinheiro depois agarrei ela pelo braço puxando para a porta dos fundos.
- O que esta acontecendo? - Perguntou.
- Cala a boca e corre. - Mandei abrindo a porta dos fundo e correndo com ela pela floresta. Olhei para trás vendo que ele arrombava a porta da frente e Gabrielly se assustou com o baque mas não permiti que a mesma se virasse continuando a correr.
Passamos do meio do matagal e Gabrielly estava praticamente se arrastando.
- Você tem água? - Perguntou ofegante e parei deixando a mesma sentar em uma pedra.
- Aqui. - Ofereci tirando a tampa e Gabrielly começou a beber.
- Nossa.. O que aconteceu?
- Eu disse que ele estava vindo, esta nos cercando, temos que ficar espertos.
- Ele quer..
- Te matar? Sim.
Um frio correu em minha espinha ao ouvir as palavras de Noah. Alguém queria me matar e o pior de tudo era que eu sabia quem havia mandado esse alguém.
- Noah eu não aguento mais. - Reclamei. Estávamos andando a horas e já começava a escurecer.
- Esta escurecendo Gabrielly, precisamos sair do meio do mato, somos alvos fáceis aqui no escuro. - Disse me puxando pela mão para continuar a andar.
Não sei quanto tempo andamos mais um alivio enorme percorreu meu corpo quando finalmente saímos da mata.
Estava cansada, suada, e ambos estávamos fedendo.
Caminhamos até encontrar um lugar simples com uma pequena placa suja escrito 'motel' pendurada.
Noah abriu a porta que fez barulho pela madeira velha e entrou me mantendo atrás dele.
- Posso ajuda-los? - Perguntou uma senhora.
- Queremos um quarto. - Disse Noah.
- Sim, claro. Me acompanhem. - Disse a senhora pegando uma chave pendurada. - É o nosso último. - Avisou.
Andamos até o fim do corredor e ela abriu a porta.
O quarto era simples, as paredes eram brancas e o chão simples apenas com revestimento. Uma cama de casal no meio e uma cômoda no canto. Uma pequena porta e uma janela coberta pela cortina.
- A janela só abre até a metade e o banheiro é naquela porta, a água quente só da para um banho rápido. - Avisou.
- Esta ótimo. - Disse Noah pegando as chaves e dando o dinheiro de três diárias a mulher.
- Ficaremos três dias? - Perguntei quando a mulher saiu e fechou a porta.
- Preciso de tempo para arrumar um carro e dinheiro.
- Como vai fazer isso?
- Roubando Gabrielly. - Disse se sentando na cama e tirando os sapatos. Um tempo atrás eu o impediria, mas agora, se eu não quiser morrer acho melhor deixa-lo me ajudar.
Abri a mochila que Noah trouxe encontrando mais algum dinheiro que coloquei na mesinha, água, duas blusas dele, três calças, três cuecas e uma toalha.
- Como conseguiu pegar isso tudo?
- Já estava arrumada, coloquei apenas a água e o dinheiro. - Explicou.
- Eu vou tomar um banho. - Avisei e Noah assentiu.
Entrei no banheiro e retirei minha roupa suja colocando em cima do vaso fechado, abri o chuveiro e entrei debaixo do mesmo sentindo a água morna relaxar meu corpo.
Fechei meu olhos encostando a parede fria deixando a água cair sobre meu corpo quando sinto algo pegar em minha cintura e abro os olhos assustada.
- Noah? O que você.. Nossa. - Disse olhando para seu corpo nu.
- A água quente só da pra um banho, lembra? - Perguntou puxando meu corpo para o seu. - Em que pensava?
- Não acredito que logo você é a única pessoa que eu tenho, faria mais sentido se isso fosse ao contrário. Você querendo me matar e minha mãe me protegendo.
- Eu sei, mas nem sempre é como queremos. - Disse passando o nariz em meu pescoço. - Você terá que se acostumar a isso.
Olhei para Noah que me encarava, seu cabelo molhado estava para trás e seu rosto mais próximo do que eu poderia me lembrar.
Senti suas mãos em minha bunda me puxando para ele e passando seu membro entre minhas pernas me fazendo ofegar.
- Nós teremos que nos acostumar a isso. - Sussurrou se inclinando mais sobre mim raspando seus lábios nos meus. Ele iria me beijar e meu corpo estava todo aceso e suplicando por isso
- Eu tenho você. - Sussurrei.
- E eu tenho você. - Afirmou me beijando e levei minhas mãos para a sua nuca permitindo que o mesmo me levantasse do chão e agora seu membro passava livremente em minha intimidade me deixando louca enquanto a água mantinha nossos corpos molhados.
Os braços de Noah circulavam em minha cintura com firmeza e sua mão descansava em minha bunda apertando minha carne me mantendo colada a ele.
- Seja minha, seja minha agora. Por vontade própria. - Pediu mordendo meu pescoço e inclinei minha cabeça para trás suspirando. A água se tornou gelada mas nada parecia nos incomodar.
A água caia sobre nossos corpos e agora aquele seria o lugar onde eu me perderia em seus braços.
- Me faça sua.
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𝗗𝗼 𝗡𝗼𝘁 𝗢𝗽𝗲𝗻 𝗧𝗵𝗲 𝗗𝗼𝗼𝗿 ※ Noany ※
Mystery / ThrillerEm Nova Brunsvique Canada tudo era tranquilo, um lugar calmo, rodeado de florestas e com habitantes bem gentis uns com os outros. Mas quando um alerta é emitido por todo o Canadá por conta de mais uma fuga na prisão psiquiátrica Asylum todos parecem...