My Precious Mate - Tomarry

Capítulo 23

Este capítulo é dedicado a outra de minhas leitoras, que carinhosamente fez esse edit para a fanfic! Não sei qual é o perfil dela no wattpad, mas todos os créditos são dela!!

Espero que gostem do capítulo!

Boa leitura!

***

      Com o pouco tempo que restava para o fim do feriado e o retorno iminente de Harry à Hogwarts, Sirius e Remus não tiveram muitas chances de testá-lo profundamente. No entanto, considerando a reação dos dois, quando viram a memória daquela fatídica noite em Godric's Hollow, Harry tinha certeza de que Dumbledore não contava mais com a lealdade de ninguém de sua família. Tinha sido quase impossível controlar o ódio de Sirius, que gritava aos quatro ventos que iria degolar o diretor. Eles tiveram sorte pelo fato de nenhum outro membro da Ordem estar no Grimmauld Place na ocasião, ou haveria muito a ser explicado.

      Embora o surto de Black tenha sido preocupante, a reação de Remus foi a que realmente assustou Harry. O lobisomem ficara com tanta raiva, que seus olhos começaram a brilhar em um dourado sobrenatural, apesar de ainda estarem longe da próxima lua cheia. Harry já tinha visto Lupin descontrolado em uma lua cheia e não gostaria nem um pouco de repetir essa experiência. Aparentemente, Sirius concordava, porque ver seu companheiro tão perto de perder completamente o controle sobre a fera que existia dentro de si foi a única coisa capaz de acalmar sua fúria, que foi imediatamente substituída por preocupação.

      Em sua mente, Harry sentiu a tensão que o quase descontrole de Remus causou em Tom. O Lorde não havia dito uma palavra sequer, mas o garoto sabia que o fato de que ele não poderia chegar até Harry, caso o perigo aumentasse, deixou-o à beira do desespero. Afinal, a Casa Black ainda era a sede da Ordem da Fênix e estava protegida pelo feitiço fidelius, cujo fiel era Dumbledore. Assim, apenas com a ajuda do diretor, Tom seria capaz de entrar na casa.

      Quando seus padrinhos se acalmaram um pouco, Harry contou-lhes que faltava pouco para que o lado das trevas controlasse o Ministério e, assim que isso acontecesse, eles poderiam fazer Dumbledore sofrer da forma que mais o afetaria: tirando toda a sua influência e poder político.

- Isso não é suficiente. – começou Black, indignado. – Não me entenda mal, eu vou adorar vê-lo sem nada, mas isso nunca compensará todo mal que ele nos fez.

- Tem razão. – concordou Harry – Mas nada compensará, nem mesmo a morte dele. Além disso, depois que tivermos o controle do Ministério, será fácil mandar Dumbledore para Azkaban pelo resto dos dias dele.

"Não se esqueça do nosso acordo, Harry. Dumbledore é a exceção. Eu posso estar tentando agir mais civilizadamente, mas tortura e assassinato não deixaram de ser uma opção." – Tom lembrou, fazendo o menino suspirar.

"Não me esqueci." – ele achava que seria impossível se esquecer dos planos de Tom para o diretor, e uma – grande - parte dele sentia uma satisfação obscura, com a ideia do sofrimento de Dumbledore. Ele não sabia se deveria se sentir mal por isso.

"Não deveria, não mesmo. Mas, se por acaso você começar a sentir dúvidas, lembre-se de tudo que ele já fez a todos nós. Lembre-se de que eu o farei pagar por isso."

- Harry? – Sirius chamou impaciente. – Será que você e Tom poderiam parar de conversar por um segundo, para que você possa responder seus padrinhos, que estão bem aqui do seu lado?!

"Desde quando ele me chama de Tom?" – a irritação na voz do Lorde era óbvia.

"Se você realmente esperava que eles fossem continuar te chamando de Voldemort, você não esteve prestando muita atenção" – comentou.