Cap. 6

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Depois de alguns minutos que pareciam horas, eles finalmente saem da sala, seja la o que conversaram la dentro, eu espero que tenham se resolvido.

- E então? - Tio Kol pergunta.

- Eles ficarão mais um tempo aqui. - Vô Klaus responde e eu sinto um alívio por saber que Damon ficaria mais.

Quando eu o olho, ele me encarava sorrindo, como se eu fosse o próprio Sol, o que me fez achar que ele estava equivocado, quem era o Sol aqui, era ele.

- Niko ? - Minha mãe chama e eu a olho. - Poderia levar o Damon pra conhecer a floresta ao redor ?

- Claro mãe. - Digo e meu pai pigarreia.

- É necessário querida ? - Ele diz. - Damon ja é adulto e pode ir sozinho.

- Eu estou com Jasper nessa. - Klaus responde de cara fechada.

- Bobagem, temos que ser bons anfitriões. Vai la querido.

Eu o olho e com muita timidez, consigo dizer algo.

- Por aqui senhor Salvatore. - No momento em que digo isso, meu pai e tio Edward trinca os dentes.

- Isso é necessário Damon ? - Meu pai pergunta e Damon o olha. - Posso sentir o que você sente.

Damon ri, o riso mais lindo que ja ouvi em minha breve vida.

- Desculpe, mas ele me chamando de senhor, é muito pra mim. - Diz sorrindo e eu o olho confuso. Do que ele estava falando ? - Vamos.

Ele vem até perto de mim e eu o guio para fora, estávamos andando rumo a floresta quando ele finalmente quebra o silêncio.

- Nikolas certo ? - Ele pergunta.

- Sim, mas pode me chamar de Niko, eu prefiro. - Lhe respondo sorrindo, o que fez Damon vacilar. - Aconteceu algo ?

- Não, eu só.. - Ele faz uma pausa. - você tem um sorriso bonito.

Isso me pegou completamente de guarda baixa, em um reflexo, baixei a cabeça, fitando o chão.

- Obrigado. - Digo sem graça.

Volto a guia-lo pela floresta ao redor da casa.

- O que gosta de fazer Niko ?

- Muitas coisas, ler, cozinhar com a minha avó Esme e tia Rose, tocar piano com tio Edward, brincar com Renesmee e Seth, jogar com tio Emmett, estudar com tio Elijah e vô Carlisle, meditar na floresta com minha mãe.

- Você é apegado a sua família.

Isso tinha sido mais uma afirmação do que uma pergunta, mesmo assim, resolvi responder.

- Eu não saio de casa, a não ser hoje que foi meu primeiro dia de aula, então, tudo que eu faço, é com a minha família.

- Você é feliz assim ? - Ele me pergunta.

- Sim. - O respondo com toda convicção. - Sou muito feliz. Eu os amo assim como sei que eles me amam, eles cuidam de mim e me querem bem, sempre por perto para caso eu solte o fascínio sem querer.

- Fascínio? - Ele me pergunta interessado.

- É uma coisa de Fada. - Digo sorrindo para ele, que vacila de novo.

- Não vou me acostumar com isso. - Ele diz baixo demais.

- O que disse ? - Lhe pergunto curioso.

- Posso ver suas asas ? - Ele pergunta interessado.

Penso um segundo sobre isso, sempre foi falado para não mostrar, mas se ele era meu amuleto e ainda ficaria conosco, ele uma hora veria, certo ?
Tiro a camisa para lhe mostrar e ele imediatamente fica atônito.

- O que está fazendo ? - Pergunta quase sem fôlego.

- A camisa não me deixaria mostrar. - Digo lhe explicando. - Ela atrapalharia.

- Meu coração não vai aguentar. - Ele diz baixo de novo.

Deixo as asas sairem, como estávamos em uma cidade que quase não tinha Sol e fazia muito frio, minhas asas estavam em um tom branco brilhante. Olho para Damon, para ver sua reação.
Ele não piscava, nem se quer respirava, estava petrificado.

- Senhor Salvatore ? - O chamo com medo de ele não ter gostado do que viu.

- Céus, você é lindo. - Ele diz num sopro só. - Me chame de Damon. Você voa ?

Bato as asas, me levantando, nesse momento, como se fosse alguma trapaça do destino, um feixe do sol me atingiu, fazendo o local brilhar, assim como minhas asas.
Desço aos poucos, encostando meus pés no chão, criando varias flores ao redor. Damon não piscou um segundo, nem fez algum comentário sobre.
Um silêncio caiu sobre nós dois, o que acabou me deixando mais nervoso, eu tinha feito algo errado ?
Coloco minha camisa de volta.

- E você ? - Digo o acordando do seu transe, ele pisca algumas vezes como se estivesse confuso. - O que gosta de fazer ?

Ele pensa sobre, alguns segundos.

- Achei que gostasse de fazer muitas coisas, mas são todas bobagens, nesse momento, a coisa que mais gosto de fazer, é ver você. - Ele disse a última parte baixo outra vez, como se estivesse se segurando, eu não entendo e pergunto.

- Desculpe, eu não o ouvi. - Digo o olhando.

- Nada demais. - Ele diz. - Vamos, to ouvindo algo aqui perto, tem riacho por aqui ?

- Sim, logo a frente. - Digo.

- Poderia me mostrar ? - Ele me pergunta.

- Claro. - Digo e eu começo o guiando, ele me seguiu, sem dizer mais uma palavra.

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