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Dormi apenas uma hora e passei o resto da noite vomitando, eu já imaginava as condições em que tive que comer com certeza me levariam a isso

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Dormi apenas uma hora e passei o resto da noite vomitando, eu já imaginava as condições em que tive que comer com certeza me levariam a isso. Estava fraca e quase desmaiada quando senti alguém me pegar e fui deitada sobre algo macio, forcei meus olhos a se abrirem e vi Noah tirar a blusa que vestia e em seguida colocou alguns travesseiros em  minhas costas.

- Você só da trabalho garota. - Murmurou visivelmente aborrecido e me mantive calada. - Abre a boca. - Mandou e assim fiz. Noah enfiou uma colher com algum remédio em minha boca e engoli.

- O que é isso? - Perguntei com a voz fraca. 

- Vai ajudar com os enjoos e a sua frescurite. - Respondeu se sentando na cama e me jogou uma blusa limpa. - Agora cale a boca. - Mandou se deitando afastado de mim. Vesti a blusa em silêncio e tentei voltar a adormecer mais não conseguia. Sai do quarto em silêncio me sentindo um pouco tonta e tranquei a porta com chave que Noah havia esquecido na porta. 

Quando notei o que havia acabado de fazer foi como se algo me acendesse, ele estava trancado e essa era a minha deixa. 

Forço a porta da entrada e a mesma estava trancada caminho até as janelas forçando até encontrar uma aberta e abro o máximo me espremendo para passar pela mesma.

- Ai. - Murmuro quando algo corta minha coxa enquanto passo pela janela e caio no chão do outro lado e olho o rasgo em minha coxa. - Droga. - Me levanto cambaleando com a fraqueza que ainda estava e começo a me arrastar pelo meio do mato. O corte na minha perna ardia e a dor era agoniante enquanto passava por entre os galhos mas continuei mesmo assim.

Uma vontade imensa de chorar me dominou quando comecei a ver o fim do matagal e andei mais rápido até lá, era a minha liberdade e eu não iria desistir dela. 

O sol já começava a nascer e pude vê-lo quando sai do meio de todo aquele mato, olhei para trás vendo que não havia nenhum vestígio da casa, ela realmente sumia em meio a todas aquelas árvores que se emaranhavam umas nas outras a mantendo bem escondida.  

Comecei a correr cambaleando pela avenida tentando achar algum carro enquanto olhava para trás em alguns momentos para me assegurar de que ele ainda não havia acordado e vindo atrás de mim. Vi uma viatura policial parada a alguns metros a frente e comecei a correr ignorando a dor.

- OU. - Gritei quando os dois policiais estavam voltando para a viatura. - EI, POR FAVOR. - Gritei e um deles olharam em minha direção correndo ao meu auxilio. 

- Senhorita, o que houve? - Perguntou me amparando. 

- Eu sou Gabrielly... Gabrielly Soares. - Disse baixo sentindo minha visão escurecer e desmaiei ali no meio do nada.

Quando acordei nada foi como esperei. Minha mãe não estava ao meu lado e sim pegando Noah, essa era a sua maior fixação, a minha saúde não importava, minha vida não importava, mas sua imagem e seu trabalho, esse sim importava. 

𝗗𝗼 𝗡𝗼𝘁 𝗢𝗽𝗲𝗻 𝗧𝗵𝗲 𝗗𝗼𝗼𝗿 ※ Noany ※Onde histórias criam vida. Descubra agora