Capítulo 14

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      Tom estava sentado em seu escritório, se esforçando para ler alguns papéis que estavam em sua mesa. Sinceramente, às vezes ele achava que tentar matar metade do mundo era mais fácil do que tentar reformar o Mundo Bruxo por meio da política. Ele bufou, seu humor tinha estado péssimo, desde que Harry fora para Hogwarts e, mesmo com Nagini ali, a Mansão parecia muito vazia. Tom pegou seu diário e o abriu, procurando uma nova mensagem de Harry.

      Nada.

       Droga, por que Harry estava demorando tanto para dar notícias? Será que era tão difícil assim inventar uma desculpa para se livrar dos amigos e conseguir escrever uma maldita mensagem?

       O Lorde estava perdido em pensamentos, quando, de repente sentiu sua pele formigar. Não era uma sensação exatamente ruim, mas era diferente. Tom franziu as sobrancelhas em confusão e permitiu que parte de sua magia fosse liberada, para procurar a fonte daquela sensação repentina. Quase que imediatamente, Tom foi capaz de sentir o arrepio em sua pele, seguido pela sensação reconfortante, que indicava que Harry estava por perto.

       Mas...seria possível? O garoto já havia conseguido um momento livre, para vir vê-lo?

       A alegria que começou a borbulhar no peito de Tom morreu logo em seguida, quando o Lorde lembrou-se que Harry tinha dito a ele que Dumbledore o havia chamado para uma conversa. E ele se lembrava exatamente o que tinha dito a Harry na noite anterior:

"Se você sentir qualquer sinal de perigo, quando estiverem conversando, não hesite em usar o colar e vir até mim."

      Tom se levantou rapidamente, a preocupação lhe tomando o corpo inteiro. Ele havia sentido um formigamento estranho e, agora, Harry estava ali. Tom sabia que, apesar de o menino ser um bruxo extraordinário, Dumbledore era mais velho e mais habilidoso. Antes que alcançasse a saída, a porta do escritório foi aberta com força, e um Harry de aparência devastada apareceu.

      O rosto do garoto estava banhado em lágrimas, e ele se atirou nos braços fortes do mais velho, soluçando. O homem sentiu seu rosto empalidecer e o ar deixou seus pulmões. Harry o abraçava com tanta força, que parecia que ele jamais soltaria Tom.

- O que houve, Harry? O que aconteceu, você está machucado? – o Lorde perguntou com desespero, mas o menor apenas o apertou com mais força. – Harry, por favor, fale comigo.

      Mas o garoto não parecia em condições que formar palavras, então, Tom se deixou ser abraçado e começou a acariciar ao cabelos de Harry, tentando confortá-lo. Aos poucos, o choro do menino foi diminuindo, e Tom tentou novamente:

- Harry? Por favor, me diga o que aconteceu, você está ferido? – dessa vez, Harry afrouxou seu aperto e se afastou um pouco de Tom, apenas o suficiente para olhá-lo nos olhos. Ele balançou a cabeça, sinalizando que não estava ferido, o que fez com que o mais velho soltasse um pequeno suspiro de alívio. Ainda assim, sua preocupação não diminuiu muito, pois, se ele não estava fisicamente machucado, então o que tinha acontecido para gerar aquela reação? Tom pegou a mão de Harry e o conduziu até um dos sofás do escritório, sentando-se ao lado do garoto.

- Harry, me conte o que aconteceu.

       O menino pareceu hesitar.

- F-foi Dumbledore. – Tom já imaginava que sim, então, ele simplesmente esperou que o garoto continuasse. – Ele...ele me mostrou algumas...lembranças. – o homem ergueu uma sobrancelha. Que tipo de lembrança poderia ter deixado Harry daquele jeito? – Elas eram sobre você. – o garoto completou em voz baixa.

My Precious Mate - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora