Especial Pansy x Neville

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Olá, amores! Bem vindos ao primeiro especial da fic! A ideia desses especiais é mostrar para vocês um pouco do que eu imagino que seja a relação de cada casal. Ao longo da fic, teremos outros especiais, mas decidi começar por esse casal, porque acho que ele é o mais diferentão daqui.

Espero que gostem! Boa leitura!

***

      Pansy Parkinson e Neville Longbottom foram, com certeza, o casal mais inesperado de toda Hogwarts. O choque de se descobrirem companheiros foi imenso para ambos, pois eles acreditavam não ter nada a ver um com o outro. Na verdade, a surpresa foi tamanha, que muitos acreditaram que aquele seria um dos raros casos de rejeição entre companheiros. Assim, deu-se início a uma onda de apostas entre os alunos de Hogwarts: metade acreditava que seria Pansy que rejeitaria Neville; a outra metade acreditava que Neville não suportaria o jeito de "menina má" de Parkinson e, portanto, seria ele que a rejeitaria. Essas apostas rolaram por várias semanas, até uma determinada aula de poções, que determinou que ambos os lados sairiam perdedores.

      Os alunos do quinto ano da Grifinória e da Sonserina estavam reunidos nas masmorras durante a tal aula de poções. Como sempre, o professor Snape se aproveitava de cada momento possível para atrapalhar e humilhar os grifinórios – os alunos que ele mais desprezava. Um aluno em particular era seu alvo preferido.

- Longbottom, será que você nunca será capaz de fazer uma poção minimamente decente? – dizia Snape, com a voz fria. Neville corou envergonhado, pois, mesmo que Hermione sempre tentasse ajudá-lo durante as aulas de poção, ele se sentia realmente incapaz de fazer uma boa poção de maneira correta. – Você é um perigo para todos os outros alunos. É um milagre que não tenham lhe dado permissão especial para não frequentar mais minhas aulas...

- Cala a boca! – para o choque de todos, foi Pansy quem gritou. O rosto dela estava tão vermelho quanto o de Neville, mas por raiva, e não por vergonha. A garota parecia prestes a amaldiçoar o professor de poções.

      Toda a sala foi tomada por um silêncio absoluto, todos – inclusive Snape - espantados demais pela explosão de Parkinson. Neville olhava para ela com fascinação, como se ela fosse a coisa mais maravilhosa que ele já tinha visto na vida. Finalmente, Snape pareceu se recuperar do choque:

- Detenção por um mês pelo desrespeito, senhorita Prakinson. Todos os dias, depois do jantar. – o professor disse, mas se afastou de Neville.

      O garoto lançou um sorriso abobado na direção de sua companheira, que retribuiu com um tímido. A partir daquele dia, uma coisa ficou muito clara para toda Hogwarts: não se mexe com o companheiro de uma sonserina, muito menos, se a sonserina em questão for Pansy Parkinson.

      Algumas semanas depois do ocorrido, Hermione foi a primeira a notar, com alguma surpresa, que Parkinson já não parecia muito interessada em implicar com ela, Ron e Harry. Na verdade, ela não parecia perturbar mais nenhum dos amigos de Neville. Além disso, – foi a vez de Gina comentar - quando achava que ninguém estava prestando atenção, Pansy parecia estar sempre lançando sorrisos melosos a Neville. Já este, por sua vez, parecia ficar mais confiante a cada dia, a ponto de se defender sozinho de alguns sonserinos, que haviam sido burros o suficiente para pegar em seu pé, por causa de uma transfiguração desastrosa.

      Aparentemente, Pansy e Neville eram uma ótima influência um para o outro. Os tais sonserinos, que ousaram implicar com Neville, foram parar na ala hospitalar no final daquele dia, com enormes bolhas nojentas cobrindo seus rostos. No jantar, Neville decidiu comentar o fato com sua companheira, que simplesmente deu de ombros, com um olhar de inocência.

- Alguns alunos têm mesmo muita dificuldade com feitiços. – ela falou de forma casual demais para ser, de fato, inocente. A questão era que, apesar de estar orgulhosa pelo fato de seu companheiro estar se defendendo de outros alunos, Pansy acreditava que seus métodos de defesa – os verbais – eram tranquilos demais e não passavam corretamente o recado.

- Sei. – Neville a olhou com desconfiança, sem acreditar, nem por um minuto, que a garota não tivesse nada a ver com o ocorrido. Então, ele suspirou. – Tenho que ir, combinei com Hermione de ter umas aulas extras de poções. Com certeza, não vão fazer mal a ninguém.

- Você não precisa da ajuda de Granger. – Pansy bufou. – Minhas notas em poções são perfeitamente boas, eu sou mais do que capaz de ensiná-lo.

      Neville sorriu e concordou, reconhecendo que sua companheira não permitiria que ninguém mais fosse ser sua professora particular.


                                                                    ***


      Quando os pais de Pansy descobriram sobre o relacionamento de sua filha com Longbottom, eles ficaram...chocados. Provavelmente, furiosos seria uma palavra melhor. Um pouco dos dois, talvez. Afinal, os Longbottom eram membros conhecidos da Ordem da Fênix, enquanto os Parkinson eram apoiadores do Lorde das Trevas. A primeira reação do Sr. e da Sra. Parkinson foi proibir que sua filha visse Neville. Eles chegaram, até mesmo, a ameaçar tirar Pansy da escola, mesmo que no fundo soubessem que era impossível afastar a garota de seu companheiro. Ainda assim, eles pareciam muito dispostos a tentar, o que resultou em uma Pansy e um Neville exaustos e cheios de dor no corpo. Isso é, até que Dona Augusta – a avó de Neville – decidiu interferir.

      Ela arrastou Neville até a casa dos Parkinson, e, quando o casal se recusou a deixá-los entrar, ela simplesmente explodiu a porta da frente, como se não fosse nada. Pansy, que estava em seu quarto, alheia aos acontecimentos, desceu correndo para a entrada.

- Olhem aqui, vocês dois. – disse Dona Augusta aos Parkinson, em uma voz ameaçadora. A varinha dela estava apontada para ambos. – Não vou permitir que interfiram na conexão de meu neto com a companheira dele. Se vocês tentarem manter esses dois afastados, eu voltarei aqui e transformarei os dois em formigas insignificantes e, depois, os esmagarei, entenderam?!

- A senhora não pode... – o pai de Pansy tentou objetar, mas Dona Augusta o interrompeu:

- Não posso?! NÃO POSSO?! – a senhora gritava furiosamente. Então, ela apontou a varinha para um vaso de flores que decorava a entrada da casa, e transfigurou-o em um cachorro grande e raivoso. Neville sequer sabia que sua avó era tão boa assim em transfiguração. Pansy continuava observando tudo, sem saber se queria gritar de medo ou rir loucamente da cara apavorada de seus pais.

- Escutem aqui, eu posso fazer o que eu bem entender e não vou permitir que continuem machucando meu neto. Olhem só para a cara dele, parece que correu cem quilômetros sem parar!

- Vovó! –Neville protestou, e Pansy o olhou como se ele tivesse enlouquecido.

- Calado! – a velhinha rosnou de volta. – Vocês dois entenderam o que eu disse?! – ela se voltou aos pais de Pansy. Como se para reforçar a pergunta, o cachorro rosnou furioso na direção do casal.

- Sim! – eles gritaram ao mesmo tempo. Dona Augusta pareceu muito satisfeita, e transformou o cachorro de volta em um vaso de flores. Então, ela virou para Pansy e sorriu carinhosamente, como se não tivesse acabado de ameaçar os pais da garota.

- Bem-vinda à família, querida. – E, dessa vez, Pansy não pôde evitar o riso que borbulhou em seu peito. Ah, ela ia gostar de fazer parte da família Longbottom.

      Ela e Neville trocaram sorrisos cúmplices. Eles ficariam perfeitamente bem.


***

Muito obrigada a todos que leram e me desculpem pelos erros!

Espero que tenham gostado!!

Beijosssss.

My Precious Mate - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora