...
Os bruxos se entreolharam, Neil estava apavorado com a situação, havia feito uma promessa ao melhor amigo há mais de dez anos quando Davina Wezen contou o que havia feito ao marido, um pouco antes de falecer.
— Eu vou falar com ela — disse Draco, saindo da sala deixando os velhos sozinhos.
Malfoy a avistou de longe, a garota chorava incansavelmente sentada em algumas pedras que estavam ali. O garoto exitou, mas o veela não deixaria sua amada sozinha.
— Querida — sussurrou aproximando-se.
— Me deixa sozinha.
— Eu jamais faria isso. — Acariciou seu rosto enquanto levantava o mesmo — Sinto muito por tudo isso.
— Você sabia?
— Não. — Maia o abraçou.
— Como eles puderam fazer isso, Draco?
— Eu sei meu amor, mas deveria ao menos escutá-los.
— Eu não quero saber sobre isso, não hoje. — Afastou-se limpando seu rosto — Sabe onde estamos?
— Não faço ideia, vamos entrar?
— Não tenho opção.
O casal caminhou por um curto caminho de mãos dadas e logo voltaram para a sala onde Abraxas servia uma bebida para Neil.
— Podem nos dizer onde estamos? — Maia encarou os homens.
— Não muito longe de Hogwarts, querida — disse Neil. — Essa era a antiga casa da minha família, ficarão seguros aqui.
— O que vocês pretendem? Me esconder pela eternidade aqui?
— O que? Claro que não! — exclamou Abraxas ríspido.
— Eu preciso descansar. — Maia limpou o rosto novamente e virou para o namorado.
— Qual o nosso quarto, senhor Lament? — Draco o encarou.
— Nosso? Vocês dormem juntos?
— Ah, por favor! Lição de moral a essa hora Lament? — Abraxas revirou os olhos — Todos aqui sabemos o que Draco é, eles não são crianças. — Neil suspirou negando com a cabeça.
— Pedi para o elfo separar dois quartos, mas se fazem questão de dormirem juntos, o quarto da Maia é o terceiro à esquerda.
— Boa noite — murmurou Maia, subindo as escadas com Draco.
— Seu tio vai me matar — sussurou Draco, pegando sua roupa no quarto ao lado.
— Não preciso dele para dizer se posso ou não me relacionar com você.
— Você fica linda quando está brava.
— Preciso de um banho Draco.
— Tudo bem — suspirou. — Vou descer para falar com eles e volto daqui a pouco. Certo?
— Sim. — Deu-lhe um selinho e entrou no banheiro.
Draco desceu um pouco desanimado, havia planejado uma noite perfeita ao lado de sua companheira, mas mais uma vez Voldemort havia afetado sua vida.
— Está tudo bem? — Lament o encarou.
— Sim, ela está tomando banho. — Sentou-se.
— Não se preocupe, Maia é forte, assim como Davina era.
— Davina era mandona, isso sim! — afirmou o velho loiro. — Acredita filho, que ela sempre me dizia palavras ruins? — Encarou Draco.
— Você merecia, ficava cercando as garotas como um corvo! Não sei como Riddle nunca te matou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A maldição: Draco Malfoy - Livro 4
FanfictionQuarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua família só aumentavam. Mas o mais difícil para a família Malfoy naquele verão não foram as ameaças do Ministério da Magia, muito menos a prisão...