Capítulo 34

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POV/ Maria Eduarda

- Eduarda, está tudo bem?- Ouço ao longe o detetive perguntar preocupado.

Minha visão está desfocada, todo barulho da cafeteria está abafado e minha cabeça dá voltas me deixando com náuseas.

- Tome, beba essa água.- ele me entrega um copo com água que não sei de onde tirou e bebo todo o líquido de uma só vez.

Ao poucos sinto meu corpo relaxar e a cafeteria parar de rodar. Encaro o homem a minha frente perplexa.

- Se sente melhor?- ele pergunta com o semblante preocupado.

- Sim, me sinto melhor, obrigada.- devolvo o copo a mesa.- Como o senhor sabe que ela está na cidade?

- Desculpe mas essa informação eu não posso lhe dá. Tenho muitos contatos que me ajudam com o meu trabalho e eles são muito exigentes em se manter anônimos, a única coisa até agora que eu posso passar para você é a certeza de que sua irmã está na cidade.- diz novamente e agora meu coração se enche.

Ai meu Deus. Quantas vezes eu posso ter passado ao lado da minha irmã e não sabia? Mas, será que eu não a reconheceria? Ou ela a mim?

- Espera.- digo tentando organizar a confusão em minha cabeça.- A minha irmã foi sequestrada aos sete anos e desde então não se teve nenhum notícia dela, pra onde foi ou o que fizeram com ela. Então o senhor está me dizendo que agora ela está na cidade como qualquer outra pessoa normal que mora aqui?- pergunto mas não dou tempo dele responder.- Isso não faz sentido! Se minha irmã estivesse na cidade ela iria me porcurar, certo? E o que aconteceu com ela todos esses anos? Simplesmente soltaram-na e deixaram ela livre por aí? Isso não tem coerência!- digo me exaltando.

- De fato, a senhorita tem razão. Mas como eu disse, só estou lhe dando essa informação porque você me pediu que o fizesse, entretanto não tenho resposta para a mesma...ainda.- diz e eu o encaro completamente confusa.- Sei que é tudo muito confuso, gostaria de poder responder todas as suas dúvidas, mas o tempo que eu perderia tentando concluí-las, eu concentraria esse tempo apenas em encontrar sua irmã, então acho que depois de uma longa conversa, ela mesma poderia fazer isso, não acha?

- Deixa eu ver se entendi. O senhor está sugerindo primeiro encontrar minha irmã e depois descobrir o que aconteceu com ela?- pergunto e ele assente.

- Eu já sei que ela está na cidade, sendo um passo pequeno ou não, isso facilita um pouco o meu trabalho. Eu poderia fazer toda uma pesquisa para saber passo a passo tudo o que lhe aconteceu todos esses anos, o que fizeram com ela, quem a sequestrou, o porque a libertou...mas se eu fosse direto para a parte que eu a localizo, seria tudo mais fácil para saber o resto.- ele diz e em parte tem razão. Porque perder tempo tentando entender o que aconteceu com ela sendo que ele pode encontra-la e ela mesma me contar tudo?- Caso depois de encontra-la a senhorita ainda não consiga obter a resposta para alguma dúvida, eu farei questão de voltar a pesquisar e te farei um relatório no mais mínimo detalhe. Então?...o que eu devo fazer?

- Encontre-a! Esse é o principal objetivo.- digo decidida.

- Ótimo. Agora me diga, a alguém que você descofie ser sua irmã? Alguém com quem a senhorita tenha contato, que é apenas um conhecido ou viu passando na rua e derrepente te lembrou ela?- ele pergunta e pega um bloco de notas.

- Não, ao menos não que eu me lembre.- digo tentando me lembrar de alguém que parecesse ou me lembrasse a Maddie.

- Sabe, muitas das vezes que peguei algum caso parecido, a pessoa que me contratava estava tão perto da que estava procurando que chegava a ser inacreditável. Então, pode ser alguém que você nem cogite ser.- ele diz me deixando apreensiva.

Um Olhar DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora