— eu tenho medo de me doer demais nas suas banalidades irreais.Eu não sei dizer em que momento da noite eu fui levada para a cama, mas acordei em um quarto com a janelas abertas deixando os raios solares baterem forte no meu rosto. Levantei o ededrom branco de cima de mim e percebi que eu estava apenas usando a camisa social que coloquei por baixo do vestido, meus coturnos estavam parados ao lado da porta.
Quando me levantei segui em direção do corredor, e um barulho do outro lado do apartamento me fez caminhar até lá, era estrondoso e parecia um som sufocante. Ao chegar na porta que escondia o barulho, eu a empurrei bem devagar, e para minha surpresa era Suna.
Ele estava tocando bateria.
Olhei o local e percebi que funcionava mais como um studio, tinha guitarras e microfones espalhados por toda parte. Rintarou estava sem camisa, seus cabelos suados pingavam sobre seu tronco, e suas mãos batiam desesperadamente com as baquetas nos discos da bateria que era totalmente preta de um tom metálico e o que chamava a atenção era o nome em branco escrito nela, SUNARIN.
Ele parecia estar mais vivo, enquanto a fumaça do cigarro deixava seus lábios, ele mexia a cabeça incontrolavelmente cada vez que um som mais alto saia de seu instrumento.
— Eu não sabia que tocava bateria - comentei assim que seu olhar parou no meu, deixando de tocar.
— Já faz um tempo, estava só testando.
— Você fica bonito assim, parece um baterista após um show incrível - comentei sentindo minhas bochechas esquentar, e ele sorriu.
— E você parece um anjo. - comentou se levantando, e eu tentei ignorar seu comentário enquanto observava ele.
— Você quer comer? Fiz café - concordei aliviada por ter um motivo para sair daquela sala que eu sentia que estava ficando pequena demais cada vez que Suna me olhava.
Eu segui ele até a cozinha, e me sentei de frente a ilha pro balcão, Suna começou a grelhar o peixe com kobachi e eu esperei ansiosa enquanto segurava minha tigela de arroz. Após ele me servir eu pude perceber que Rintarou era um ótimo cozinheiro, o café estava perfeito. Ele permaneceu na minha frente apoiado no balcão enquanto levava os hashi com arroz a sua boca, ficamos nessa troca de olhares até ambos terminam a refeição. Ele estava lavando a louça enquanto eu batucava meu dedos sobre a pedra de quartzo.
— Eu acho que preciso ir embora - comentei lembrando que tinha marcado uma entrevista para hoje.
— Por que? - eu arqueei uma sobrancelha.
— Porque sim? Para falar a verdade eu ainda não sei o por quê de estar aqui com você. - estalei meus dedos olhando para o teto.
— Porque eu pedi - fiz uma cara confusa para ele — Você, está aqui porque eu pedi, e você concordou em ficar.
— Isso eu sei, só não sei ainda porque concordei.
Ele parou o que estava fazendo e apoiou as mãos no balcão jogando o seu corpo próximo ao meu, estávamos tão perto que eu pude notar que Suna tinha uma pintinha próxima ao lábio, era quase nulo a sua aparência.
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━━━ 𝐅𝐄𝐓𝐊𝐒𝐇 | suna rintarou
Hayran Kurgu[...]𝐅𝐄𝐓𝐈𝐂𝐇𝐄 [+𝟏𝟖] "O pior de tudo era que, [Nome] funcionava para mim, como o inferno de Dante, ela havia se tornando meu apocalipse interno. Ela era a melhor pessoa que eu já conheci, e a pior coisa que já me aconteceu." [graphic by @yora...