-Você me parece muito calma para alguém que recém presenciou um incêndio. -afirmou Marcos.
-É que eu me distrai. Mas enfim, você pode me ajudar? -Beatriz retornou ao seu estado de nervoso.
-Sim. A casa mais próxima que eu conheço daqui que possui baldes o suficiente para apagar o fogo, é a da família Benedetti. Venha comigo.
O garoto a pegou pelo braço e levou-a até uma casa grande e amarela.
-É aqui.-Obrigada. -a menina sorriu com os lábios fechados e correu até a porta da casa.
DLIM DLOM
Não demorou muito para que alguém de rosto familiar os atendesse.
-Yolanda?
-Beatriz? O que está fazendo a essa hora da noite com...ele? -a menina fez uma careta para Marcos.
-Adorei revê-la também. -o menino falou num tom humorístico.
Pelo visto, os dois não são muito chegados. -pensou Beatriz.-É uma longa história. Mas... -antes que a garota pudesse falar sobre o ocorrido, um homem careca aparece por trás de Yolanda e se apoia sobre a porta aberta.
-Posso saber quem são vocês e o que estão fazendo em minha casa a esta hora?
-Esta é minha amiga, Beatriz Hayes. E este, é meu colega de aula, Marcos Kennedy.
Os dois abriram um sorriso amarelo, o semblante do homem havia os deixado tensos.-E este, é meu pai! -exclamou Yolanda.
-Olá, senhor. -eles falaram em um uníssono.
-Por acaso os dois pombinhos estão aprontando alguma brincadeirinha a esta hora da noite? -o pai da garota ergueu uma sombrancelha.-Pombinhos? Não, senhor, não é isso. Recém a conheci. -Marcos se pronunciou.
-Acontece que meu cachorro me acordou e então tive que levá-lo para fazer suas necessidades. Estava tudo tranquilo até que...
-Fica quieto menino!-Yolanda entrou no meio da explicação e ele revirou os olhos. -Bea, resuma o que aconteceu.
-Minha cozinha pegou fogo e eu preciso de ajuda. Não tenho baldes e minha mãe está machucada me esperando.
-Está bem. Vamos ajudá-la. -o homem careca pôs seu casaco e suas botas juntamente com sua boina bege.-Yolanda, chame seu irmão.
-Está bem pai.
A menina subiu correndo as escadas da casa e berrou tão alto que os dois puderam escuta-la do 1° andar.
-Acordaaa Daniel!
-Que bom que não sou irmão dela. -comentou Marcos e Beatriz riu.
Num instante, um menino de cabelos castanhos desceu as escadas.
-Prontinho, ele acordou. -sorriu Yolanda, batendo as palmas das mãos.
Daniel estava tão zonzo que ao sair pela porta nem reparou a presença dos jovens ali.-Vamos maninho! A casa da Bea está pegando fogo!
-Eu nem sei quem é Bea, Yolanda! -o garoto franziu o cenho.
-Eu sou a Bea. -a menina respondeu séria.
Marcos fitou-os.-Ah, me desculpe. Eu não deveria ter... -o garoto se virou para trás e apenas analisou-a. -... falado aquilo. Qual o seu nome mesmo?
Marcos gargalhou alto com a cena.
-É Beatriz, seu tonto! -gritou Yolanda, lhe entregando um balde cheio de água.
-Crianças, chega de conversa e vamos ao trabalho! -berrou o pai da menina.
Todos pegaram dois baldes e saíram andando a passos largos e rápidos.
Após a escura rua de paralelepípedos acabar, uma de britas os levou até o chalé branco da menina.De longe já avistavam a espessa nuvem de fumaça que saia da casa e o cheiro de queimado também podia ser sentido.
Beatriz ouviu as tosses de Rosemery e correu até ela:-Mãe! Eu consegui ajuda com a família de Yolanda.
-Que bom, meu amor. Não há nada que eu possa fazer? -Rosemery tentou apoiar-se em seu pé para levantar, mas o esforço foi em vão. Ele doía muito.
-Não, mãe. Fiquei aqui, descansando. Já voltamos.
Beatriz beijou a testa da mãe e correu até o grupo, levando-os até dentro da casa.
-Vamos acabar com esse fogo, pessoal! -Berrou Yolanda, lançando a água de seu balde sobre as chamas. Todos fizeram o mesmo.
Felizmente, não demorou muito para que o fogo se apagasse e eles saíssem de lá com o rosto tão escuro quanto carvão.
Aquela noite recebou o nome de "A noite dos bombeiros" por Beatriz.
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🌺Oii floridos? Td bem?
Finalmente postei a continuação😅
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Até o próximo capítulo 👋🏼😘
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A Cidade dos Campos Floridos
Teen FictionBeatriz e sua mãe Rosemery se mudam para Flowerville para finalmente realizarem o sonho de seu pai. Além de novas amizades, aventuras e paixões, as duas encontram um lugar para enfim chamar de lar. "Descobri que uma família não possui apenas pessoas...