Capítulo 4

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Após duas aulas sobre defesa contra as artes das trevas, Draco já estava entediado, sua única motivação para ir até a aula de poções era poder observar Hermione durante todo o tempo que quisesse.

Mesmo estando receoso de se aproximar da grifinória que assim como o brasão de sua casa, parecia uma leoa quando estava irritada, ele usaria todo o seu charme de veela para conquistá-la, sua vida literalmente dependia disso.

— Senhor Malfoy! Atrasado de novo? — perguntou o professor Slughorn. Todos os professores já haviam percebido que o garoto andava aéreo nos últimos dias, coisa que nunca haviam visto antes vindo de Malfoy —  Sente-se, mais um atraso nessa semana e não o deixarei participar da aula.

— Sim, senhor. — Ele sequer discutiu com o professor como costumava fazer. Encarou as mesas que estavam vazias e viu Granger sozinha na frente, mas ele não seria tão cara de pau de sentar ao seu lado.

Encarou a mais nova colega que também estava sozinha e fez um gesto pedindo para formar dupla com ela. Maia negou com a cabeça, se pudessem falar certamente ela o chamaria de covarde.

— Desculpe o atraso, professor Slughorn! — Blásio entrou na sala e encarou o amigo que continuava plantado no meio da sala.

— Francamente, tiraram os relógios da comunal de vocês? Menos cinco pontos para a sonserina.

— Zabini, senta aqui. — Maia o chamou e ele apenas obedeceu ao seu pedido.

— O que está esperando garoto? Sente-se com a senhorita Granger. — Hermione bufou e revirou os olhos, sabia muito bem quanta bobagem ouviria durante toda a aula.

Draco caminhou até a primeira mesa e sentou ao lado da garota que fazia o seu corpo aquecer, mesmo quando estava a metros de distância.

— Bom, já que todos estão aqui, podemos começar. Alguém sabe me dizer o que é amortentia e o que ela causa? — Hermione ergueu seu braço, havia estudado sobre a poção há uma semana, não havia como esquecerem — Senhorita Granger.

— Amortentia é a poção do amor, quem a ingerir fica loucamente apaixonado por quem a fez, o seu cheiro varia de uma pessoa para outra, normalmente tem o cheiro do que a atrai.

— Exatamente, senhorita Granger. —  Draco sorriu para a castanha que o ignorou completamente — Mas nem tudo são flores! Existe um efeito colateral, saberiam me dizer qual e como desfazer esse efeito? — Maia ergueu sua mão — Senhorita Fitzgerald!

— O “amor” causado por essa poção acaba se tornando uma obsessão, porque ele não é verdadeiro, apenas uma grande ilusão. Esse efeito pode ser desfeito com o antídoto para a poção do amor, ou se quiser abreviar pós ilusão! — O professor deu risada com a graça que a garota fez, até mesmo ele concordava que o nome era muito grande para algo que poderia ser mais simples.

— Obrigado, senhorita Fitzgerald. Já que sabemos o nome do antídoto para essa poção traiçoeira, hoje eu quero que o preparem para mim, vocês tem uma hora, a partir de agora.

Granger pegou o livro e leu os ingredientes necessários, estava apreensiva em pedir para Draco pegá-los no balcão, não queria que ele ficasse a perturbando durante o preparo.

— Do que precisamos? — Finalmente Malfoy tomou coragem para falar com a garota.

— Como? — perguntou confusa.

— Os ingredientes Granger, do que nós precisamos?

— Ah... onze galhos de wiggentree, óleo de mamona e extrato de gurdyroot. — Draco foi até o balcão e pegou todos os ingredientes que ela havia pedido, e sentou-se os colocando em cima de sua mesa — Obrigado.

A maldição: Draco Malfoy - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora