Capítulo 29

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      Harry sabia que pedir a cabeça de Umbridge não era uma atitude muito nobre de sua parte, mas saber que aquela sapa velha era o único obstáculo para vitória deles tinha acendido uma chama de raiva no coração do menino-que-sobreviveu. Aquela mulher tinha machucado muitos alunos de Hogwarts e tinha feito da vida deles um verdadeiro inferno e, agora, quando ele acreditava que nunca mais teria que olhar para a cara dela de novo, Umbridge decidia se colocar entre Harry e sua liberdade para ficar com Tom? Oh, não, não mesmo. O garoto mal podia esperar para que tudo aquilo terminasse e não houvesse mais necessidade de esconder seu relacionamento, e não permitiria que ela ficasse em seu caminho. Por isso, Harry não estava arrependido de ter pedido a Tom que fizesse jus a seu título de Lorde das Trevas, ao cuidar daquela situação, e o homem pareceu mais do que feliz em atender seu pedido. Ah, ele não tinha dúvidas de que Tom aproveitaria cada grito agonizante da mulher.

      Sabendo que o plano deles estava quase chegando ao fim, Harry decidiu que era a hora certa de agir, de começar a jogar a opinião pública contra Dumbledore de uma vez por todas. Os recentes acontecimentos tinham feito com que o garoto pensasse muito em seu quinto ano e, assim, ele resolveu usar uma das estratégias pensadas por Hermione, naquela época. Um sorriso se desenhou nos lábios do grifinório, quando ele pegou um pedaço de pergaminho e começou a escrever.

      Dumbledore não perdia por esperar.


                                                                                           ***


      Cinco dias depois, o Profeta Diário anunciou o desaparecimento de Umbridge, que, aparentemente, não era vista há três por ninguém do Ministério. A notícia informava que Fudge pretendia encarregar uma pequena equipe de aurores de procurar pela Subsecretária Sênior e que o Ministro acreditava que a mulher pudesse ter sido atacada por Voldemort e seus Comensais da Morte. O coração de Harry falhou uma batida, quando leu o comentário de Fudge que, apesar de ser um grande imbecil, estava mais perto da verdade do que imaginava.

"Tom, eu avisei para você ser cuidadoso! Fudge está desconfiado! Se você acabar sendo mandado para Azkaban, eu vou matar você."

"Fique calmo, Harry. Os jornais estão me culpando por qualquer coisinha que acontece no Mundo Bruxo, assim como faziam com seu padrinho, quando achavam que ele era um assassino, não se lembra? Além disso, não é como se eles tivessem uma prisão que pudesse me conter."

"O problema é que, dessa vez, você é realmente culpado por essa coisinha de que estão te acusando, seu idiota arrogante." – aquela situação estava deixando Harry muito nervoso, e a forma tranquila com que Tom estava lidando com tudo, o estava irritando profundamente.

"Sua doçura é tocante, Harry, querido." – falou sarcasticamente. – "Mas não há motivo para se preocupar, por mais que eles queiram me culpar e estejam certos em fazê-lo, Dolores Umbridge não será encontrada e, portanto, não poderá ser ligada a mim." – e, sem conseguir resistir, acrescentou: - "E não é arrogância, se é verdade."

"Quando você diz que o corpo dela não será encontrado – "

"Quero dizer que Nagini deve estar fazendo a digestão do corpo, nesse exato momento."

"Ah, meu Merlin." – Harry suspirou e, por mais estranho que pudesse parecer, aquele era um sinal do alívio que estava sentindo. Era bom saber que seu companheiro não seria mandado para prisão. - "E Tom?"

"Sim?"

"Ainda é arrogância, mesmo sendo verdade." – o garoto podia jurar que tinha sido capaz de ouvir o revirar de olhos do outro.

My Precious Mate - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora