Capítulo 13: O sumiço de Cameron

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Na manhã do dia seguinte, eu e meus amigos estávamos discutindo sobre qual era mais importante: o sal ou o açúcar.

-Com toda certeza, eu digo que é o sal. Sem ele, a comida fica sem gosto. -Marcos opinou.

-Concordo com a sua afirmação. Mas imagine o que seria do mundo sem o açúcar!

-O Len está certo. Não haveriam mais bolos ou qualquer outro tipo de doce! -Yolanda falou sorridente.

-Mas em compensação, nós não poderíamos come-los como café da manhã, almoço e jantar! -Rebateu Marcos.

Senti o ohar dos três sobre mim, esperando minha opinião.

Eu estava completamente dividida. Mas ainda assim, pensava que o sal era mais importante, pois como Marcos disse, não poderíamos comer doces em todas as refeições.

Ao abrir os lábios para me pronunciar, senti alguém cutucar meu ombro.

-Hum? -Me virei para ver quem era. Antartic. -Ah, oi.

-Oi. Podemos conversar? -Seus olhos azuis foram na direção das mãos em frente a sua saia.

-Claro.

Fiquei um tanto sem jeito, mas sabia que aquele seria um ótimo momento para eu me desculpar com ela.

A loira me levou até um canto do gramado onde apenas arbustos e árvores poderiam nos ouvir.

-Beatriz, me perdoe por ter falado aquelas coisas de seus amigos.

-Eu te perdôo. Na verdade, eu também tenho que me desculpar. -Acariciei a casca da árvore.

-Pelo o quê ?

-Pelo jeito como falei com você naquela tarde. Eu não costumo agir dessa forma.

-Tudo bem. Você apenas estava sendo uma boa amiga para Yolanda. Talvez eu deva aprender mais com vocês.

-Vocês? -questionei-a.

-Sim. Não conheço bem seus amigos para formar qualquer opinião sobre eles. -Ela falou sorridente.

-Tenho certeza de que vão gostar de te conhecer. -"Princinpalmente o Marcos..." completei em minha mente. Tentei parecer feliz com a ideia de Antartic se aproximar do nosso quarteto. Isso seria algo bom, não? Por que eu fiquei triste, então?

-Que bom que vamos continuar sendo amigas.

-Concordo. -Nos abraçamos e ela vai até onde Megan e Bryan estavam.

-Todos para dentro, pessoal! -O professor Patinho entrou na escola, novamente com sua maleta e sua animação matinal. Queria saber o que ele faz para acordar dessa maneira.

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-Bom dia, bom dia!

-Bom dia. -Alguns alunos o cumprimentaram.

-Como eu já havia dito ontem que poderia haver um teatro, estou apenas confirmando a ideia! Ele servirá para vocês todos intergirem e se comunicarem melhor. Percebi que há vários grupinhos, então, isso ajudará vocês a se abrirem para conhecer pessoas novas.

Uns reviraram os olhos e outros deram gritinhos e sorrisos de alegria. Marcos e Yolanda estavam no segundo grupo. Len não parecia se importar muito e eu, bom, eu não sabia se ficava contente ou triste pela notícia de provavelmente ter que me apresentar na frente de várias pessoas.

-Para decidir quem fará o que, irei fazer um sorteio! Escrevam seus nomes em um pedacinho de papel e me entreguem.

Após fazer o que ele pediu, eu andei até minha classe orando a Deus mentalmente: "Me deixe escrever o roteiro, por favor. Se isso não for da sua vontade, eu posso fazer qualquer outra coisa, apenas não me deixe encenar!". Minha mãos eram como cachoeiras devido o meu nervosismo.

A Cidade dos Campos FloridosOnde histórias criam vida. Descubra agora