Capítulo 30

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POV/ Louise

- Tem certeza que ela foi ao banheiro? Ela pode ter ido embora com o Benjamim.- pergunto, torcendo pra que alguém concorde comigo.

- Tenho certeza, ela disse que iria ao banheiro e eu vi ela entrando.- Lucas afirma.

- Mas ela não demorou, não levou nem um minuto lá dentro na verdade.- Henry diz.

- Ué, pra onde ela foi então?- Alice pergunta.

- Eu vi ela indo em direção ao bar.- Henry diz e dá de ombro.

Todos entram em outra conversa sobre dirença entre homens e mulheres mas eu não consigo prestar atenção. Meu olhar fixa na direção do bar tentando encontrar um par de olhos diferentes mas nada, não consigo encontra-la apenas a procurando daqui.

- Eu já volto.- digo já levantando sem esperar uma resposta e me direciono até o bar me esquivando da muitas pessoas que dançavam loucamente.

Chego no bar mas ela não está aqui, me sento em um banco vazio e passo mais uma vez os olhos pela boate. Ao longe avisto uma garota dançando, não vejo seu rosto mas ela suspende a blusa de uma forma sexy e ri aparentemente muito bêbada, um cara chega perto dela, segura sua cintura por trás e cola seu corpo no dela. A garota se vira pra ver quem era fazendo assim um contraste de luz iluminar seu rosto me dando a visão de quem se trata. Maria Eduarda.

Puta que pariu! Me levanto do banco com toda raiva que há em mim e me desvio o mais rápido possível das pessoas para chegar até ela. Vejo o cara sorrir e se mexer conforme a música, ela tenta se afastar mas ele a segura mais forte fazendo seu pau nojento roçar nela. Filho da puta! Uma repulsa de nojo e ódio faz meu punho se fechar com força e quando finalmente chego até eles não evito de o empurrar pra longe dela e socar a cara dele.

Ele cambaleia para trás caindo em cima de alguma pessoas que o empurra irritadas e ao perceber o que fiz ele vem pra cima de mim e acerta um soco em minha boca o que me faz cair no chão. Sinto o gosto metálico do sangue em minha boca e passo a mão no local vendo o sangue em meus dedos. Isso não é o bastante pra me parar, meus olhos queimam de raiva e eu me levanto pronta pra ir mais uma vez pra cima dele, mas um par de olhos azul e verde acastanhado entra na minha frente me impedindo.

- Sai da minha frente!- esbravejo com tanta fúria que a vejo estremecer.

- Não!- ela diz firmemente mesmo que sua voz revele sua embriaguez.

Algumas pessoas seguram o cara que também quer vim pra cima de mim e estou torcendo pra ele vim, posso sair em uma ambulância mas ele sai em um caixão. Tento mais uma vez passar por ela mas a mesma me barra.

- O que está acontecendo aqui?- uma voz grossa é soada fazendo algumas pessoas se afastarem.

Vejo que dois seguranças chegaram no local e a voz é de um deles.

- Essa maluca que veio pra cima de mim e me deu um soco.- o cara diz me lançando um olhar mortal.

- Maluca é a tua mãe! Encosta esse seu brinquedinho nojento nela de novo pra você ver se eu não arranco ele com um alicate.- digo a ultima frase entredentes e vejo ele ficar pálido.

- Oh! Acabou a briga aqui! Você!- o segurança aponta pro cara.- Vê se fica longe da namorada dos outros e se comporta ou eu vou ser obrigado a lhe tirar daqui a força.- ele diz sério e cara levanta a mão em rendição e saindo.- E você, leva sua namorada pra tomar uma água, se quiser prestar uma queixa de assédio eu acompanho vocês até a delegacia.- ele diz agora direcionado a Eduarda.

- Não vai ser necessário, obrigada.- ela diz somente, nem sequer o corrige e nega ser minha namorada, apenas me olha preocupada, provavelmente por conta do corte no canto da minha boca.

Um Olhar DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora