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Menor: já tá aqui porra? Cadê o Relíquia?- pergunta chegando com o carinha dele e joga ele de joelhos do lado do meu
Eu: foi levar a menina pro hospital- falo e ele confirma com a cabeça

Ficamos conversando rapidinho e logo o Relíquia, e o Cobra chegam já que o Grego tava com o Menor e o Cobra veio com o GG, o Relíquia olha prós três carinhas de joelhos no chão e da uma risadinha escrota.

Relíquia: já sabe o que fazer- fala me olhando

Eu tiro a minha arma da cintura destravo e miro na cabeça do carinha lá, os moleques me olham atentos e eu atiro três vezes fazendo o carinha cair de cara na terra.

Relíquia: Grego já sabe o que fazer- fala e o Grego atira duas vezes fazendo o cara cair no chão também morto- Cobra e GG dêem uma surra nesse cara aí- fala e anda até o moleque se agachando na frente dele e pagando o cabelo do moleque com força- próxima vez que eu te pegar roubando na minha favela eu te mato- fala e solta a cabeça do moleque e levanta me encarando- quero você na boca da três vendendo- fala e eu confirmo com a cabeça.

Saio andando para a boca da treze toda plena com os moradores me encarando, cumprimento alguns e entro na boca da treze, os moleques me olham confusos e eu já vou entrando mesmo, vou pro quartinho de drogas e pego uma sacola plástica colocando algumas drogas, saio e me sento numa cadeira livre, deixo a sacola no meu colo e alguns moleques já vem pra comprar comigo, vendo quase todas as drogas que eu peguei até o horário do almoço, os moleques passam na treze para me buscar e eu deixo as drogas e o dinheiro com um menor lá, saio com o pessoal pro restaurante da dona Marta, entramos vendo o Relíquia com os outros moleques da boca, em uma mesa, os moleques me empurram até a mesa e se sentam com eles cumprimento, como faltou uma cadeira eu vou pro balcão e me sento toda plena, pego o meu celular do bolso e fico respondendo algumas mensagens bem aleatórias mesmo.

Menor: você vem comigo- fala atrás de mim e me pega no colo, oxe estranho
Eu: que merda tu tá fazendo?- pergunto confusa e ele me coloca sentada numa cadeira entre o Cobra e o Relíquia
Relíquia: o mãe, trás mais um do dia aí pra gente- fala e a dona Marta vai buscar
Cobra: tentando fugir da gente?- pergunta zoando com a minha cara
Eu: não tinha lugar pra mim, oxe- falo e os moleques dão risada da minha cara
Relíquia: consegue pegar uma cadeira pra tu não?- pergunta e eu dou de ombros.

Logo a dona Marta trouxe os PF's de geral e comemos conversando e rindo para um caralho, quando terminamos rachamos a conta e voltamos cada um pro seu posto, entro na treze e os moleques me encaram serinhos, ignoro e volto a me sentar vendendo na minha, bem de boa mesmo, a Victória entra toda toda se achando e quando me vê vendendo ficou mais branca que papel, os moleques dão risada da cara dela e ela vem comprar comigo se cagando de medo, ela pega maconha e ceda, ela paga e eu apenas a olho atenta, ela pigarreia e me encara assutada.

Victória: o Relíquia tá aí?- pergunta e eu nego com a cabeça
Eu: tá não, agora vaza- falo e ela sai quase correndo coitada
GG: a fiel botou a guria pra correr- fala entrando na boca e eu olho para ele com cara de tédio
Eu: deixei de ser a fiel a muitos anos- falo e ele da risada
GG: então tenho chance?- pergunta chegando perto de mim e eu ergo uma sobrancelha o encarando
Eu: nunca teve e não é agora que vai ter- falo e ele faz careta fazendo os moleques darem risada.

Meu irmão e os moleques entram na boca rindo e o GG já saí vazado, ele tá ligado que se o Menor sonhar que ele tá dando idéia em mim ele tá lascado! Oh dó viu?!
Para um carro tocando um pesadão na frente da boca e o Relíquia entra na boca caçando alguém com os olhos, assim que ele me vê ele vem andando até mim e para na minha frente.

Relíquia: quero tu fazendo a segurança da boca, os gambés tão querendo subir- fala serinho e eu confirmo com a cabeça- GG assume o lugar dela aqui- manda e ele vem se sentando no meu lugar e eu levanto indo para a entrada da boca, o Relíquia me entrega uma fuzil e eu fico tô plena lá enquanto ele sai com o carro e os moleques.
Eu: Pode até falar que nada aconteceu, mas o seu olhar não me engana, te conheço bem melhor que qualquer um, demorou pra levantar da cama, se arrumou depressa e nem me beijou, disse um eu te amo que já decorou, me deixou perdido, não me olhou nos olhos ao tomar café, me encarou por menos de um segundo, um beijo gelado pra se despedir, um silêncio que dizia tudo, entrou no seu carro e ligou o som, se do Djavan foi saindo do tom ao te ver partir, eu sei que deve estar com ela agora, só de imaginar, meu peito chora, eu não vou te ligar, nem procurar saber, fique à vontade pra me esquecer, eu vou te confessar, perdi meu chão agora, difícil acreditar que você foi embora, eu fui ligando os fatos até perceber, vou tentar continuar a vida, sem você, e eu sei que deve estar com ele agora, só de imaginar, meu peito chora, eu não vou te ligar nem procurar saber, fique à vontade pra me esquecer, vou te confessar, perdi meu chão agora, difícil acreditar que você foi embora, eu fui ligando os fatos até perceber, vou tentar continuar a vida sem você, pode até falar, pode até falar que nada aconteceu, mas o seu olhar não me engana, te conheço bem melhor que qualquer um, demorou pra levantar da cama, se arrumou depressa e nem me beijou, disse um eu te amo que já decorou, me deixou perdido, não me olhou nos olhos ao tomar café, me encarou por menos de um segundo, um beijo gelado pra se despedir, um silêncio que dizia tudo, entra no teu carro e liga o som, e o Se do Djavan foi saindo do tom, ao te ver partir, e eu sei, e eu não vou te ligar nem procurar saber, fique à vontade pra me esquecer, vou te confessar, perdi meu chão agora, difícil acreditar que você foi embora, fui ligando os fatos até perceber, vou tentar continuar a vida sem você- canto baixinho junto com o som da vizinha aqui.

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