Valor a Fiel

47°

🥀Lorena Ribeiro🥀

Relíquia é aquela coisa, quando comete um erro volta todo arrependido, dizendo que mudou, pedindo desculpas, mas no final tudo não passa de K.O, as vezes ele até muda, mas não dura mais que três semanas, é incrível como ele realmente acha que pode ficar me mandando mensagens, me ligando, vindo aqui na loja cantando uma música qualquer comigo... Eu também mereço ser feliz, foda-se se eu ainda o amo, eu não quero mais sofrer por ninguém, eu não mereço mais sofrer, eu mereço ser feliz como qualquer outra pessoa, e eu tenho certeza que essa minha felicidade não está ao lado do Relíquia, isso eu tenho certeza.

Eu: short, esmalte, saia, mini blusa, brinco, bota de camurça, e o batom? Tá combinando! Uma deusa, louca, feiticeira, alma de guerreira, sabe que sabe e já chega sambando, calça o tênizin, se tiver afim, toda toda Swag, do hip hop ao reggae, não faço pra buscar aprovação alheia, se fosse pra te agradar a coisa tava feia, então mais atenção, com a sua opinião, quem entendeu levanta a mão, respeita as mina, toda essa produção não se limita a você, já passou da hora de aprender, que o corpo é nosso, nossas regras, nosso direito de ser, respeita as mina, toda essa produção não se limita a você, já passou da hora de aprender, que o corpo é nosso, nossas regras, nosso direito de ser, sim respeito é bom, bom, flores também são, mas não quando são dadas só no dia oito do três, comemoração não é bem a questão, dá uma segurada e aprende outra vez, saio e gasto um dim, sou feliz assim, me viro, ganho menos e não perco um rolezin, cê fica em choque por saber que eu não sou submissa, e quando eu tenho voz cê grita: "ah lá a feminista!", Não aguenta pressão, arruma confusão, para que tá feio, irmão! Respeita as mina, toda essa produção não se limita a você, já passou da hora de aprender, que o corpo é nosso, nossas regras, nosso direito de ser, respeita as mina, toda essa produção não se limita a você, já passou da hora de aprender, que o corpo é nosso nossas regras, nosso direito de ser, não leva na maldade não, não lutamos por inversão, igualdade é o "X" da questão, então aumenta o som! Em nome das Marias, Quitérias, da Penha Silva, empoderadas, revolucionárias, ativistas, deixem nossas meninas serem super heroínas, pra que nasça uma Joana d'Arc por dia! Como diria Frida: "eu não me Kahlo!", Junto com o bonde saio pra luta e não me abalo, o grito antes preso na garganta já não me consome: é pra acabar com o machismo, e não pra aniquilar os homens, quero andar sozinha, porque a escolha é minha, sem ser desrespeitada e assediada a cada esquina, que possa soar bem, correr como uma menina, jogar como uma menina, dirigir como menina, ter a força de uma menina, se não for por mim, mude por sua mãe ou filha! Respeita as mina, toda essa produção não se limita a você, já passou da hora de aprender, que o corpo é nosso, nossas regras, nosso direito de ser
Respeita as mina, toda essa produção não se limita a você, já passou da hora de aprender, que o corpo é nosso, nossas regras, nosso direito de ser.- canto junto com o som da loja
Relíquia: eae- fala entrando na loja e eu olho para ele atenta
Eu: no que posso ajudar?- pergunto saindo de trás do balcão
Relíquia: preciso de um presente para um pessoa muito especial- fala me encarando e eu confirmo com a cabeça
Eu: qual a ocasião?- pergunto olhando algumas roupas para ele
Relíquia: um jantar muito importante- fala e eu tiro um vestido vermelho lindo
Eu: que tal esse?- pergunto e ele confirma com a cabeça sorrindo- então será esse- falo e levo pro caixa, faço tudo bonitinho e ele paga, lhe entrego a sacola e ele sai andando.

[...]

Chego em casa exausta de cansada, subo pro meu quarto e me jogo na cama apagando na mesma hora.

[...]

Relíquia: você tem que deixar ele ir- fala e eu nego com a cabeça
Eu: eu posso- falo chorando
Relíquia: você tem que deixa ele ir querida, o lugar dele não é mais ao nosso lado- fala e eu nego com a cabeça chorando horrores
Eu: eu não posso perder o meu filho, Gabriel, eu não posso perder o Bryan assim- falo e ele me abraça molhando meu ombro com as suas lágrimas
Relíquia: eu também não quero perder o nosso filho amor, mas Deus quis assim, ele sabe q hora de dar e a hora de tirar querida- fala e eu nego com a cabeça
Eu: meu filho não Gabriel, meu filho não, por favor- imploro e ele me abraça mais forte.

[...]

Levanto assustada, chorando e suando frio, olho para os lados procurando algum sinal do Relíquia e não acho, me levanto da minha cama e saio do quarto, desço as escadas e vejo um embrulho de presente que não tinha notado antes, pego o mesmo e abro vendo o vestido que o Relíquia comprou mais cedo, pego o bilhete que veio junto e e leio.

"Toda dama tem o seu vagabundo e todo vagabundo tem a sua dama, me deixa te mostrar que eu mudei preta.

Ass: teu Gabriel"

Quando eu dou por mim já tem um sorriso enorme nós meu lábios, deixo as coisas de lado e vou até a cozinha para beber um copo de água, aí meu pai, que sonho foi esse? Sonho não, pesadelo... Sei lá, foi estranho, eu senti tudo, o abraço, as lágrimas, a dor no meu peito, cada sentimento, é como se fosse um sonho real sabe?! Deus me livre, proteja e me guarde, amém. Alguém bate na porta e eu vou abrir vendo o Menor com uma cara nada boa.

Eu: que cara é essa Pedro?- pergunto preocupada
Menor: a notícia que eu tenho par até dar não é das melhores não Lore- fala e eu olho para ele preocupado
Eu: o que foi que aconteceu?- pergunto já me desesperando
Menor:...