Cap 3

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Com toda certeza, eu não estava preparado para aquilo, para toda aquela atenção.
Quando os alunos notaram nossas presenças, os múrmuros e as encaradas foi terrível. Eu não tinha o costume de ser observado assim.

- Não acredito que vou frequentar esse tipo de inferno de novo. - Tia Rose diz baixo, só para nós ouvir.

- Deveria estar acostumada Rose. - Tia Alice fala sorrindo, ao lado do tio Kol.

- Nunca vou me acostumar com isso. - Rose responde revirando os olhos.

- Vamos lá Niko, sua primeira aula é junto comigo. - Tio Emm fala alegre.

Eu sorrio em resposta e o sigo, chegando em uma sala, ja com alguns alunos e o professor.

- Com licença. - Tio Emm diz ao professor. - Somos alunos novos.

O professor finalmente nos olhou e piscou algumas.

- A família Cullen, certo ? - Ele pergunta quase boquiaberto.

- Sim senhor. - Respondo e o professor suspira quando falo.

Todos na sala, pregaram seus olhos em mim nesse momento. Eu pude escutar, todos na sala suspirarem ou prenderem a respiração com a minha fala.

- Podem se sentar na terceira fileira. - O professor diz hipnotizado.

Eu e tio Emm andamos em silêncio ate o nosso lugar.

- Uau. - Digo quando ja estava sentado na mesa.

- Você tinha que ver o primeiro dia da sua mãe. - Tio Emm diz baixo. - Foi pior.

- Sério ? - Digo surpreso.

- Sim, se ela pedisse pra qualquer um lamber a lata de lixo, com certeza todos fariam.

Ri baixo com isso e assisti a aula. Incrivelmente, para minha surpresa, o dia passou rápido, quase todas as aulas sendo igual a primeira.

- Não acredito que finalmente acabou. - Tia Bella diz se espreguiçando enquanto chegava perto do carro.

- Parece que a cada ano, o dia fica mais longo. - Tio Edward diz e tio Emm dá uma risada alta.

- Eu me diverti. - Digo sorrindo.

- Eu também. - Minha mãe concorda comigo, o que faz meu pai dar um abraço nela e a beijando no rosto.

- É por que vocês são fáceis de agradar meu amor. - Meu pai diz sorrindo para minha mãe.

- Não irei discutir contra isso. - Minha mãe responde, recebendo um carinho na cabeça da tia Rose que sorria também.

- Vamos logo pra casa, estou muito cansado. - Tio Kol diz e todos concordam.

Enquanto estávamos indo para casa, sinto algo no meu peito, meu coração disparou como se eu estivesse ansiando por algo que iria acontecer.

- Tia Alice ? - Chamo por ela, que estava no banco do carona no carro, ja que na volta, escolhi vim com ela e tio Kol.

- Oi querido ? - Ela me pergunta sorrindo.

- Viu algo sobre os visitantes? - Pergunto para ela, que me olha confusa.

- Não querido, - Ela me responde. - eu não consigo vê-los.

- Não perde nada. - Tio Kol fala revirando os olhos. - Sinceramente, não sei o que deu na cabeça do Klaus, deixar essa gente vim até aqui.

Eu queria perguntar o que isso significava, mas não o fiz, eu não queria me meter nesses assuntos do meu avô. Eu sabia que os visitantes chegariam hoje, talvez, ja tivessem chegado e estariam nesse momento conversando com meu avô Carlisle e vô Klaus.
Era sempre estranho conhecer pessoas novas, tantos anos afastado, só com a minha família como companhia, me fez uma pessoa tímida.
Enquanto eu estava perdido em pensamentos, mal percebi que tínhamos chegados na nossa casa.
Quando descemos do carro, logo cheiros diferentes surgiu de dentro da casa.

- Pelo visto, chegaram. - Tio kol diz fazendo uma careta.

- Seja legal querido. - Tia Alice diz sorrindo e lhe dando um beijo no rosto.

- Qualquer coisa por você minha princesa. - Ele lhe responde, totalmente encantado por ela.

Logo os outros chegam também, em seus receptivos carros.
Quando todos estávamos juntos, entramos de uma vez dentro da nossa casa, eu e minha mãe por último, só por segurança.
Eles estavam na sala, conversando animadamente, com Tio Emm em nossa frente, não conseguia ver os visitantes.

- Todo esse pessoal é da família agora. - Ouço Vô Klaus dizer.

Num movimento sem pensar, me movi para o lado, curioso para vê-los.
Eu paralisei em meu lugar, assim que o vi e ele me olhou nos olhos.
Paz, a primeira sensação foi paz, depois, um imenso carinho e felicidade. Eu sempre soube que me faltava algo, sempre soube que tinha uma peça dentro de mim que estava faltando, e eu agora, tinha achado.
Eu sorri e dei um passo a frente, o homem ali também sorriu, e tudo no meu mundo parou. O sorriso dele era mais que lindo, eu poderia vê-lo sorrir pela eternidade e ainda sim, não seria o bastante.
No meu pescoço, o colar que minha mãe me deu, com a pedra branca, agora estava azul, um azul que brilhou mesmo por de baixo da minha camisa branca. Eu o achei, achei o meu amuleto.

- Oi. - Escuto ele dizer, o que fez meu coração dar um salto em resposta. - Sou Damon Salvatore.

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