Noah parou em um posto para reabastecer o carro e me encostei ao mesmo enquanto ele abastecia.
- Por quê você foi preso? O que você fez? - Perguntei.
- Dizem que eu matei algumas pessoas..
- Dizem?
- Eu sou louco Gabrielly, mas nunca matei mais do que três pessoas. Quando eu fui a julgamento sua mãe me responsabilizou por outras mortes da cidade e a minha pena aumentou.
- Como você se envolveu com a minha mãe?
- Ela me visitava quase todas as noites, um dia se insinuou e eu estava sozinho a tempo demais.
- Então você se envolveu com ela..
- Sim.. Todas as noites ela falava de você, reclamava de você. Disse que você era doente e fazia ela passar um inferno em casa. Um dia veio com uma conversa de que queria você morta.. Iria reduzir minha pena, então eu aceitei.
- E por quê não matou?
- Porque não era o certo. - Disse retirando a mangueira e fechou o compartimento. - Coloca a bundinha pra dentro do carro vai amor.
Sorri balançando a cabeça em negação e entrei no carro e ele logo em seguida.
- Você não pagou.
- E ninguém viu. - Afirmou dando partida e nos afastamos do posto.
- Estamos devendo meio mundo de gente.
- Estamos não, quem deve volta pra pagar, e nós não voltaremos. - Sorriu colocando seu cinto e fiz o mesmo.
- Pra onde vamos?
- Portland. Lugar pequeno, calmo e ninguém cuida da vida de ninguém.
- Ficaremos quanto tempo lá?
- Enquanto for seguro. - Afirmou e assenti.
Seguimos em silencio e Noah pousou a mão na minha coxa apertando a mesma.
- Noah.. O que esta querendo? - Perguntei divertida.
- Você. - Afirmou ainda olhando para frente e sorri.
- Já estamos aqui, eu já estou aqui. - Disse e Noah gargalhou baixinho.
- Você não faz ideia de que maneira que eu te quero.
- Então me diz. - Incentivei o analisando.
- Nua é uma delas. Mas não apenas assim.
- Me quer de roupa também? - Perguntei gargalhando.
- E se eu dissesse que gosto de você.. Que estou me apaixonando por você, o que diria? - Perguntou sem me olhar.
- Que é loucura e você esta imaginando coisas, ou esta confuso. Por quê? Sente isso por mim?
- Não. - Respondeu firme e tirou a mão da minha coxa.
- Então por quê da pergunta? E de que outra forma você me quer?
- Morta talvez. - Disse apertando o volante e encostei no banco.
- Você nunca vai me matar.
- Não acredite tanto em um maníaco, não seja burra. Já não acha que foi lesada o suficiente?
- Por quê esta falando assim comigo?
- Porque é assim que eu sou. - Afirmou e me calei me virando para janela deixando Noah com a sua tpm.
Já estávamos na entrada da cidade e a noite já caia. Gabrielly estava adormecida ao meu lado enquanto eu seguia pelas ruas.
Eu sei que tratei Gabrielly mal, mas não iria ser o idiota apaixonado que sofre por um amor não correspondido. Eu iria me livrar desse sentimento nem que fosse a força e depois que Gabrielly estivesse a salvo sumiria e esqueceria ela de vez.
Parei o carro em frente a casa que eu conhecia bem e desliguei o carro.
- Gabrielly. - Chamei balançando-a.
- Hum?
- Chegamos, acorda. - Mandei.
- Ta bom. - Disse coçando os olhos.
Retirei o cinto e peguei minha mochila, Gabrielly tirou o cinto e abriu a porta saindo do carro. Sai em seguida e sinalizei para que ela me seguisse.
- O que isso? - Perguntou me seguindo.
- Uma casa. - Gabrielly me olhou e dei de ombros.
Bati na porta e depois de um tempo foi aberta.
- Noah?
- Olá Linsey.
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𝗗𝗼 𝗡𝗼𝘁 𝗢𝗽𝗲𝗻 𝗧𝗵𝗲 𝗗𝗼𝗼𝗿 ※ Noany ※
Mystery / ThrillerEm Nova Brunsvique Canada tudo era tranquilo, um lugar calmo, rodeado de florestas e com habitantes bem gentis uns com os outros. Mas quando um alerta é emitido por todo o Canadá por conta de mais uma fuga na prisão psiquiátrica Asylum todos parecem...