CAPÍTULO 6

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— Perfeito, hoje à noite iremos jantar na casa da minha família

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— Perfeito, hoje à noite iremos jantar na casa da minha família. — falou tranquilamente.
 
— Hoje não posso. Tenho compromisso.— tentei transparecer calma diante da situação que me encontrava, mas a verdade é que tudo isso estava me causando enjoos.
 
— Desmarque. Preciso te apresentar a minha família e anunciar o nosso noivado.
 
Lancei um olhar indignado, que escondia a raiva que sentia por ele.
 
— Qual o motivo de tanta pressa para casar? — minha voz saiu arrastada pela irritação presente.
 
— Assunto familiar. — cruzou os braços ao se encostar na cadeira ao limitar-se a falar, deixando claro que o motivo não era da minha conta. — Precisa assinar o contrato, senhorita Martins.
 
Ainda contra a minha vontade, levantei e me aproximei da sua mesa. Mantive o traço inexpressivo no meu rosto diante da sombra do seu sorriso, que fez meu sangue ferver como um vulcão em erupção. Peguei a sua caneta que estava a sua frente e assinei o contrato, de forma rápida. Depositei a caneta em cima do papel enfatizando o gesto e o meu olhar em sua direção deixava claro, o quanto o odiava por estar sendo forçada a aceitar essa decisão.
 
Como diz, Cláudio Cotts: A expressão de um olhar revela mais verdade e sentimento do que as próprias palavras.
 
— Eu não vou terminar com o Zayn. — pontuei querendo arrancar a sombra daquele maldito sorriso.
 
— Não há escolha. — disse firme.
 
— Porque? — disparei cansada das suas exigências — E quem me  garante que você não tem ninguém?
 
— Apesar desse casamento ser de fachada, eu quero algo limpo. — disse e pareceu ser sincero. — E sobre a sua segunda pergunta, não há ninguém em minha vida.
 
Espremi meus lábios absorvendo tudo o que aconteceu, as saídas sabotadas, envolvida em uma dívida por causa do meu pai, e para que tudo terminasse bem bastava apenas uma escolha sensata. Forçada pelas circunstâncias, aceitei pensando no bem estar dos gêmeos.
 
— Eu te buscarei em sua casa às 19:00 em ponto. — sua expressão séria se quebrou quando ele sorriu de lado, demonstrando uma falsa simpatia. — Lhe aconselho a ser discreta com a roupa que escolher para o jantar. — e ali estava ele sendo venenoso.
 
Fechei a minha cara e um grunhido raivoso escapa dos meus lábios, mordo a minha língua quando uma palavra nada culta quase sai. Ele estava provocando-me e fazia questão de deixar claro através do olhar divertido que me lançava, direciono para ele um curto olhar irritado, mas acabei sorrindo tentadoramente. Indo em direção contrária a qual ele estava me induzindo.
 
— Eu serei tão discreta quanto a sua presença. — sorri sem mostrar os dentes. — Até o jantar, espero que não morra engasgado com o seu próprio veneno.
 
Ergui a minha cabeça, mantendo um porte altivo. Sai do seu escritório sem direcionar um último olhar para ele, se o casamento seria apenas de fachada para que o seu objetivo fosse concluído, eu faria desse tempo um inferno na vida dele.
 
E começaria mostrando para a família dele que a mulher que o filhinho deles escolheu, não passa de uma mulher ambiciosa e interesseira. Talvez, ele se arrependesse e não levasse o casamento para frente. 
Isso era tudo o que eu mais desejava.
 

 
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