Capítulo 60

754 52 21
                                    

Último capítulo. 8 mil palavras para vocês aproveitarem esse final.

POV' Louise

Abro meus olhos, a claridade me incomoda. Tento me mexer mas meu corpo está muito fraco. Minha boca está seca.

Onde eu estou?

Espera...quem sou eu?

Olho ao meu redor mas é tudo muito branco e claro. Consigo ver meu reflexo na janela, não está nítido mas consigo ver.

Meu olhos vão até a porta que é aberta, uma mulher entra.

Quando seus olhos finalmente param nos meus, ela entra em choque e sua expressão é de alguém que viu um fantasma.

- Lou! Ai meu Deus! Você acordou!

Ela chora. Corre até mim e me abraça desajeitada e com cuidado. Eu não me mexo. Ela parece me conhecer, mas eu não sei ainda quem ela é. Ela me chamou de Lou, acho que deve ser esse o meu nome.

- Filha, você está bem? - filha? Essa é minha mãe? Mas por que eu não me lembro dela?

Ou melhor, por que eu não me lembro de literalmente nada?

Minha cabeça está doendo muito, parece até que vai explodir com tantas questões.

- Minha cabeça dói. - tento dizer, minha voz sai rouca e minha garganta dói um pouco.

- Tudo bem, eu vou chamar o seu médico. - ela se vira apressada para a porta.

- Espera. - ela se vira novamente para mim. - Quem é você?

Sua expressão passa de confusa para assustada, e depois decepção.

- Eu já volto. - ela sai.

****

O lugar onde estou, que agora já sei que é o meu quarto de hospital, está cheio de médicos, incluindo aquela moça de mais cedo que esteve em meu quarto, ela também está de jaleco.

Todos me fazem muitas perguntas e me examinam ao mesmo tempo, já não estou suportando tudo isso.

Depois de bastante tempo todos saem ficando apenas a moça e um dos médicos, o mais velho que tinha entre eles.

Ele me explica que eu tentei me matar tomando muitos remédios e tive uma parada cardíaca, mas por muita sorte conseguiram me reanimar, só que isso me levou ao coma sem previsão de melhora, se é que eu melhorasse. Também me disse que quando eu acordasse eu poderia ter várias sequelas, e a que eu infelizmente demonstrei até agora é a perda de memória. Ele não sabe me dizer ainda se é temporário ou permanente, vou precisar fazer vários exames para saberem.

Isso explica muita coisa.

A moça que até pouco tempo eu não sabia quem era, de fato é minha mãe. Anna é o seu nome. Ela me olha com tristeza.

Eles me levaram até o banheiro e eu pude ver meu reflexo nitidamente no espelho. Meu rosto está magro e abatido, mas isso já é esperado para alguém que dormiu por um ano. Depois de fazer minhas higienes, minha...mãe, me ajudou a tomar banho.

Ela me disse que vou precisar de fisioterapia por ter ficado tanto tempo parada. Toda essas informações estão sendo demais para mim, e não são nem metade do que eu preciso saber.

Por que tentei me matar? Eu gostaria de saber, mas ainda não tive coragem de perguntar e não sei se irão me responder.

Com o passar das horas outras pessoas foram chegando. Meu pai e minha irmã. Esses rostos são muito estranhos para mim. Eles falam comigo com tanto amor, mas eu não consigo lembrar de nada sobre eles.

Um Olhar DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora