Capítulo 36

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POV/ Maria Eduarda

- Nem pense em sair dessa casa sem terminar o que você começou!- me ponho em sua frente quando percebo qual é a sua inteção.

- Eu realmente gostaria muito, acredite.- ela desce os olhos pelo meu corpo, o que me faz estremecer.- Mas se eu não aparecer naquele jantar meu pai vai me matar.- diz pegando minha toalha e sua bolsa que estavam jogadas no chão. Ela me entrega a toalha e eu a puxo com força deixando claro meu descontentamento e irritação.

- Louise...- digo tentando manter a calma.- Eu estava a dois segundos de...- fecho os olhos e respiro fundo.- Não me diga que você vai me deixar nessa situação porque está atrasada!

- Sim.- diz cínica e abre a porta.

- Se você passar por essa porta, pode ficar ciente que você estará declarando guerra.- ela se vira estampando aquele sorriso cínico no rosto.

- Achei que estivessemos em trégua.- diz e passa pela porta me deixando estática e boquiaberta.

Você não devia ter feito isso Louise, não devia!

Enrrolo a toalha em meu corpo e vou até o corredor vendo ela apertar o botão do elevador.

- Por mim vai você e essa trégua se...

- Olha a boca suja, Eduarda.- ela me corta.- Desse jeito eu vou ter que lavar ela com água e sabão, ou talvez outra lição como essa, faça você se comportar melhor.- diz me levando ao limite.

Depois de me fazer implorar e em seguida me negar um orgasmo, me deixar frustrada e nessa situação, pode ter certeza que isso vai ter vingança, ah se vai!

- Isso não vai ficar assim, Louise. Eu vou me vingar e espero que você esteja preparada, porque eu não vou me esquecer do que você fez hoje e quando você menos esperar, eu vou fazer você provar toda a frustração que me fez sentir essa noite.- digo andando em sua direção e paro em sua frente ficando cara a cara com ela deixando transparecer a cada palavra, minha convicção e determinação em ter minha vingança.

- Talvez eu devesse pedir pra esquecermos tudo o que aconteceu aqui.- sinto meus músculos enrijecer, achando por um segundo que ela realmente vai me pedir isso. Afinal, essa é a única coisa que ela sabe fazer depois que algo acontece entre a gente.- Mas acho que não vai rolar, não é?

- Não mesmo.- balanço minha cabeça reafirmando minhas palavras.

- Foi o que eu pensei.- diz e me puxa pela cintura selando nossos lábios em um selinho demorado. Sinto minha intimidade pulsar e um suspiro me escapa quando me lembro o quão perto eu estive de tocar o céu.

Seria acreditável se eu dissesse que estou realmente odiando Louise nesse momento? Aarrggg!

Ela entra no elevador e continua com o sorriso idiota e lindo no rosto. Lhe lanço um último olhar mortal e as portas se fecham quebrando nosso contato visual. Choramingo lembrando da minha situação e giro meus calcanhares para voltar pro apartamento e bem nessa hora a porta da minha visinha, Dona Abigail, uma senhora de sessenta anos, se abre me revelando a expressão de desgosto dela ao me ver apenas de toalha no corredor, ou melhor, em frente a sua porta. Louise sempre ferrando com minha vida. Lhe dou um breve cumprimento e entro ligeiramente sentindo minhas bochechas queimarem.

Me encosto na porta e lembranças de minutos atrás me invadem. Um calor sobe pelo meu corpo ao mesmo tempo que minha irritação retorna. Eu juro que isso vai ter volta Louise, pode se preparar.

Por enquanto, acho melhor eu voltar pro meu banho, mas dessa vez, de preferência bem gelado.

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Um Olhar DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora