𝗗𝗼 𝗡𝗼𝘁 𝗢𝗽𝗲𝗻 𝗧𝗵𝗲 𝗗𝗼𝗼𝗿 ※ Noany ※

♣ 16 ♣

Noah não havia passado a noite em casa, depois de chorar um pouco ele saiu como se estivesse com raiva de alguma coisa, ou ele mesmo. Me sentei no sofá ao lado de Linsey com uma xícara de chá na mão e a mesma ligou a TV.

'' Três pessoas encontradas mortas misteriosamente durante a madrugada dessa sexta feira aqui em Portland. Não sabemos ainda quem foi e a policia parece não ter um suspeito. As vitimas foram deixadas em frente a porta dos seus familiares em um saco preto e esquartejada. Lila Evans de vinte e quatro anos, Roger Duff de trinta e três e Dalila McCartney de vinte anos. Todos sem statos civil e sem filhos. Nunca um crime de tanta brutalidade ocorreu aqui em Portland e os abitantes temem por suas vidas. ''

- Onde esta o Noah? - Linsey perguntou apertando sua xícara.

- Não sei. - Murmurei. - Ele saiu ontem a noite e ainda não voltou. 

- Droga. - Esbravejou se levantando e sumindo para a cozinha mas logo voltou gritando. - Foi você? Responde Noah!

- Foi! - Exclamou no mesmo tom que ela enquanto entrava na sala. 

- O que você fez?

- Eu estava nervoso, elas estavam no meu caminho. Eu estou nervoso agora, você quer continuar no meu caminho? - Perguntou apertando os braços de Linsey e a balançando. Linsey se calou e com os olhos marejados balançou a cabeça em negação. 

- Desculpa. - Murmurou baixo e Noah a arremessou para o sofá e a mesma se encolheu.

- Me deixe em paz, as duas. - Disse subindo as escadas e bateu a porta com força enquanto Linsey começou a chorar e me aproximei consolando-a.

Deixava a água cair sobre as minhas costas tentando reunir toda a calma possível. Eu não poderia machucar a Linsey, mas estava frustrado e irritado e não sou uma boa pessoa quando estou assim.

Desliguei o chuveiro assim que terminei o banho e me sequei pegando outra toalha e enrolando na cintura, saindo do banheiro encontrei minha mãe remexendo minha gaveta.

- O que esta fazendo? - Perguntei. 

- Oh.. Noah, eu tenho que lavar a roupa enquanto você compra o leite. Eu estou tão cansada, mas eles disseram que eu tenho que lavar a roupa, isso vai manter ele longe, o Marcio precisa ficar longe. 

- Mãe. - Suspirei tentando manter a calma. 

- Ele quer me matar, me sequestrar e me matar, se esconda, eu vou me esconder. Me esconder. - Disse saindo do quarto agarrada a duas peças de roupas minhas e suspirei fechando a porta. Me sentei na cama olhando para as minhas mãos e me deitei para trás fechando os olhos. 

Eu lembro o que eu senti ontem quando matei aquelas pessoas, não foi pena ou nada relacionado a compaixão. Foi prazer. Eu quis fazer aquilo e fiz, foi revigorante e relaxante e agora eu preciso fazer de novo, quantas vezes forem preciso, eu farei novamente. 

- Noah? - Ouvi a voz de Gabrielly.

- Entra. 

- Sua irmã queria conversar com você, ela disse que não é nada que vá lhe deixar mais nervoso. - Disse olhando para o meu peito.

- Mais pra cima Gabrielly, meus olhos então mais em cima. - Murmurei e a mesma ruborizou assentindo. 

- Desculpe.

- Sai daqui. - Mandei. - Avisa a Linsey que estou descendo e quanto a sua voz, eu planejaria não ouvir ela por um dia inteiro. 

- O que aconteceu com você?

- Vai por mim Gabrielly, se ficar aqui por mais dois minutos se arrependerá amargamente disso. - Esbravejei e a mesma bateu a porta saindo. Vagabunda. 

'' E se eu dissesse que gosto de você.. Que estou apaixonado por você, o que diria? ''

'' Que é loucura e você esta imaginando coisas, ou esta confuso. Por quê? Sente isso por mim? ''

'' Não. '' 

Ela rejeitou qualquer resquício de normalidade que havia em mim, qualquer sentimento bobo que eu pudesse chamar de paixão. Ela me rejeitou uma vez e agora eu acabaria com essas pessoas que estão perseguindo ela, mataria sua mãe e acabaria com tudo.

Mas apenas para que o seu sofrimento e a sua morte, venham pelas minhas mãos..