Londres, 18 de outubro de 1997
A tarde estava agradável para Edward, sua pesquisa contra varíola de dragão finalmente estava tendo efeitos. Mesmo que tenha demorado cinquenta anos de pesquisas e especializações, ele sabia que isso mudaria vidas.
— Ah, querida Davina — murmurou, encarando o retrato da falecida esposa que ficava pendurado em sua sala. — Ficaria tão orgulhosa se soubesse o progresso que estou tendo em nossa pesquisa. — O quadro apenas sorriu para o velho que logo subiu para sua sala.
Edward sentia-se um pouco sozinho, Maia passava mais tempo longe de casa do que ele gostaria. Suas únicas distrações eram suas pesquisas e poucos amigos que ainda o visitavam. O velho ouviu alguns passos no andar de cima, mas os ignorou e sentou-se em sua poltrona lendo mais uma das obras favoritas de Davina.
Mesmo que tenha ignorado o barulho no andar de cima, Fitz sabia que não estava sozinho em sua casa. Quando a figura encapuzada parou em sua frente ele o encarou dos pés a cabeça e respirou fundo sem demonstrar medo algum.
— Boa tarde, Riddle — murmurou
— Fitzgerald — respondeu seco.
— Posso saber o motivo da visita?
— Preciso falar? — Riddle tirou o capuz, mesmo tendo a mesma idade que o velho Fitzgerald, sua aparência ainda era a mesma de quando tinha vinte anos.
— Davina está morta — continuou lendo seu livro.
— Eu estava em seu enterro, não estou procurando a Davina.
— Algum remédio então?
— Quero o que me pertence Fitzgerald. — O velho apenas o encarou como se não estivesse entendendo — Maia.
— O que você quer com a minha neta? — Edward levantou-se irritado.
— Faça-me rir, Fitz. — Tom caminhou lentamente até uma cristaleira que tinha algumas bebidas que o velho fazia.
— O que você quer com a Maia? — O rapaz riu baixo e pegou uma de suas taças, sequer esperou Edward oferecer uma bebida, serviu-lhe um licor e sorriu para o homem.
— Ela tem algo que me pertence.
— Maia não sabe nada sobre isso! Deixe-a em paz.
— Por que está na defensiva? Sabe o que Davina me prometeu, só quero o que é meu.
— Não tocará em minha neta enquanto eu estiver vivo!
— Não seja ingênuo, apenas quero o colar de Davina! O meu sangue corre nas velas de Louis e Maia.
— Não ouse dizer isso! Louis é meu filho! Você o abandonou antes mesmo de nascer.
— Você acha mesmo que eu abandonaria um filho? Davina fugiu, mas nunca deixou de me amar.
— Isso não a impediu de ficar comigo por todo esse tempo.
— Apenas para ficar comigo novamente!
— Ela sempre te achou um monstro!
— Calado! Agora me dê o colar, não queremos complicar isso. — O velho suspirou e desceu para sua sala novamente.
Edward estava irritado, jamais deixaria que Voldemort encontrasse Maia. Ela era sua única neta, quase como uma filha, tudo o que ele sabia havia ensinado a garota.
Tom encarava todos os materiais de Edward, haviam muitas poções espalhadas pela grande sala. Mas logo sua atenção foi chamada pelo quadro de Davina que sorria para ele, logo foi tirado de seus pensamentos quando Edward o atacou pelas costas.
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A maldição: Draco Malfoy - Livro 4
FanfictionQuarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua família só aumentavam. Mas o mais difícil para a família Malfoy naquele verão não foram as ameaças do Ministério da Magia, muito menos a prisão...