Tom a puxou para perto de si e a abraçou, sentiu tanta falta desses momentos ao lado de Davina que por um breve instante esqueceu que ainda precisava a convencer de fugirem.
Todos estavam aflitos na mansão Malfoy, Emily Beaufort havia conseguido estancar o sangue de Draco com a ajuda de Edward Fitzgerald que mesmo debilitado, ainda fez questão de ajudar o rapaz.
— Como ele está? — perguntou Maia encarando o velho.
— Vai ficar bem, Draco é um rapaz forte — disse sério.
— Você está mentindo. — A garota o encarou com lágrimas nos olhos, Edward ficou em silêncio e suspirou.
— Isso não pode acontecer! Não pode! — gritou Abraxas. — Fitz pare de ser inútil e faça algo!
— Eu não consigo fazer nada, Tom perfurou perto de seu pulmão, é um milagre ele não estar cuspindo sangue — disse o velho, tirando todas as esperanças de quem estava em sua volta.
— Eu preciso ver ele. — Maia correu subindo as escadas e ignorando todos que a chamavam.
— Maia, você não pode ficar aqui — disse Emily, tentando impedir a sua entrada no quarto, mas foi totalmente em vão.
— O meu avô me disse, ele vai morrer, não vai?
— Não, eu vou ajudá-lo.
— Quais as chances dele aguentar?
— Poucas — murmurou.
— Me deixe ficar com ele, por favor.
— Amor. — Fred chamou sua atenção e a abraçou — A Maia precisa disso.
— Tudo bem, mas não demore.
Todos saíram do quarto, Maia encostou a porta e aproximou-se da cama. Draco estava mais pálido do que o normal, seus lábios não estavam tão vermelhos quanto ela lembrava, a morena suspirou e segurou em sua mão.
— Oi amor, eu estou aqui... Você é um idiota, sabia? — riu fraco, tentando segurar as lágrimas. — Não deveria ter ido naquele cemitério, eu ia ficar bem...
O casal finalmente chegou ao grande salão da casa, Narcissa estava sentada chorando enquanto Lucius tentava fingir que nada daquilo estava o afetando, mesmo que seu pai já tenha surtado umas quatro vezes.
— Malfoy, para — disse Neil. — A sua família precisa de você. — Abraxas caminhou para fora do escritório o ignorando.
— Não me venha com os seus sermões Neil, você e eu sabemos que... — O bruxo parou de caminhar.
— Que?
Abraxas ficou imóvel, estava sentindo uma dor terrível perto de seu coração. Todos o encaravam assustados, a sua expressão era de pura dor, seus olhos ficaram marejados antes do velho ajoelhar-se ao chão.
— Pai! — gritou Lucius, indo em sua direção, não demorou muito para o velho o abraçar.
— Vai ficar tudo bem, filho.
— Quem está fazendo isso? Alguém o ajude! — gritou Alastor, Emily deu um passo em direção aos bruxos, mas Edward segurou seu braço.
— Não.
— O que foi que você fez? — murmurou Lucius.
— Estou cuidando da nossa família filho. Não posso deixar o nosso menino morrer. — O velho soltou o filho e logo começou a cuspir seu próprio sangue.
— Ah seu maluco, o que foi que você fez? — Neil aproximou-se colocando a mão em suas costas.
— Estou sendo forte, Neil. Não estou? — sorriu fraco.
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A maldição: Draco Malfoy - Livro 4
FanfictionQuarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua família só aumentavam. Mas o mais difícil para a família Malfoy naquele verão não foram as ameaças do Ministério da Magia, muito menos a prisão...