》𝐁𝐞𝐚𝐭𝐫𝐢𝐳
O sol já estava nascendo e o pessoal ainda se limpava da sujeira que o fogo fora capaz de fazer em nossos rostos.-Muito obrigada, sr. Benedetti. Eu e minha filhas somos muito gratas pela sua ajuda. -agradeceu minha mãe.
-Não há de que, sra. Rosemery. Pelo menos essa garotinha teve um bom motivo para me tirar da minha noite de folga. Agora só o que tenho a fazer, é esperar um delicioso café da manhã de minha esposa.
Os dois se despediram e o sr. Benedetti foi indo em direção a sua casa junto com seu filho. Yolanda, porém, continuou ali.
-Você foi muito corajosa. Obrigada pela ajuda. -Minha mãe falou.-Não tem de quê, sra. Adoro ajudar.
-É bom saber que minha filha tem uma boa companhia ao seu lado.
Eu e Yolanda sorrimos até que ela arregala os olhos.-Mas e agora? As aulas começam amanhã! Como vocês vão ficar em uma casa que tem um telhado quebrado?
Eu ainda não tinha pensado nisso.
-Podemos ficar em uma pousada, não é mãe? Vi uma no caminho para cá.
-É a pousada Sunflower. Ela é bem cara.-argumentou minha amiga.
-Acho melhor não, filha. Se ela é cara, provavelmente não teremos como pagá-la .
Você sabe que ainda não recebi da prefeitura.Aff. É triste ter que depender de algo ou alguém.
-E se vocês ficassem na casa de alguém?
-Nos viramos para trás, onde Marcos estava.
-Essa é com certeza a melhor coisa que você já disse! -Exclamou Yolanda.
-Obrigada, sei que sou um gênio. -ele deu uma piscadela.
-Mas na casa de quem iriamos ficar?-perguntei.
-Que tal na minha casa? Provavelmente minha mãe irá deixar! O único problema seria o espaço, já que tenho três irmãos.
-Espaço não é problema, para nós. Tendo onde dormir, já está bom. -sorri.
-Mas vá falar com sua mãe primeiro, mocinha. -disse minha mãe.
-Está bem, sra. Rosemery. Irei falar com ela. Já volto! -Yolanda saiu saltitando e cantarolando em direção a sua casa.
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-Minha mãe permitiu! -antes que pudessemos falar um "Que bom!", ela continuou: -Porém, só temos espaço para uma pessoa.
-Ah.
-Mas eu já tive uma ideia! Se falarmos com minha tia Aby, talvez ela deixe alguma de vocês ficar com ela. -Yolanda sugeriu.
Virei-me para minha mãe.
-Bea, eu irei falar com a sra. Aby. Amanhã vocês começarão as aulas, então pode ir para a escola junto com sua amiga. -ela abriu um sorriso.
-Ta bom mãe... -ao mesmo tempo que fiquei feliz por ficar na casa de Yolanda, fiquei um pouco receosa, afinal, seria a primeira vez em que eu dormiria fora de casa e sem minha mãe. Talvez eu devesse parar de ser tão dependente dela.
-Adeus Marcos. Obrigada por você me ajudar e obrigada você também, Rufus! -Agachei-me, para fazer carinho no cachorro.
-Não há de quê. Adeus Beatriz. Adeus Yolanda. -ele sorriu, se afastando.
-Adeus Marcos. -balbuciou minha amiga.
-Até amanhã! -o menino abanou de longe.
-Vamos pegar suas coisas! -ela me puxou pelo braço até dentro de casa.
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-Que bom que Marcos teve essa ideia. -comentei, pondo algumas peças de roupas na mala.
-Sim. Finalmente ele falou algo digno de aplausos. -ela franziu o cenho.
-Me parece que vocês não se dão muito bem. É verdade ou por acaso eu que estou imaginando coisas?
-É verdade. O Marcos é muito metido.
Não esperava que Yolanda fosse falar aquilo.
-Ele sempre é considerado o mais inteligente, o "ajudante da professora" e várias outras coisas.
-Hum. Mas você realmente o conhece ou apenas os títulos que dão a ele? -questinoei-a.
-Bom... -Yolanda parou por um momento- Na verdade, não somos muito próximos.
-Então... só irá saber quem ele é de verdade, se conhecê-lo.Ele me parece legal. -eu abri um sorriso.
Comecei a me lembrar de seus cabelos dourados que eram balançados pelo vento. Os olhos dele se pareciam com o céu á noite, quando o mesmo aparentava não ter estrelas.
-Legal? -A voz de Yolanda me trouxe de volta para a Terra. Em que lugar será que eu estava? Provavelmente na terra dos sonhos.
Virei minha cabeça em sua direção. A mesma estava com um sorriso torto no rosto.
-Ah não. Lá vem coisa. -falei comigo mesma.
-O que foi?
-"Ele me parece legal." -Yolanda imitou-me e começou a rir.
-Sim. Foi ele quem me levou até a sua casa.
-Hum. Pelo visto, Rufus foi um coadjuvante da Noite do Bombeiros.
-Bendito seja Rufus! O cão salvador! -Exclamei e nós caímos na risada.
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A Cidade dos Campos Floridos
Teen FictionBeatriz e sua mãe Rosemery se mudam para Flowerville para finalmente realizarem o sonho de seu pai. Além de novas amizades, aventuras e paixões, as duas encontram um lugar para enfim chamar de lar. "Descobri que uma família não possui apenas pessoas...