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Linsey

Olhava para o meu irmão um tanto quanto chocada. 

- Noah? - Perguntei confusa. 

- Sim. - Disse me empurrando para o lado e entrando puxando a garota com ele. 

- Quem é essa? 

- Gabrielly, essa é minha irmã Linsey, Lin essa é a Gabrielly. A mãe dela quer mata-la. - Disse dando de ombros e a menina olhou para ele. 

- Ah... Mamãe esta na cozinha. 

- Ótimo. - Disse ainda agarrado na mão da menina. 

- O que esta fazendo aqui Noah? Sabe que não podia voltar. 

- Mas foi preciso, então pare de me encher. - Disse tirando a mochila das costas e minha mãe apareceu na sala.

- Oh.. Meu filho, meu filho. - Sorriu segurando o rosto de Noah. - Noah esta tão grande. Cadê o leite que você foi buscar?

- Esta pior?

- Sim, ela não sai daquele dia. - Disse segurando nos ombros da minha mãe. - Vamos você precisa descansar. 

- Mas e o Noah? O Noah vai estar aqui? - Perguntou.

- Vai mãe, vai sim. 

- O que sua mãe tem? - Perguntou Gabrielly se sentando ao meu lado

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- O que sua mãe tem? - Perguntou Gabrielly se sentando ao meu lado. 

- Esquizofrenia. 

- Serio?

- Sim, se agravou depois da morte do meu pai, agora os remédios não resultam mais. 

- Ela disse que você saiu para comprar leite...

- No dia em que eu fui embora, Linsey combinou que não seria bom dizer a ela, então disse que eu havia saído para comprar leite, e nunca mais voltei. 

- Por que você foi? Por que não ficou com ela?

- Porque eu não podia. - Respondi me levantando. - Anda, vamos para o quarto. 

Gabrielly se levantou me seguindo escada acima e abri a porta do meu antigo quarto. 

- Era aqui que você dormia? - Gabrielly perguntou passando a mão pelos meus posteres.

- Obviamente. - Disse colocando a mochila no chão.

- Suas roupas estão todas nas gavetas, todas limpas. A mamãe lava elas todos os dias enquanto espera você voltar com o leite. - Disse Linsey passando no corredor.

Vi minha mãe parar na porta do seu quarto e Linsey voltou. 

- Mãe, eu não te coloquei na cama? 

- Não, você esta ouvindo? Eles disseram para não fazer. - Disse apontando para o nada. - Eles querem me matar. 

- Quem quer te matar mãe?

- O Marcio. 

- Quem é Marcio? - Perguntei. 

- O medico dela. Mãe o Dr. Marcio, não quer fazer mal a senhora. - Disse Linsey tentando toca-la. 

- Quer, quer sim. - Minha mãe gritou. - Ele vai me sequestrar e me matar, ele quer me matar, ele não é de confiança. Linsey você não pode falar pra ele que eu estou aqui. Não pode. 

- Noah, vai lá embaixo e pega a o frasco de pilulas azuis que fica dentro do armário, e um copo d'água. - Linsey pediu e deixei Gabrielly lá descendo para a cozinha. 

Peguei o frasco no armário e tirei uma, enchi um copo com água e voltei a subir. 

- Mãe, toma isso. - Disse Linsey lhe entregando o comprimido. - Coloque na boca. - Minha mãe levou o comprimido a boca  tomou a água. 

- Eles vão me matar Noah, não deixa. Não deixa o Marcio me pegar, eles estão falando, estão lendo meus pensamentos, eles estão colocando coisas aqui. - Disse batendo na cabeça e segurei sua mão. 

- Mãe, esta tudo bem. - Disse segurando em seu braço. - Eu vou ficar com você, vem. 

Deitei minha mãe na cama e Linsey a cobriu. 

- O remédio deve fazer efeito. - Disse vendo minha mãe se acalmar e aos poucos adormecer. 

Linsey foi para o seu quarto sem dizer nada e entrei no meu fechando a porta e olhei para Gabrielly. Eu não acredito que isso estava acontecendo, eu abandonei minha irmã, sozinha com todo esse problema, para procurar mais problema. 

Gabrielly se levantou e caminhou até mim passando a mão em meu rosto. 

- Tristeza e choro, nunca foram sinonismos de fraqueza Noah. - Disse me abraçando e a abracei de volta. 

Eu não acredito que estava fazendo isso, mas eu estava chorando, chorando como a muito tempo eu não chorava. No final, eu deveria ser o mais doente de todos nós. 

𝗗𝗼 𝗡𝗼𝘁 𝗢𝗽𝗲𝗻 𝗧𝗵𝗲 𝗗𝗼𝗼𝗿 ※ Noany ※Onde histórias criam vida. Descubra agora