Capítulo 15: "Marmelaide Dubois"

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Com os pés afundados nos grãozinhos esbranquiçados que formavam a areia da praia e com o vento a balançar nossos cabelos, fomos começar nosso primeiro ensaio teatral

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Com os pés afundados nos grãozinhos esbranquiçados que formavam a areia da praia e com o vento a balançar nossos cabelos, fomos começar nosso primeiro ensaio teatral. Sr. Théo falou que seria muito melhor ensaiarmos ao ar livre. "Será bem mais inspirador.", ele disse.

Eu adorei a ideia, principalmente porque aquela seria a primeira vez que eu iria na praia desde que nos mudamos para Flowerville.

-Vamos nos alongar primeiro!-ordenou o professor, tentando encostar as mãos em seus oxfords pretos e lustrosos.

Os que conseguiram fazer o mesmo, foram pouquíssimos. A maioria ficou murmurando sobre como aquilo fazia as costas doerem. Parecíamos mais velhos do que qualquer outra coisa.

-Parece que Megan está com dificuldade. -Len sussurra.

-Parece que ela tem um cabo de vassoura dentro dela, que não a deixa mover o tronco. -Marcos diz e eu tento segurar minha risada.

-Pior que parece mesmo. Mas quem sou eu para falar algo? Meu corpo estrala a cada exercício que fazemos.

-Ai, meu Deus, vocês não percebem? -Yolanda entrou na conversa, dobrando uma das pernas para trás e tentando se equilibrar na outra-Ela está de espartilho. Aquela cintura fininha a denuncia.

-Então é isso que as mulheres usam para ficar com um formato de ampulheta em seus vestidos? -Marcos pergunta.

-É sim, seu bobo. -empurro seu ombro, me esquecendo de que estávamos apenas sobre uma perna. Ele cambalei um pouco, mas ao se apoiar em Jacob, recupera o equilíbrio.

-Megan é apenas um ano mais velha que a gente e já está usando espartilho?

-Talvez seja por causa dos pais dela... Lembro-me de que sua mãe ser bastante rígida, principalmente com coisas relacionadas a beleza. -Len intervém.

-Vocês eram próximos?-pergunto.

-Ele era próximo da Violet, isso sim. -Marcos responde, dando uma cotovelada de leve em Len -Alguns até diziam que eles eram prometidos em casamento.

Arregalei os olhos e depois virei o rosto na direção de Jacob e de minha amiga. O garoto parecia um verdadeiro tomate em pessoa e a loira, fingia não estar dando bola.

-Bom, era o que diziam. Meus pais realmente cogitaram a ideia de futuramente negociarmos com a família Mayer, mas após eles se mudarem, a ideia ficou meio impossível de ser concretizada. Foi por isso que fiquei um tanto contente quando eles foram para Daisytown.

-Chega de conversa, pessoal! Hora de ensaiar! -sr. Théo exclama, batendo palmas.

Alguns assentem e desfazem a roda, espalhando-se pela praia.

Antartic chega até mim com um sorriso estampado no rosto e me entrega uma folha:

-Este é o roteiro!

A Cidade dos Campos FloridosOnde histórias criam vida. Descubra agora