Casamento Por Contrato

CAPÍTULO 13

Se um mal chegar a te surpreender não tenha medo
Por que terá para sempre meu amor
Para te proteger
— contigo, Maite perroni.

    O meu punho chocou-se contra a maçã do seu rosto, a raiva predominou meu corpo e vê-lo a pressionando para estar próxima do seu corpo me faz o golpear mais uma vez. Sou seduzido pelas ações do meu primo e pela sua participação no plano sujo, o que me motiva ainda mais a soca-lo. 

Uma,

Duas,

Três,

E mais uma vez, não me importei com a dor no meu punho. A vontade de descontar nele tudo o que guardava e de deixar um recado para o meu primo, me fez fugir da racionalidade enquanto socava o seu rosto. Dor, desejei causar nele e fiz do meu desejo uma realização. Meu sangue parecia conter fogo que atiçava a minha ira a ser descontada nele, vendo meu punho se chocar com seu rosto aumentava ainda mais as chamas que circulavam pelo meu sangue. 

Não dei espaço para ele para se defender, ao sair de cima dele o vi arquear se virando para o lado e gemendo de dor, encarei meus punhos manchados de sangue e vi o estrago deixado em seu rosto. Olhei de viés ao ver Valentina pegar o celular dele e guardar na bolsa, sua ação foi tão rápida que quase passou despercebida por mim. 

Virei-me para ela enquanto limpava o vestígios de sangue com o lenço que carregava no bolso interno do meu terno, sua expressão assustada sumia aos poucos do seu belo rosto. 

— Você está bem? — indaguei e toquei o seu rosto, acariciando com suavidade. 

— Estou. — respondeu rapidamente.

Dei um passo ficando mais próximo e ao ver seu olhar descer para minha boca, sorri de lado exibindo meus dentes.

— Você mente muito mal, Valentina. — deixei um beijo em sua bochecha e a vi prender a respiração.

Voltei a minha atenção para o desgraçado que tentava se levantar, e o arrastei o levando para longe da entrada da clínica. O encostei com brutalidade na parede e o fitei mostrando que sua expressão de ódio, não se comparava com o que eu sentia.

— Não se atreva a se aproximar novamente da Valentina, entendeu? — rosnei — Eu não serei tão bonzinho da próxima vez!

Ele grunhiu baixo, o que me fez pressionar o meu antebraço sobre o seu peitoral. O vi balançar a cabeça em confirmação repetidas vezes, o soltei e o vi se arrastar para longe de mim indo em direção ao seu carro.

Suspirei tentando acalmar o meu interior que estava agitado, mas o cheiro inebriante dela chegou até mim, através do vento. Ao girar a minha cabeça em direção a ela, vi seus olhos marejados e sem pensar duas vezes Valentina se refugiou em meus braços.

Afaguei os seus cabelos e beijei a sua testa enquanto mantinha seu corpo junto a mim, o raios do sol fazia o seu véu negro brilhar com banhos de intensidade. Fechei meus olhos por alguns instantes e inspirei o delicioso cheiro que vinha dos seus sedosos cabelos.