Capítulo 12

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        A partir daquele encontro, a relação de Harry e Tom mudou. Agora, eles eram aliados, ao invés de inimigos, e o grifinório se provava um aliado maravilhoso, sempre disposto a discutir sobre todas as formas possíveis de melhorar o Mundo Bruxo. Finalmente, Harry sentia que tinha um propósito muito claro e que o enchia de paixão. O melhor de tudo era que ele não precisava mais olhar para seu companheiro, sabendo que, cedo ou tarde, aquela amizade que surgira entre eles teria que acabar.

       Os dois estavam cada vez mais próximos e, se antes Harry visitava Tom duas vezes na semana, agora ele aparecia na Mansão Sonserina, pelo menos, cinco vezes por semana. Às vezes, mais de uma vez no mesmo dia. Tom não estava reclamando da situação, muito pelo contrário. Ele passara a avisar Harry quando ele não poderia ir até a Mansão por causa dos comensais, ao invés de quando ele poderia ir. Sirius e Remus perceberam que seu afilhado estava saindo muito mais do que antes, mas, como o garoto nunca voltara da rua com um arranhão sequer, eles não reclamaram.

       Tom e Harry decidiram que era melhor não divulgar ao mundo que Harry Potter, o menino-que-sobreviveu, tinha mudado de lado. Aquela seria uma informação impactante, com potencial de mudar todo o curso da guerra, e eles teriam de usá-la no momento certo. Além disso, seria muito útil ter alguém tão central nessa guerra como espião na Ordem da Fênix. Snape era muito competente, é claro, mas ele estava bancando o duplo espião. Já Harry, era a pessoa menos suspeita possível, uma vez que todos acreditavam que Tom havia matado os pais do menino e ninguém, a não ser Dumbledore, sabia que eles era companheiros. Pensando em todas as possíveis consequências, eles tinham concordado em não contar a ninguém – nem aos amigos e parentes de Harry e nem aos Comensais da Morte de Tom – sobre a nova aliança entre os dois e sua verdadeira conexão. Não, se Harry abrisse o jogo com sua família, haveria uma chance muito grande de que eles acreditassem que o garoto estava sendo controlado pelo Lorde das Trevas, o que poderia representar um potencial perigo para a causa deles e, principalmente, para o próprio Harry.

        E, sinceramente, Tom não estava nem um pouco disposto a deixar o menino correr mais riscos do que o estritamente necessário – e ele possuía uma definição muito restrita desta palavra. Assim sendo, eles tinham decidido que derrubar Dumbledore exigiria uma certa sutileza. Aos poucos, eles pretendiam fazer com que as pessoas começassem a notar que havia algo de estranho com o homem, exatamente como acontecera com Harry. Este, com o auxílio de Tom, tentaria abrir os olhos das pessoas a sua volta. De todo jeito, aquilo já exigiria muito cuidado e planejamento, para que o próprio Dumbledore não suspeitasse de nada, mas, com Harry ao seu lado, Tom tinha percebido que se sentia muito mais forte e capaz para enfrentar os desafios que um conflito físico ou político com o diretor de Hogwarts, inevitavelmente, traria. Harry acreditava na causa deles tanto quanto o próprio Tom, e era bom ter alguém com quem dividir o fardo e as preocupações. Tom se sentia feliz, fato que era muito raro para si.

        O único problema causado pela nova aproximação deles era que ela parecia ter liberado o caminho para todo o desejo que Tom vinha tentando reprimir. Quando Harry falava língua das cobras, Tom sentia seu corpo todo estremecer e ele não queria nada mais do que jogar o garoto em sua mesa e fazer as coisas mais inapropriadas possíveis. Outras vezes, o Lorde das Trevas se pegava imaginando como seria ter o garoto de joelhos para si, com seu pau naquela boca pecaminosa e os olhos verdes brilhantes olhando diretamente nos seus vermelhos...

       Merda.

      Só esse pensamento já fazia com que Tom sentisse sua calça apertar. Harry ia, com toda certeza, acabar com ele. E Tom, provavelmente, gostaria disso. Merda.

      Seus devaneios nada castos foram interrompidos pelo repentino arrepio em sua pele, seguido por uma sensação de calor reconfortante, que o Lorde passara a associar a Harry. O garoto tinha chegado à Mansão Sonserina, e Tom tinha uma semi ereção nas calças. Ótimo, aquilo era exatamente o que ele precisava.

My Precious Mate - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora