My Precious Mate - Tomarry

Capítulo 32

      Em sua bolha de felicidade, Harry mal sentiu as semanas passarem e, logo, o início de junho foi se aproximando. Com os exames finais chegando, o garoto andava muito ocupado, mas Tom sempre fazia questão de ajudá-lo em todas as matérias, o que tornava as coisas mais fáceis. A Mansão Sonserina, no entanto, não era o lugar ideal para se estudar naquele momento, considerando-se o prisioneiro que era diariamente torturado nas masmorras da casa.

      Quando Tom lhe contou que havia removido o antigo diretor para a masmorra da Mansão, Harry ficou abismado. Seu espanto não tinha nada a ver com o fato do Lorde ter raptado Dumbledore e de o estar torturando, e sim, com o fato de que tinha passado quase um ano indo até a Mansão Sonserina, sem saber que havia uma masmorra no local. Sinceramente, ele já deveria ter imaginado, era de Tom que estávamos falando, afinal de contas.

      De qualquer maneira, agora que as emoções dos últimos acontecimentos, finalmente, tinham diminuído, e que Macgonagall tinha se estabilizado no cargo de diretora de Hogwarts, ela tinha proibido Harry de continuar saindo da escola quase todos os dias, sem autorização. No início, ela não queria permitir que ele deixasse a escola em momento nenhum, lembrando-lhe que ele era um aluno como qualquer outro. Harry adorava Minerva e não tinha nenhuma intenção de ser arrogante com ela, mas, honestamente, ele não era como os outros alunos. Quem mais ali tinha o Lorde das Trevas mais poderoso da história como companheiro? Quem mais tinha um companheiro que ameaçava invadir os terrenos da escola, caso ficassem muito tempo sem se ver? Ninguém, exatamente.

      Harry apenas achara sensato comentar tais fatos com a diretora. Ainda assim, ela havia imposto limites aos encontros dos dois, permitindo que o menino visitasse o outro somente uma vez por semana. É claro que, quando soube disso, Tom não deixou de notar que Macgonagall não tinha feito nenhuma objeção a ele indo visitar Harry em Hogwarts. Assim, o grifinório vinha passando um tempo anormalmente longo no banheiro feminino, mais precisamente na Câmara Secreta.

      O Lorde tinha arrumado o lugar, tornando-o mais confortável e apropriado para estudos, além de ter dado um enterro digno a seu precioso basilisco. Em geral, o homem levava uma parte de seu trabalho para a Câmara, pois, após a renúncia oficial de Fudge ao cargo de Ministro, a quantidade de responsabilidades de Tom tinha aumentado bastante. Depois do anúncio de Cornélio, o Lorde contara a Harry que tinha decidido ouvir seu conselho e assumiria ele mesmo o cargo de Ministro da Magia. Segundo ele, seria muito descuido de sua parte permitir que um de seus seguidores, que já haviam lhe decepcionado em tantas missões, assumisse o controle do Ministério da Magia britânico, mas Harry sabia que, na verdade, Tom realmente queria aquele cargo, apesar de seu medo de falhar em ser um líder bom e justo. Harry ficara exultante com a notícia de que seu companheiro assumiria o cargo de Ministro da Magia, mas, quando sugeriu a Tom que se tornasse o líder do Mundo Mágico, ele não tinha pensando na quantidade de trabalho que isso acarretaria. Mesmo assim, o Lorde conseguia conciliar seus afazeres com sua vida pessoal e estava sempre mais do que disposto a compensar Harry, por não poder lhe dar sempre sua total atenção – e sim, isso incluía encontros fofos e românticos planejados pelo mais velho, além de sexo incrivelmente quente.

      Hoje era um dos dias em que Harry tinha permissão para ir até a Mansão Sonserina e, para sua surpresa, ele encontrou um Tom completamente relaxado esperando por sua chegada na sala de estar.

- O que aconteceu com você? Por que não está trabalhando como um maníaco obsessivo?

- Assim você fere meus sentimentos, pequeno. – Tom tinha mesmo se apegado ao novo apelido. – Não posso estar apenas feliz por ver meu lindo companheiro?

- Você acabou de sair de uma sessão de tortura de Dumbledore? – o menino estreitou os olhos, desconfiando daquele comportamento tão tranquilo.