Noite passada havia sido muito conflitante para a senhorita Fitzgerald, mesmo o veela de Draco jogando em sua cara o quanto gostava dela e com as carícias do rapaz, tudo havia a deixado ainda mais confusa. Aparentemente ter a vida de alguém em suas mãos não era tão charmoso quanto os livros descreviam.
— Bom dia, meu amor. — Draco a puxou para perto, mal havia acordado, mas ele já estava a enchendo de beijos.
— Bom dia... eu quero dormir.
— Dormimos demais, não acha? — Acariciou seu rosto, Maia sequer abriu seus olhos.
— Que horas são?
— Dez, onze horas, quem liga?
— Eu ligo, já que estou confinada com você.
— Diz como se fosse ruim. — A garota suspirou e finalmente abriu seus olhos para encarar o loiro.
— Não é ruim. — Analisou cada expressão do veela que a encarava com seus olhos escuros — Mas eu queria sair um pouco, fazer as aulas. Não seria bom?
— Tenho tudo o que preciso aqui, comida, cama, e o mais importante: você. Não estou nenhum pouco afim de sair para tentarem me matar novamente.
— Não vão tentar de novo.
— Pode me garantir isso?
— Não, mas não deveria aceitar comida de outras pessoas — sorriu e entrou no banheiro.
— Era chocolate, até você cairia. — Maia voltou e o encarou.
— Por que não deixa o Draco aparecer e dizer o que ele acha?
— Porque ele não sabe cuidar de si mesmo. Sequer soube como falar para você o que sente, imagina só se defender.
— E o que ele sente? — A morena tentou disfarçar seu interesse, mas era inevitável não suspirar com o loiro a seduzindo a cada segundo de seu dia.
— Que devemos tomar nosso café ou vai esfriar.
— Vocês são dois chatos.
— Ninguém é perfeito — sorriu, descendo as escadas.
A manhã passou rápido, afinal de contas eles haviam acordado bem mais tarde do que o habitual. Após o almoço decidiram brincar para tentarem se distrair, já estavam completamente entediados, mesmo o veela propondo que eles saíssem daquela maneira mesmo.
— Certo, eu tenho barba, cabelos grisalhos e talvez mais de cem anos, eu sou o Dumbledore? — Maia sorriu.
— Você é ótima nesse jogo.
— Você facilita, vamos sua vez.
— Certo! Eu sou homem, ranzinza, e loiro, eu sou o Draco?
— Não — gargalhou. — Mas está quase.
— Lucius Malfoy?
— Sim.
— Ranzinza é pouco, acredita que ele disse que eu era uma aberração para o Draco? Um absurdo.
— Como é isso?
— O que?
— Você aparece do nada e tcharam um ano de vida, encontre alguém e boa sorte?
— Não é bem assim. — Apoiou-se no sofá — Estou aqui desde o dia em que Draco nasceu, eu cresci com ele, vivi as mesmas coisas, não é como se fossemos duas pessoas diferentes. É igual ao gene mágico, chega uma hora em que ele se manifesta.
— E como sabe quando é a hora certa?
— Eu não sei, essa é a graça — sorriu. — Foi dolorosa a minha primeira manifestação, se Draco não estivesse com o corpo sendo preparado desde os dezesseis anos com certeza teria morrido naquela noite.
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A maldição: Draco Malfoy - Livro 4
FanfictionQuarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua família só aumentavam. Mas o mais difícil para a família Malfoy naquele verão não foram as ameaças do Ministério da Magia, muito menos a prisão...