CAPÍTULO 5

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    Acordei com uma enxaqueca enjoada, e ter o alarme tocando irritantemente fazia meu crânio parecer pequeno demais para o meu cérebro

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    Acordei com uma enxaqueca enjoada, e ter o alarme tocando irritantemente fazia meu crânio parecer pequeno demais para o meu cérebro.

— Merda! — Soltei aborrecida.

Tateei o criado mudo até encontrar o alarme e desligá-lo.

Felizmente não bebi como de costume, voltei para casa às 23:40 da noite. Depois de ser atendida pelo médico que trabalhava para minha família, e ter o resultado dos exames toxicológicos, Lina ficou sob supervisão temporária de uma enfermeira por duas horas.

A dosagem colocada na bebida foi pouca, Lina não tinha informação útil sobre quem queria a drogar. Ela não viu a pessoa.

Sem nenhum suspeito para poder fazer a denúncia, ela decidiu ir para casa quando foi liberada pelo médico.
   
Suspiro.

Cansada.

Confusa.

E cheia de problemas para resolver pela manhã. Afasto os cobertores do meu corpo e ando até o banheiro, a ducha fria percorre o meu corpo renovando minhas forças. Sendo prática no banho e enrolando a toalha ao redor do meu corpo, meus cabelos estavam presos em um coque para não ser molhado.

Terminado de escovar os dentes, vou para o closet e pego uma blusa de mangas curtas crepe, azul marinho. E uma calça flare de cintura alta, o que deixaria a minha silhueta alongada. Depois de secar-me e vestir-me, busco meu tênis branco e os calço. Fiz uma trança lateral e uma maquiagem básica.

Estava pronta, mas com o coração pesado com o que faria. Abrir mão das jóias da mamãe não seria fácil, principalmente quando é uma das marcas dela. Minha mãe sempre amou pedras brilhantes, mas isso não a tornava uma pessoa metida. Sua essência doce e gentil, nunca mudou.

Separo os cabides dos casacos, e pego a caixa guardada no final. As iniciais do seu nome estavam bordadas na caixa, não aguentando a carga de emoção sentei no puff grande e quadrado.

Toquei na letra S e sinto uma lágrima solitária deslizar pela minha face. A caixa mediana estava fechada desde a sua morte, não tive coragem de abrir. Apenas guardei comigo as joias que também fizeram parte da vida dela.

Respirei fundo, havia um joalheiro que tanto comprava jóias quanto empenhava. Sei que com a formosura que as joias possuem não terei dificuldade para conseguir vendê-las, mas também sei precisarei de muito para poder levantar o dinheiro todo.

Busquei minha bolsa, e com todos os meus pertences nela, segurei a caixa nas minhas mãos e saí do quarto. Andei pelo corredor silenciosamente, meus irmãos ainda estavam dormindo.

A casa ia além do luxo, tinha história. A história da minha família, e nosso laço a ela vinha desde o meu nascimento. Cresci correndo pelo jardim e rabiscando as paredes do corredor que há perto da escada, mesmo ouvindo todo santo dia a minha mãe me censurar por tais ações.

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