80°

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Começo a comer a minha comida numa boa mesmo, as dores vinham de vez em quando e aos poucos fui percebendo ela pior enquanto conversava com as meninas, respiro fundo e aliso a minha barriga.

Relíquia: tá bem amor?- pergunta e eu confirmo com a cabeça
Eu: me dá o braço- falo e ele me dá o braço livre- o outro mula- falo e ele da risada me dando o braço do relógio, espero a dor vim novamente e olho a hora, solto o braço dele e volto a minha conversa numa boa, depois de uns minutos a dor volta e eu agarro o relógio do Relíquia de novo- me ajuda aqui- falo me levantando e o Relíquia me dá a mão
Relíquia: o que foi?- pergunta confuso abaixo o meu vestido
Eu: quero dançar pô- falo e ele me há confuso, tu acha que eu vou falar que tô parindo para alarmar todo mundo? Nem fodendo- coloca um funk se para gente- falo e colocam.

Eu começo a dançar com o Relíquia atrás de mim para não mostrar nada que eu não deva e me segurar caso eu caia.

"Ah mas tu tá parindo e vai dançar funk?"

Tem movimentos que ajudam na dilatação, quando as contrações estiverem com um intervalo de menos de cinco minutos eu vou pro hospital e lá eu faço tudo que é necessário para ter o bebê.

Eu: droga- falo segurando o braço do Relíquia com força pois a contração veio com mais força- vai fazendo a contagem aí Isa por favor- mando e ela me olha confusa assim como o resto do povo, continuo dançando e o povo ainda me encarando estranho, a dor veio novamente depois de alguns minutos e eu seguro o braço do Relíquia- quanto tempo?- pergunto para a Isa
Isa: quinze minutos- fala e eu confirmo com a cabeça
Relíquia: tá na hora?- pergunta e eu confirmo com a cabeça
Eu: acho que os gêmeos estão afim de conhecer o mundo hoje- falo e o povo começa a gritar enquanto o Relíquia me leva para a escada e me ajuda a subir e descer os degraus e a Isa veio atrás para marcar o tempo das contrações.

Quando estavam de dez em dez minuto o Relíquia me ajudou a fazer agachamento e foi assim até às contrações ficarem de cinco em cinco minutos e a gente correr pro hospital, quando chegamos o meu pai  que estava no carro da frente com a minha mãe, minha sogra, meu irmão e a minha cunhada, saio do carro e pegou uma cadeira de rodas trazendo para frente da minha porta, o Relíquia desce do carro e da a volta abrindo a porta do carro me pegando no colo e me coloca sentada na cadeira, o meu pai sai empurrando a cadeira para dentro da maternidade e me deixa na sala de espera junto com as meninas, fiz duas bolsas para cada bebê e duas para mim, então uma bolsa ficou com cada padrinho, as bolsas da Luana ficaram uma com o Cobra e outra com a Cat, as bolsas do Bryan ficaram uma com o meu irmão e a outra com a Isa, as minhas ficaram uma com a minha mãe e outra com a minha sogra, já a bolsa com documentos e essas coisas que eu uso para sair tá com o Relíquia que tá fazendo a minha ficha.
Fico na sala de espera sofrendo que nem condenada com as contrações, depois de um bom tempo me levaram para o quarto e começaram a me preparar para o parto, me medicaram o Relíquia pegou todas as bolsas e trouxe junto pro quarto, me levaram para uma banheira e o Relíquia ficou se preparando para o parto, da banheira já me levaram para a sala de parto, aí sim foi uma tortura, o Gabriel seguro firme a minha mão e eu realmente gritei de dor tentando colocar um dos gêmeos para fora, o médico mandando eu ir fazendo força e eu dando o meu máximo, o Relíquia do meu lado sempre com um sorrisão no rosto, lágrimas no rosto e um olhar de preocupação, uma mão ele está usando para segurar a minha mão da outra ele alisava o meu rosto, sinto uma coisa saindo de dentro de mim e respirei fundo.

Médico: faz força mamãe, o corpinho do bebê já saiu, a cabeça ainda está aí dentro
Eu: eu não consigo mais amor- falo olhando pro Relíquia desesperada
Médico: vai mãe, o bebê pode morrer asfixiado- fala e o Relíquia segura a minha mão com mais força
Relíquia: olha para mim Lorena, você consegue, lembra que eu te amo, lembra que são os nossos filhos saindo de tu- fala e eu respiro fundo
Médico: agora mãe, vai faz força- manda eu faço o Máximo de força que eu consigo e grito de dor quando sinto o bebê saindo por completo- a bolsa desse não estourou- fala e depois de poucos segundos escutamos um chorinho bem fininho pela sala- o papai quer cortar o cordão umbilical?- pergunta e o Relíquia vai até o médico o e logo depois volta chorando horrores mas ainda com o sorriso no rosto
Eu: foi a Luana?- pergunto e ele nega com a cabeça sorrindo- é o Bryan?- pergunto sorrindo e ele confirma com a cabeça sorrindo e seca o rosto com o braço
Médico: vai mamãe, faz força que ainda falta a princesa- fala e eu faço o máximo de força que eu consigo apertando a mão do Relíquia, paro um pouco, respiro fundo e sinto uma coisa saindo de mim aos pouquinhos- vai mamãe, só mais um pouquinho- fala e eu respiro fundo.

Seguro firme a mão do Gabriel e faço mais força sentindo a Luana saindo de dentro de mim completamente, demora um pouco mas logo ouço o seu chorinho e o médico chama o Gabriel de novo para cortar o cordão umbilical, o Relíquia voltando chorando e horrores e um sorriso enorme no rosto, o maior sorriso e mais sincero que já vi nele, ele se abaixa e me dá um beijo.

Relíquia: eu te amo minha princesa, eu te amo- fala e a enfermeira coloca os meus filhos no meu peito, os dois já começam a me cheirar e se aninhar no meu peito, e foi alí, vendo os dois anjinhos que Deus me mandou para cuidar, vendo meu filhos no meu peito, aninhados no meu colo que eu conheci o verdadeiro amor e chorei como nunca chorei antes.

Mamãe promete cuidar e proteger vocês até o último dia da minha vida meus anjinhos 😍🤱😭

Valor a FielOnde histórias criam vida. Descubra agora