Capítulo 20

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Noite passada havia sido muito conflitante para a senhorita Fitzgerald, mesmo o veela de Draco jogando em sua cara o quanto gostava dela e com as carícias do rapaz, tudo havia a deixado ainda mais confusa. Aparentemente ter a vida de alguém em suas mãos não era tão charmoso quanto os livros descreviam.

— Bom dia, meu amor. — Draco a puxou para perto, mal havia acordado, mas ele já estava a enchendo de beijos.

— Bom dia... eu quero dormir.

— Dormimos demais, não acha? — Acariciou seu rosto, Maia sequer abriu seus olhos.

— Que horas são?

— Dez, onze horas, quem liga?

— Eu ligo, já que estou confinada com você.

— Diz como se fosse ruim. — A garota suspirou e finalmente abriu seus olhos para encarar o loiro.

— Não é ruim. — Analisou cada expressão do veela que a encarava com seus olhos escuros — Mas eu queria sair um pouco, fazer as aulas. Não seria bom?

— Tenho tudo o que preciso aqui, comida, cama, e o mais importante: você. Não estou nenhum pouco afim de sair para tentarem me matar novamente.

— Não vão tentar de novo.

— Pode me garantir isso?

— Não, mas não deveria aceitar comida de outras pessoas — sorriu e entrou no banheiro.

— Era chocolate, até você cairia. — Maia voltou e o encarou.

— Por que não deixa o Draco aparecer e dizer o que ele acha?

— Porque ele não sabe cuidar de si mesmo. Sequer soube como falar para você o que sente, imagina só se defender.

— E o que ele sente? — A morena tentou disfarçar seu interesse, mas era inevitável não suspirar com o loiro a seduzindo a cada segundo de seu dia.

— Que devemos tomar nosso café ou vai esfriar.

— Vocês são dois chatos.

— Ninguém é perfeito — sorriu, descendo as escadas.

A manhã passou rápido, afinal de contas eles haviam acordado bem mais tarde do que o habitual. Após o almoço decidiram brincar para tentarem se distrair, já estavam completamente entediados, mesmo o veela propondo que eles saíssem daquela maneira mesmo.

— Certo, eu tenho barba, cabelos grisalhos e talvez mais de cem anos, eu sou o Dumbledore? — Maia sorriu.

— Você é ótima nesse jogo.

— Você facilita, vamos sua vez.

— Certo! Eu sou homem, ranzinza, e loiro, eu sou o Draco?

— Não — gargalhou. — Mas está quase.

— Lucius Malfoy?

— Sim.

— Ranzinza é pouco, acredita que ele disse que eu era uma aberração para o Draco? Um absurdo.

— Como é isso?

— O que?

— Você aparece do nada e tcharam um ano de vida, encontre alguém e boa sorte?

— Não é bem assim. — Apoiou-se no sofá — Estou aqui desde o dia em que Draco nasceu, eu cresci com ele, vivi as mesmas coisas, não é como se fossemos duas pessoas diferentes. É igual ao gene mágico, chega uma hora em que ele se manifesta.

— E como sabe quando é a hora certa?

— Eu não sei, essa é a graça — sorriu. — Foi dolorosa a minha primeira manifestação, se Draco não estivesse com o corpo sendo preparado desde os dezesseis anos com certeza teria morrido naquela noite.

A maldição: Draco Malfoy - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora