Capítulo 25

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Este capítulo é dedicado a mesma leitora que fez o edit do capítulo 23! O edit deste capítulo é outro trabalho maravilhoso dela!

Espero que gostem do capítulo!

Boa leitura!

***


      Tom sentiu o momento exato em que seu companheiro perdeu a consciência. Harry havia passado boa parte do dia pensando em ir até à Mansão naquela noite, e Tom não poderia se sentir mais feliz, afinal, já faziam seis dias, desde a última vez em que eles tinham se visto. Ele entendia que Harry estava muito ocupado e que sair de Hogwarts exigia certo cuidado, mas o Lorde estava sentindo muito a falta do mais novo. Agora, eles já não sofriam mais com os efeitos negativos do laço, mas Tom tinha se acostumado a ter o menino sempre por perto, então, ele não era imune aos efeitos da saudade. Por isso, sabendo que Harry pretendia vir até ele, o homem fazia o possível para acompanhar os movimentos do garoto, ansioso pelo momento em que o teria nos braços. No entanto, Tom foi surpreendido por uma sensação ruim, que apertava seu peito. Imediatamente, ele verificou sua conexão com Harry, captando, apenas, pensamentos confusos e algumas imagens turvas.

      E, então, tudo se apagou. Nenhum sinal de Harry, nenhuma resposta provocadora, nenhuma reclamação sobre a detenção com Snape. O Lorde gritara pelo outro, quase implorando por qualquer indicação de que ele estava bem, mas não houve resposta alguma. Nada. Absolutamente nada.

      Por um momento, Tom imaginou que tudo aquilo se tratava de uma pegadinha do garoto – que, finalmente, tinha pegado o jeito com oclumência- e que, logo, Harry entraria pela porta do escritório rindo e se vangloriando por ter enganado Lorde Voldemort. Tom brigaria com ele por tê-lo preocupado daquela maneira e, então, beijaria aqueles lábios rosados e se enterraria fundo em seu companheiro, até que os olhos esmeraldas estivessem se revirando de prazer. Parecia um ótimo plano, exceto pelo fato de que dez minutos depois, ainda não havia sinal de Harry. Nunca, em toda sua vida, Tom sentiu tanto medo. O ar parecia escapar de seus pulmões e seu sangue parecia ter congelado em suas veias. Ele não sabia do que seria capaz, se algo acontecesse ao garoto.

      O Lorde sabia que precisava se acalmar se quisesse ajudar Harry e, naquele momento, o menino precisava dele. Tentando colocar a cabeça no lugar, Tom se lembrou de que Harry deveria estar na detenção com Snape, que era um dos Comensais mais talentosos. Mesmo assim, era óbvio que o garoto não estava perfeitamente seguro, se a falta de resposta de sua parte era algum indicativo, o que só poderia significar duas coisas: ou Snape não tinha sido capaz de protegê-lo, ou tinha sido o responsável por atacá-lo. Aquele pensamento foi suficiente para derreter o gelo nas veias do Lorde, substituindo-o pelo familiar fogo, que parecia queimá-lo, quando estava furioso. E, por Merlin, ele cortaria Severus em pedacinhos, se ele tivesse machucado Harry. Sem perder tempo, Tom o convocou até a Mansão, sabendo que não seria ignorado: seus seguidores podiam ser um pouco idiotas às vezes, mas não era burros.

- Milorde? – Snape chamou, alguns minutos mais tarde, fazendo uma reverência respeitosa, mas sem entrar propriamente no escritório.

- Onde ele está? – a voz de Tom estava perigosamente baixa, e ele sequer olhava diretamente para Snape. Ele sentia que reduziria o homem a cinzas se o fizesse.

- Ele? – o professor indagou, com cautela.

- Harry. Onde está Harry? – os olhos vermelhos, finalmente, encararam as orbes negras do outro. – Você o machucou, Severus?! Encostou um dedo sequer nele?! – a última parte saiu quase como um rugido, e a magia de Voldemort circulava o escritório furiosamente, levantando papéis e derrubando livros da estante.

My Precious Mate - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora