Capítulo 14: Pôr do sol

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-Beatriz? -a voz de Jacob me tirou de meus devaneios

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-Beatriz? -a voz de Jacob me tirou de meus devaneios. Provavelmente aquela não devia ser a primeira vez que ele chamava meu nome.

-Oi? -olho em sua direção.

-Está tudo bem?

-Claro. -sorri.

-Está bem então... Eu vou primeiro e depois lhe ajudarei a subir.

-Certo. -assenti e olhei outra vez de cima a baixo para a árvore. Ela era linda, mas também muito grande. Engoli em seco.

-Venha, me dê sua mão. -Len fala já em cima da figueira.

-Ok. -me aproximei e fiz o que ele havia pedido.

-Agora, ponha seu pé ali e impulsione seu corpo para cima, colocando o outro pé aqui neste galho. -ele aponta para o galho onde estava apoiado.

-Está bem.

Coloco meu pé no lugar onde Jacob havia mencionado, tento levar meu corpo para cima e pôr o pé esquerdo um pouco mais acima.

Num instante que envolveu muita força e esforço da parte de ambos, Len conseguiu me puxar para cima, onde me posicionei ao seu lado.

-E agora? -questionei-o.

-Você tem medo de altura?

-Por que?

-Porque lá daquele galho, podemos ter uma vista excepcional do pôr do sol. -Len olhou para cima. Bem para cima.

Tentei não pensar muito, para não desistir de subir lá e perder uma paisagem daquelas que não vemos todo dia (o que foi quase impossível, já que estou referindo-me a mim mesma) e respondi com um "não".

-Siga-me.

O garoto foi escalando os braços da árvore de uma forma tão rápida que fazia parecer muito simples subir em uma árvore que deveria ter uns quinze metros de altura, no mínimo.

-Você não vem?! -seus olhos verdes fitaram-me do alto.

-Estou indo!-berrei, tentando imitar seus movimentos de zigue zague entre os espessos galhos ao meu redor.

Faltava apenas um braço para que eu conseguisse alcança-lo, no momento em que minha visão ficou contra mim e decidiu ir para baixo. Foi aí que recebi um estalo mental: eu estava a vários metros do chão e poderia cair dali num piscar de olhos.

Senti minha cabeça dar voltas e meu coração palpitar (ainda bem que ele não se cansava de tanto fazer isso, se não já estaria perdida há muito tempo). E então, algo tocou meu ombro. Ou melhor, alguém tocou meu ombro e falou em um tom suave:

-Não precisa ter medo. Eu estou aqui com você.

Dei um sorriso, que escondia meus dentes e me senti grata por ter Len ali comigo.

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