Capítulo 10

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       Dois dias após seu aniversário, Harry estava enlouquecendo. Ainda era muito cedo para que ele estivesse se sentindo tão mal, uma vez que ele e Tom tinham se visto há uns três dias atrás. Mas, para Harry, parecia que eles não se viam há uma semana inteira. Seu corpo todo doía, e Tom não olhava a droga da mensagem que ele havia deixado no maldito diário, pedindo para que eles se vissem hoje. Ele não sabia o que estava acontecendo, será que Tom poderia ter se machucado? Ele sequer seria capaz de sentir esse tipo de coisa? Bem, Tom era Lorde Voldemort, e se ele tivesse sido ferido, Harry teria visto algo no jornal, certo? Ele esperava desesperadamente que sim.

      Além disso, as dores que Harry estava sentindo não eram diferentes daquelas que ele sentia sempre que eles se afastavam por muito tempo, era apenas cedo demais para que ele as tivesse sentindo naquela intensidade. Ele estava preocupado e queria muito ver seu companheiro, mas este não se dava ao trabalho de responder sua mensagem. Harry ia mata-lo.

      Então, ele tomou uma decisão: ele não precisava da permissão de Tom para ir vê-lo. É claro que tinha uma chance de a Mansão estar cheia de comensais, o que seria bem ruim. Ou então, Tom poderia não estar em casa, mas, nesse caso, Harry poderia simplesmente usar sua chave de portal e voltar para a casa. Ou então, ele poderia esperar pelo outro na Mansão e gritar com ele por não responder logo sua mensagem. Bem, ele resolveria os detalhes quando chegasse lá.

      Ele pegou sua capa de invisibilidade e avisou a Remus e Sirius que daria uma volta. Então, saiu de casa, andou um pouco e utilizou seu colar, desaparecendo para a Mansão Sonserina. Assim que chegou lá, Harry sentiu sua própria magia se expandir, desesperada para encontrar a de Tom. Ah, então o desgraçado estava em casa e, mesmo assim, era incapaz de responder uma mensagem.

      Harry marchou em direção ao escritório de Tom, preparado para gritar uns bons minutos com seu companheiro irresponsável. No entanto, antes que chegasse a seu destino, o garoto se deparou com um Tom de aparência tão deplorável quanto a dele vindo a seu encontro. O Lorde parecia muito surpreso por vê-lo ali.

- Harry. – foi tudo o que ele disse, antes de franzir a sobrancelha, avaliando a figura a sua frente, como se quisesse ter certeza de que Harry era real. Quando percebeu que o garoto, de fato, não era uma miragem, ele continuou: - O que você está fazendo aqui? Não me lembro de termos marcado nada.

- Bem, não teríamos mesmo como ter marcado, não é? Você não responde a porcaria do diário. – respondeu Harry, irritado. Então, agora, além de ignorá-lo, Tom também reclamaria de sua presença ali?! Ok, Harry sabia que estava exagerando, mas ele estava com um péssimo humor.

- Ah, me desculpe. – Tom disse, parecendo tão cansado, que Harry quase se sentiu mal por ter ficado tão bravo com ele. – É só que Nagini estava enchendo tanto minha paciência, que eu-

-Tommy? Quem está aí? – Harry ouviu uma voz perguntar, antes da imensa cobra de estimação de Tom aparecer na sala. – Ah! – ela exclamou, parecendo extasiada. – Harry! Finalmente vamos ser devidamente apresentados! Eu sabia que se continuasse a insistir para que Tom me trouxesse para a Mansão, acabaria por encontrar com você. Tommy, traduza para o garoto o que estou dizendo, ande!

- Uhm, não será necessário. Eu consigo entender o que diz. – Harry sorriu para ela, e Tom pareceu ficar um pouco tenso – É um prazer conhece-la, Nagini. – então, se virando para Tom, ele disse: - Tommy, é?

- Ah, ele é um ofidioglota como você, Tom! Por que não me disse antes? – ela parecia maravilhada, mas Tom a ignorou, concentrando-se unicamente no olhar travesso de Harry.

My Precious Mate - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora