Valor a Fiel

94°

Depois do descarrego eu e o Relíquia fomos embora mas acabamos parando numa barraquinha de lanche para jantar, ele me olha sorrindo enquanto eu devoro o meu x- Tudo triplo com nachos.

Relíquia: eu te amo sabia?- pergunta e eu confirmo com a cabeça
Eu: também tá amo- falo sorrindo
Relíquia: amanhã a gente faz oito anos juntos né?!- pergunta e eu confirmo com a cabeça, ele tira uma caixinha de veludo preta do bolso e coloca em cima da cama, o olho confusa, deixo meu lanche no prato, limpo a minha mão no guardanapo e pego a caixinha abrindo a mesma, dentro tem um anel lindo de brilhante, a coisa mais perfeita da minha vida
Eu: que lindo amor, eu adorei, obrigada- falo lhe dando um beijo
Relíquia: não- fala e pega a caixinha da mão e se ajoelha na minha frente
Relíquia: Lorena eu sei que não sou nenhum príncipe encantado, não sou tudo aquilo que um dia tu sonho para a tua vida, mas eu sou o homem que está a disposto a te dar o mundo, só para ver um sorriso teu, Lorena você me mostrou o real sentido da vida, me mostrou o que é ser feliz de verdade, você Lorena, me ensinou o que é o verdadeiro amor e me ensinou a ser quem eu sou, você me ensinou a ser o homem que eu sou hoje, você me deu os meus dois maiores presentes, você me acolheu mesmo quando eu te machuquei e porra, você viu todos os meus defeitos e ainda está aqui comigo ao meu lado, é por isso Lorena que eu tô aqui de joelhos na sua frente hoje, para fazer a pergunta que com certeza vai marcar as nossas vidas, eai Lorena, que tal eu sair do posto de namorado e ir pro posto de marido, Lorena Ribeiro, você quer casar comigo?- fala e eu fico em choque tentando assimilar tudo e guarda cada mínimo detalhe para futuramente contar aos nossos netos, bisnetos e o que mais Deus nos permitir- que caralho, toda vez a mesma coisa, demora cinco anos para me responder aí no final sou eu que fico com câimbra nas pernas- fala e eu dou risada- quem cala consente- fala sorrindo e coloca o anel no meu dedo e eu apenas me levanto e o abraço
Eu: tu ainda lembra disso?- pergunto rindo entre lágrimas
Relíquia: como eu vou esquecer o dia que eu pude oficialmente chamar a mulher mais perfeita desse mundo de minha?- pergunta e eu o olho sorrindo, seguro no seu rosto e o beijo com carinho.

Aí meu caralho, eu vou realmente me casar, puta que me pariu, eu, Lorena Ribeiro com plenos vinte e nove anos de idade, vou me casar com o homem da minha vida, e nem vem me falar que já somos casados, morar junto não é casamento, somos amazeados, é totalmente diferente uma coisa da outra, pode olhar no dicionário que tu vai ver.

Relíquia: te amo- fala e me beija todo fofo
Eu: te amo- falo e sorrio lhe puxando para um beijo de verdade.

[...]

Entro no quarto da Luana com o Relíquia e reviramos tudo do avesso para achar essa caixinha em baixo do criado mudo dela, pego o meu celular ligando para a minha de vídeo e ela já me atende sorridente.

Hellen: oi filha- fala animada
Eu: oi mãe, a sua benção?- peço e ela sorri
Hellen: Deus te abençoe meu amor- fala sorrindo e o Gabriel brota do meu lado serinho
Relíquia: a Luana tá aí sogra?- pergunto e ela confirma com a cabeça
Hellen: que caras são essas? Ela fez alguma coisa de errado?- pergunta e eu nego com a cabeça
Eu: chama ela aí que o assunto é sério- falo e ela chama a Luana
Lua: oi mamãe, oi papai benção?- fala assim que pega o celular da vó
Eu/Relíquia: Deus te abençoe- falamos em coro fazendo ela rir
Eu: Luana minha filha, quem te deu essa caixinha aqui?- pergunto erguendo a caixinha
Lua: a tia Suzana, por que mamãe?- pergunta toda curiosa
Gabriel: por que vamos ter que devolver filha- fala calmo e ela faz carinha triste
Lua: mas por que? Eu gosto dessa caixinha- fala e eu sorrio compreensiva
Eu: vamos fazer o seguinte, quando você voltar a mamãe faz uma caixinha de palito de picolé com você, pode ser?- pergunto e ela confirma com a cabeça animada.

[...]

Enfim... Passamos a tarde toda conversando com as crianças e de noite fomos levar essa maldita caixinha na dona Suzana, ela é mais do CR que tem 19 anos, dois maleditos, isso sim! Assim que a velha abre a porta eu entrego a caixinha para ela.

Eu: acho que a senhora esqueceu a sua macumba com a minha filha- falo séria e ela arregala os olhos
Dona Suzana: o que você está insinuando de mim sua putinha de traficante
Eu: não estou insinuando nada não, tô afirmando mesmo, olha aqui o sua velha do caralho, meche comigo mas deixa os meus filhos fora disso- falo puta- eu gosto de pagar moeda com moeda, tu mexeu com os meus filhos e agora o teu tá no forno, quis me matar mas quem vai morrer nessa porra é a senhora- falo e tiro a arma da minha cintura, destravo a mesma e miro na sua cabeça- avisa pro diabo ir preparando o meu trono para mim lá baixo- falo e atiro três vezes, a velha cai morta no chão e os vapores que vieram já vão tirando o corpo dela.

Subo o morro plenissima para a boca, travo a arma e a coloco na cintura antes de passar por um grupo de crianças, vou entrando para a do meu noivo que está todo largado na cadeira dele, com um sorriso vitorioso, um balde no canto da sala e uma caixa dos salgados que eu mais amo.

Relíquia: senta aqui- fala batendo no seu colo- mais um vitória, acho que merecemos comemorar, não concorda?- fala e me beija
Eu: animação- falo e ele sorri entrelaçando os nossos dedos
Relíquia: claro pô, tamo vivo, tamo junto e tamo rico bebê- fala e sorrio todo animado me beijando
Eu: eu não sei, por que insistem em tentar, mas eu sei, que nunca vão nos alcançar, te encontrei, seu abraço virou meu lar, eu dancei e cê pediu pra eu não parar, eu não sei, por que insistem em tentar, mas eu sei, que nunca vão nos alcançar, te encontrei, seu abraço virou meu lar, eu não me preocupo mais em ter um lugar pra voltar- canto baixinho no ouvido dele e ele sorri beijando a minha bochecha