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• Contém linguagem erótica
• Contém ameaça
• Contém perigo
Valentina Martins se vê desesperada diante da situação que o seu pai causou, depois de explorar as opções que vem em sua mente e ver que não obteve o sucesso desejado, ela vê que não há...
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Dois dias atrás…
Acordo letárgica e tento organizar meus pensamentos para entender o que aconteceu. Ao ver dona María com uma tampa de panela abanando perto do meu rosto, entendo que havia desmaiado. Com a sua ajuda levanto-me e me sento na cadeira. Dona María em toda sua estrutura baixinha corre para pegar um copo de água para mim, que recebo sem recusa.
A imagem da TV volta a circular na minha mente e a raiva me faz apertar o copo de vidro nas mãos. Largo o copo em cima da mesa com brusquidão e levanto-me em um pulo.
— Maria, pode fazer as malas das crianças? — peço gentilmente.
— Vai viajar, menina?
— Não, estou indo embora.
— Mais menina e se tiver uma explicação para o que acabou de acontecer?
— Acredito que as imagens falam por si só.
— Valentina, não seja cabeça dura igual ao seu pai. É preciso ouvi-lo minha filha.
— Ele teve a sua oportunidade antes de sair por aquela porta, e ele decidiu não me contar. — respondi magoada.
Saí da cozinha e marchei em direção ao meu quarto, peguei duas malas e tratei de organizar minhas coisas. Ao olhar a bolsa de testes lembro-me do teste que havia feito e fui até o banheiro. Meus olhos procuram por toda extensão da pia e estranhamente não havia nem sinal da toalha. Procuro por todo banheiro e nada, até que uma figura pequena surge na porta com a toalha na boca.
— Max cadê o meu teste?— pergunto séria.
Ele senta e continua com a toalha na boca, que já estava toda destruída. Respiro fundo, e o vejo largar a toalha para vim ao meu encontro. Max, começa dá voltas ao meu redor com a língua para fora e acabo deixando a ideia de pegar o teste para lá, afinal a probabilidade de ter o mesmo destino da toalha é grande.
— O que faço com você, garoto? — Indago e recebo lambidas suas no meu queixo. — Só me resta levá-lo comigo. Você quer vim com a mamãe?— faço uma vozinha dengosa e suas lambidas se intensificam. — Entenderei como um sim.
Esse pequeno momento com Max acaba acalmando o meu interior. Com tudo pronto, esperei as crianças chegarem e avisei que iríamos viajar. A empolgação foi colossal e não suspeitaram de nada, apenas perguntaram se Damon iria conosco. Para não os preocupar apenas disse que Damon estava em uma viagem, o que de fato não é uma mentira.
Após o almoço liguei para Lina e pedi para ela vir até aqui.
— Já estacionou o carro onde te pedi? — sussurro para ela.
— Já sim. Porque estamos sussurrando?— indaga e olha para os lados.
— Esses seguranças são piores que duas senhoras fofocando.
