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Noah continuava dirigindo como um louco, estava completamente alheia a situação e apenas quando olhei melhor pude ver quem era

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Noah continuava dirigindo como um louco, estava completamente alheia a situação e apenas quando olhei melhor pude ver quem era.

- Eu não acredito. - Murmurei.

- Pois acredite, é ela. - Disse Noah com pesar.

Ela havia mandado me matar e isso já era horrível agora a minha própria mãe vir atrás de mim, era devastador.

- Tem uma curva mais a frente, se prepara. - Disse e olhei para ele.

- Me preparar pra que?

- Para pular horas, eu vou virar e assim que eu virar você pula.

- Mas, e você?

- Eu vou estar bem atrás de você eu prometo.- Disse me passando a mochila e tirando meu cinto.

- Você não vai me deixar sozinha né?

- Nunca. - Afirmou e assenti. - 1. 2. 3. Pula, agora. - Mandou e olhei uma última vez para ele abrindo a porta e pulando do carro que fazia a curva.

Comecei a rolar pelo que parecia um barranco até parar as margens de um esgoto.

Me levantei completamente suja e molhada e agarrei na mochila olhando para trás mas não havia nem sinal de Noah.

Comecei a caminhar pela vegetação baixa iluminada apenas pela luz da lua sempre olhando para trás.

Ele disse que não me deixaria sozinha..

Continuo andando não sei por quanto tempo quando ouso uma barulho forte. Me escondo por trás das árvores e vejo algo pegando fogo.

Me aproximo mais ainda de mansinho e vejo minha mãe parada em frente ao carro que Noah dirigia e agora queimava. Meus olhos marejaram e desespero se apoderou de mim.

Ele estava naquele carro? Noah havia morrido e eu estava sozinha?

Penso em fazer alguma coisa correr talvez, mas uma mão tampa minha boca e um corpo é colado ao meu.

- Eu disse pra fugir, não ficar olhando sua mãe. - A voz de Noah sussurra em meu ouvido e automaticamente me viro o abraçando

- Graças a Deus, achei que tivesse morrido.

- Sua mãe também acha então temos
alguma vantagem. Anda, vamos logo. - Disse agarrando a minha mão e me puxando para o lado oposto.

Andávamos já a algum tempo e minhas pernas já doíam. Noah sabia que andar não era comigo.

- Precisamos dormir. - Disse já louca para parar.

- Vem, só mais um pouco. - Disse me puxando pela mão. - Você não deveria ser tão preguiçosa.

- Eu não sou, só nunca precisei andar tanto. - Resmunguei e Noah sorriu.

- Tudo bem, vamos parar ali. - Avisou nos arrastando para debaixo de uma árvore.

Me sentei encostando ao tronco e respirei fundo.

- Aqui, ainda tem água. - Disse me estendendo a garrafa.

- Obrigada. - Disse ofegante e tomei um gole.

Noah se sentou ao meu lado e olhou pra mim tirando seus cabelos do rosto.

- Ficou com medo de me perder? - Perguntou divertido e revirei os olhos.

- Eu não. - Menti desviando o olhar.

- Você sim. Ficou com medo. - Continuou tirando com a minha cara.

- Só não queria ficar sozinha..

- Sei.. Tudo bem, uma hora você admite. Eu sei que é difícil aceitar que esta apaixonada por um psicopata.

- Quem disse que eu estou?

- Eu. - Afirmou e sorri balançando a cabeça em negação.

- Tudo bem Noah, tudo bem. - Murmurei me encostando ao seu ombro.

- Tudo bem Gabrielly, tudo bem. - Disse me imitando e sorri caindo no sono sendo vencida pelo cansaço.

 - Disse me imitando e sorri caindo no sono sendo vencida pelo cansaço

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Me levantei apoiando Gabrielly na árvore e olhei o local. Eu tinha que arrumar algum lugar seguro, Eloise estava por aqui e quanto mais demorássemos para nos locomover mais fácil ficava de nos pegaram.

Eloise e o cara que ela contratou de certo estão juntos o que fode com tudo e agora estamos sem carro, Gabrielly não aguenta andar nem dois quilômetros sem reclamar e vamos acabar morrendo. Tínhamos apenas alguns salgadinhos e um resto de água que pelo visto logo seria consumido.

Ferrados, estávamos completamente ferrados.

Olhei para trás avistando uma pequena casa e uma senhora que colocava o lixo do lado de fora da mesma. Era apenas a alguns metros, logo na saída da floresta, poderíamos pedir algum abrigo.

- Gabrielly. - Chamei já levantando a mesma.

- Am? O que?

- Vamos, tem um lugar ali, precisamos continuar. - Disse e a mesma assentiu apenas se pendurando em mim. Começamos a caminhar até a casa em silencio e com cuidado para não rolarmos para o esgoto.

- Eu estou um pouco cansada dessas coisas perigosas. - Disse Gabrielly contrariada.

- É isso ou a morte então... Fica por sua conta. - Sorri.

- Engraçadinho.

Chegamos a casa e Gabrielly passou as mãos pela roupa tentando ficar mais apresentável, estávamos em um estado critico.

- Olá. - Disse assim que abriram a porta.

- Posso ajuda-los? - Perguntou a senhora nos analisando.

- Nós estamos perdidos, acabamos caindo lá de cima, estamos sujos e sem abrigo. - Disse Gabrielly.

-Aqui é uma pousada de família, tem apenas um quarto, são casados?

Perguntou o senhor nos analisando.

- Sim. - Respondemos juntos.

- Senhor e senhora..

- Urrea. - Respondi.

- Vamos, vamos entrando. - Disse a senhora e Gabrielly me olhou. Dei de ombros a puxando pela mão e entramos na casa.

- Então, a quanto tempo são casados?

- Dez anos.

- Oito anos. - Respondeu Gabrielly ao mesmo tempo que eu.

- Oito anos. - Corrigi.

- Dez anos. - Corrigiu Gabrielly ao mesmo tempo que eu. - Oito ou dez anos. - Disse Gabrielly sorrindo.

- Somos horríveis com datas.

- É.

- Bom, tudo bem. Me acompanhem. - Chamou a senhora e seguimos atrás dela.

Devíamos ter combinado a mentira antes mas essa nos pegou de surpresa. Pelo menos teríamos um lugar para passar a noite e amanhã seguiríamos novamente para um lugar mais escondido possível.

𝗗𝗼 𝗡𝗼𝘁 𝗢𝗽𝗲𝗻 𝗧𝗵𝗲 𝗗𝗼𝗼𝗿 ※ Noany ※Onde histórias criam vida. Descubra agora