POV/ Maria Eduarda
Pego meu celular do bolso de trás da minha calça e ligo desesperadamente pra pessoa que eu espero ter a resposta que preciso.
- Alô. - o homem atende do outro lado da linha.
- Senhor Fabrício? Aqui é Eduarda. Eu preciso muito falar com você.
- Maria Eduarda, que bom que me ligou, eu estava realmente querendo falar com você também. - pelo seu tom de voz não parece ser coisa boa.
- Eu preciso te perguntar algo muito importante...O senhor descobriu onde a Maddie está? - pergunto em aflição. Aquela garota lá fora pode ser minha irmã...e também pode não ser.
- Eu sinto muito, mas ainda não. Você parece nervosa, está tudo bem?
- Eu conheci uma garota, não sei se sou eu que estou louca, mas ela tem muita coisa em comum com a Maddie.
- Você a reconheceu?
- Eu...senti uma certa familiaridade...mas...- por mais que tenha toda essa coincidência entre a Mag e a Maddie, eu em nenhum momento senti que era minha irmã ali, e eu sempre tive certeza que não importasse quanto tempo passasse, eu reconheceria a Maddie em qualquer lugar. - Não. Fiquei confusa e assustada com a semelhança, mas não sinto que ela seja minha irmã.
- Por que você achou que poderia ser sua irmã?
- Ela chegou a pouco tempo na cidade, tem a mesma idade, fazem aniversário no mesmo dia e...
- Escuta Eduarda, eu acho que não expliquei direito da outra vez, te peço desculpa por esse mal entendido, preciso esclarecer algumas coisas e imagino que não irá gostar muito, queria que tivéssemos essa conversa pessoalmente, mas estou a caminho de uma nova pista e preciso te deixar a par da situação. Deseja ouvir?
- Diga. - minha voz sai tremula.
- Certo, eu vou ser direto. - ele toma fôlego. - Eu disse que sua irmã chegou a cidade, mas não cheguei a te explicar que isso não foi no mês passado ou sequer esse ano, senhorita Paterson, ela chegou na cidade sim...mas isso foi somente a sete anos atrás.
- O-o que?
- Ok, preste bastante atenção. Lembra quando eu descobri que sua irmã estava na cidade? - sinalizo com a cabeça como se ele pudesse me ver. - Eu não disse como descobri isso, não conte a ninguém, mas eu tenho um amigo que tem acesso ao aeroporto principal, ele tem acesso ao sistema e de todas as informações das pessoas que já embarcaram lá, seja de forma legal ou não. No mesmo dia que sua irmã foi sequestrada, duas pessoas com certo poder, com isso quero dizer, com bastante dinheiro, embarcaram lá de forma ilegal com uma criança desconhecida e sem identidades. Depois de saber dessa informação, nós tentamos encontrar uma imagem dos três, mas só conseguimos uma imagem nítida da criança, comparei com a foto que você me deu e foi assim que eu soube que era sua irmã. - ele diz tudo de forma rápida, enquanto no fundo da ligação o barulho de carros denucia que está dirigindo. Meus olhos se movem com rapidez tentando assimilar tudo. - Tinha um registro dizendo que essas duas pessoas e sua irmã voltaram pro país, mas como eu te falei, não foi recentemente...e sim a sete anos atrás. - puxo o ar com força e me seguro na pia tentando me equilibrar. - Resumindo, no mesmo dia do sequestro da sua irmã, as pessoas que a sequestraram fugiram com ela para fora do país, e voltaram três anos depois.
- Voltaram três anos depois...isso significa que ela não pode ser minha irmã. - sussurro pra mim mesma
- Não, não pode, não há registros de que essa família saiu do país novamente...e também... - ele se cala por alguns segundos. - Não tem como ninguém perto de você ser sua irmã nesse momento, e o que me faz chegar a conclusão disso é uma teoria que eu acredito está muito certa.
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Um Olhar Diferente
عاطفية!Em revisão! Depois de perder a memória em um grave acidente, Louise faz uma notável mudança no seu estilo de vida. Uma delas é mudar de escola, ela só não imaginaria que nessa escola fosse encontrar uma garota por quem se apaixonaria. Maria Eduard...